Os Autarcas Regionais

O tipo de decisões que seriam tomadas pêlos autarcas regionais, actualmente já são tomadas pela Administração Central, por pessoas que dispõem de poder para isso, sem que para tal tenham sido eleitos. A sua legitimidade democrática é indirecta, pois decorre de terem sido nomeadas para esses cargos pelo poder político maioritário da altura, isto quando não são simples funcionários.

A diferença com a regionalização é que essas decisões passariam a ser tomadas por autarcas com legitimidade democrática directa que decorreria da sua eleição por sufrágio universal, autarcas esses que responderiam directamente perante as populações que os elegeram que, em caso de insatisfação com o seu desempenho, poderiam votar a sua substituição em próximas eleições.

Comentários

Anónimo disse…
Certíssimo. Mas, a região tem que produzir para pagar, tudo aquilo que já paga, mais o que vai ser preciso pagar a esses novos decisores. Caso contrário, aumenta o número dos sem abrigo e voltam as filas, para comprar alimentos, com a senha na mão...
Por esta ordem de ideias (que, diga-se de passagem, têm feito escola entre nós ao mais alto nível...), deveriam acabar já hoje as autarquias locais e as autonomias, poupando-se assim os gastos com os respectivos decisores.

Deveria simultaneamente encerar-se o País, o que pouparia igualmente muitos custos a Bruxelas com os nossos decisores (ou então teríamos que ser nós a pagá-los).

E sendo assim, ficávamos bem servidos (e com muito dinheiro poupado), se os decisores europeus se encarregassem de todos as nossos problemas governativos, regionais e locais.

Brilhante não, caro anónimo?
Anónimo disse…
Nada disso. O anónimo é pelo bom planeamento e rigorosa execução. Sem Bruxelas, porque disso, já o anónimo aturou bastante. Belgas, holandeses, franceses suiços e italianos. E gritava-lhes, que isto (queria eu dizer, Portugal), não é o Burundi ou o Burkina-Faso. Sou pela regionalização. Sempre fui. Mas, tenho as maiores reservas sobre alguns projectos. E creio que estou certo. Lembro apenas que, há 20 anos, os meus amigos da Região Norte, não acreditariam que a sua Região, seria em 2007, a mais pobre de Portugal. E podiamos falar da vida, do tempo, das cigarras e das formigas. Mas não vale a pena.