Regionalização

Publicado no Ponte Europa


Segundo o «Público» de ontem (sítio disponível só para assinantes) vai ser constituído no próximo dia 26 de Abril, em Coimbra, a escritura pública do Movimento Cívico «Regiões Sim».

O cumprimento da Constituição da República não devia ser submetido a referendo mas, depois do precedente criado, da desastrada proposta das nove regiões e das fatídicas consequências eleitorais, é necessário politicamente proceder à repetição do referendo sobre a regionalização.

Esqueçamos um primeiro-ministro medíocre que quis uma reforma intermunicipalista cujo primeiro passo era a elevação de Canas de Senhorim e Fátima a concelhos. Esqueçamos o infeliz mapa de nove regiões, apresentado por Guterres, contra o qual votei, e a perfídia de Marcelo Rebelo de Sousa, um regionalista fingido que, para ganhar uma batalha partidária, integrou as hostes do Não contra o programa do PSD.

A regionalização com base nas cinco regiões-plano é a mais pacífica, a melhor definida, a mais adequada às necessidades do País e já com algumas estruturas essenciais.

Esta é a oportunidade de impedir a desertificação do interior e a paroquial tentação de criar freguesias e concelhos num disparate que estimula bairrismos, forma caciques e esbanja recursos.

O sucesso da Regionalização é a única forma de descentralização eficaz e coerente e a vitória de um Portugal mais justo, harmónico e viável.

Por isso, as cem individualidades, das quais só conheço o nome de Mendes Bota, do PSD, podem contar com o meu empenho na recolha de assinaturas, necessárias para permitir a repetição do referendo.

Comentários

Anónimo disse…
infelizmente no mapa das 5 regioes misturam o alto mondego com o baixo mondego :(
nao devia ser assim. Devia-se criar um movimento para fazer pressão para que isto mudasse.
António Fonseca disse…
A anónimo:
Penso que o movimento é de princípios. De certeza que afinações a mapas serão temas a abordar, no momento ideal. O importante é chegarmos a essa fase, i.e., não nos perdermos para já em fronteiras, pois isso é colocar a carroça à frente dos bois.

António Fonseca
Al Cardoso disse…
Caso essas assinaturas estejam a ser recolhidas em Julho, altura em que espero estar por ai, podem contar com a minha.

Quanto a fronteiras, penso que deviamos deixar esse debate para mais tarde.

Sou a favor de uma grande regiao da Beira, ou chamem-lhe Centro que nem me importa.
Anónimo disse…
Quem vos aconselha, vosso amigo é. Não é preciso "matar" o Barroso nem o Marcelo. Nada de violência. Poupem esforços para apresentar um projecto credível. Analisem friamente a razão do "chumbo" em 1998. Não cometam os mesmos erros.

Cuidado ao falarem de caciques, quando estão a criar centenas de lugares de potenciais caciques, muito bem remunerados, mas que não vão produzir. Antes vão comer à conta do que já se produz.

Para gastar na regionalização é preciso poupar em S. Bento. Tanto em Deputados, como em Ministros, Secretários de Estado e respectivos Adjuntos e Assessores.

Leio e fico preocupado. Por vezes a linguagem de alguns regionalistas deixa transparecer algum ódio e desejo de vingança, próprio dos grupos rivais de Timor ou do Iraque...

E não se deve mentir. É preciso contar a história toda. De 1976 a 2007.
antonioj disse…
Caro anónimo a sua linguagem é um perfeito exemplo do típico anti-regionalista. Eu votei não no referendo anterior...agora, se existir referendo, vou votar SIM, sem qualquer hesitação...considero que o mapa das 5 regiões é lógico e que existem condições para fazer o modelo funcionar sem custos acrescidos, muito pelo contrário. Deixe lá isso...menos uma pontezita em Lisboa não é o fim do mundo...
Anónimo disse…
Caro António, este anónimo é pela regionalização e já comunicou ao Deputado Mendes Bota que está disponível para participar na campanha pelo SIM. Apenas com uma ressalva. Que o projecto seja devidamente apresentado. Sou pela regionalização desde o início. Pelo menos desde 1977/78. Mas não sou aventureiro. Em 1998 alertei para a aventura irrespondssável daquele projecto. Até o Algarve votou contra. E se insistirem com estes fantasmas... das pontezitas de Lisboa... o caminho não vai ser fácil. Não existe "Lisboa" quando se fala de regionalização. Sejam práticos. Leiam o que diz o Governo dos Açores para os próximos anos. O que fez o Governo da Madeira nos últimos anos. Esqueçam os fantasmas...
Anónimo disse…
eu tambem prefiro que o centro esteja dividido em alto e baixo mondego e nao tudo junto como uma grande regiao das beiras.
acho que o alto mondego esta mais proximo do norte e por razoes historicas tambem faz todo o sentido que seja separado no mondego (Condado Portucalense), e outras razoes que tambem se vêm em votaçoes e noutras coisas.
O baixo mondego esta muito mais proximo do centro lisboeta.
Penso que nao se deviam misturar estas 2 regioes numa so.

