Ainda ...as disparidades Regionais

Em 2004, o rendimento per capita em PPC de Portugal representava 66,6% da média da UE a 15 e 72,6% da do rendimento médio da UE a 25. Esta cifra, ao nível do da República Checa,é claramente inferior aos 90% da Espanha e aos 75% da Grécia, para já não falar da Irlanda, 27% acima da média da UE 15.

Uma forma de intuir o que significam estas diferenças de nível de vida é compará-las com as diferenças registadas nas regiões de Portugal (o gráfico acima mostra o índice de disparidade regional para 2003).

Neste sentido, a região de Lisboa (com um rendimento per capita 45% acima do valor para Portugal) está para o conjunto do território nacional como a Irlanda está para a UE 25.

Comparado ao contexto europeu, o nível médio de rendimento de Portugal equipara-se ao rendimento da região Norte relativamente à média nacional.

Estas disparidades regionais significam, também,que o rendimento per capita da região de Lisboa pode ser estimado como sendo 98,3% do da UE 15 em 2003, enquanto o da região Norte será pouco mais de metade do da média europeia.

Fonte - INE

Comentários

Anónimo disse…
A mentira do Algarve. A mentira dos números do PIB per capita ou PPC. São metodologias: (1) que consideram os residentes mas, no Algarve, temos uma população permanente muito superior à residente, pelo que, mesmo optando por medir o PIB, a produção, temos mais pessoas por quem estatisticamente dividir a riqueza e, naturalmente, menos riqueza por pessoa no Algarve; (2) numa região como o Algarve, o PIB não será a metodologia mais adequada para medir a riqueza, porque o PIB é o que se produz e não o que se distribui, mas a riqueza é o que se recebe e não o que produz, acontecendo que o Turismo do Algarve gera muitas receitas mas grande parte do valor acrescentado, da riqueza criada, não fica na região.

Sobre a riqueza do Algarve, os dados nacionais sobre as actividades mais relevantes no emprego algarvio são bastante elucidativos. Em 2004, o salário médio na Hotelaria e Restauração foi 34 por cento inferior ao salário médio nacional e o salário médio no Comércio foi 5 por cento inferior. A Hotelaria e Restauração têm mesmo o salário médio mais baixo e têm a taxa mais alta de salários mínimos (14,5 contra 5,8 por cento no geral).