E beiras é um nome que serve para esconder a verdadeira identidade do alto mondego, a identidade Portucalense. Nós somos Portucalenses não somos beirões. Beirões ou centro é um nome ficticio para esconder a nossa identidade, como acontece na regiao norte, que não é norte mas é Calécia.
Anónimo disse…
Espero é que não haja região norte nenhuma e o Minho e Trás-os-Montes fiquem separadas para o bem dos transmontanos. Ou então que a cidade do Porto fique fora da região norte.
antonioj disse…
se começam com estas questiunculas outra vez nao se vai a lado nenhum...isso de meter tudo a Norte do Mondego no Norte é uma complea parvoíce. Existe um mapa, que para todos os efeito já funciona, e tem alguma coerência.
Sam disse…
Concordo! O prioritário agora é avançar o mais possível com a regionalização, fazendo passar a palavra e pondo as pessoas a falar dela. O importante é lançar, num primeira fase, o debate para que se possa chegar a um referendo. Essas questões só irão servir para atrapalhar as pessoas que não têm bem a opinião formada e servem de campanha a favor dos apoiantes do não, servindo-se destas pequenas questões para lançar a ideia de que se não há ideias definidas o melhor é não fazer regionalização alguma.

Concordo igualmente com o mapa em questão. A região Norte abranger áreas até ao Mondego faria sentido se fosse o caso de dividir o país em 3 regiões: Norte, Centro e Sul.

A meu ver deveria promover-se o debate imediato da regionalização. E parece-me que há um consenso em relação a este mapa maior do que o que havia em relação ao(s) do anterior referendo. E acho que esse consenso (não diria unânime, mas coeso) poderá ser benéfico para uma maior e mais rápida aceitação do referendo.
Anónimo disse…
Eu não disse que queria uma só região do minho ao mondego, seria uma região muito grande assim e realmente era uma parvoice.

Eu disse é que não se devia misturar o alto mondego portucalense e o baixo mondego lusitano tudo numa região. Esta errado isso.
A meu ver do Douro ao Mondego deveria ser uma regiao.
Al Cardoso disse…
Ja agora uma pergunta inocente, com tal regiao entre o Douro e Mondego, onde ficaria Coimbra, nessa ou na outra regiao ligada a Lisboa???
antonioj disse…
al cardoso, esqueça isso amigo, sao delirios ;) só faltava agora sermos todos nortenhos (bem, eu agora moro em sta clara, logo a sul do mondego, agora, já não contaria lol)
Anónimo disse…
Que eu saiba a cidade de Coimbra esta a norte do Mondego.
Quanto à região de Coimbra, as terras a sul do Mondego deveriam deixar de pertencer a Coimbra como é logico.
Devemos respeitar a nossa identidade Portucalense e a nossa história.

A fronteira é claramente no Mondego


"(bem, eu agora moro em sta clara, logo a sul do mondego, agora, já não contaria lol)"

Sendo assim, digo o mesmo para os que moram logo a sul da região norte. Por estarem uns metros mais abaixo do Douro já não contariam. E então os moram em Sta Maria da Feira, S Joao da Madeira que ficam logo a sul da região norte, por uns metros também já não contariam lol
deixe de ser ridiculo
Anónimo disse…
Segundo as mensagens tresloucadas, Coimbra sul, Covilhã ou Belmonte (ainda que a norte da latitude mais a sul da "galaica-portucalense" Figueira da Foz - são "Mauritânia" e "Mouraria".

Ide ao Psiquiatra.
Anónimo disse…
sim,concordo com cinco regiões tambem, mas que sejam em linha horizontal, pois não faz sentido a região de Lisboa e Vale do Tejo.
Há que criar regiões sem ter que privílegiar a capital, pois PORTUGAL não é só Lisboa e Porto.
Portugal somos todos nós de norte a sul.
O bairrismo é o maior inimigo da regionalização.

Esta não é necessária para dar protagonismo a 5 cidades, é para tornar coerente a divisão administrativa e governável a manta de retalhos de 308 municípios e mais de 4 mil freguesias em que Portugal se transformou.
Anónimo disse…
"Segundo as mensagens tresloucadas, Coimbra sul, Covilhã ou Belmonte (ainda que a norte da latitude mais a sul da "galaica-portucalense" Figueira da Foz - são "Mauritânia" e "Mouraria"."

Se sabes alguma coisa sobre o processo da reconquista e repovoamento, perceberias o porque duma região a norte do mondego, mesmo que Figueira da Foz fique mais a sul que certas regiões abaixo do mondego pro interior.

Os Galegos só repovoaram até ao Mondego e não para Sul do Mondego, a linha era ali.