E esta ...!

O município de Gaia está em vias de captar um terço do investimento estrangeiro realizado em Portugal.

O presidente da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes, revelou ontem que a fasquia de investimento privado em curso no concelho deverá atingir em breve um valor superior a mil milhões de euros.

“Estamos a falar de 25 a 30 por cento de todo o investimento estrangeiro que está a rolar em Portugal. É possível uma cidade ou região fazer a diferença face à envolvente”, afirmou o autarca.

Os projectos em curso e/ou já contratualizados para o Centro Histórico de Gaia e áreas adjacentes com os grupos Caixanova, CS Hotéis, Fladgate Partnership, Squarestone e Sogrape foram alguns dos “investimentos geradores de dinamismo imparável” referidos por Menezes.

Fonte "O Primeiro Janeiro"

Comentários

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É importante este dinamismo, mas Menezes que não se iluda: os investimentos que vão para Gaia não vão viver só de Gaia (as taxas que eles vão pagar é que ficarão todas na Autarquia!). Os empregos que forem gerados serão ocupados por trabalhadores de toda a Área Metropolitana do Porto, que seguramente não se irão mudar para Gaia.


Tudo isto terá impactes ao nível dos Transportes, sobretudo, mas também do Ambiente, etc. . Mas as externalidades que isso implica serão pagas por todos, e aos problemas nos restantes Concelhos a C. M. de Gaia encolherá os ombros.


Assim se fez também o "desenvolvimento" de Oeiras nos anos noventa, com Isaltino Morais. E se contribuíu para agravar o desordenamento da A. M. L....


Mas não nos precipitemos: a culpa não é dos autarcas mais dinâmicos - esses apenas cuprem o seu papel, o melhor que sabem e podem (com ou sem algumas batotas, não é essa agora a questão). A culpa é do próprio mecanismo institucional da tomada das decisões!


Sejamos honestos: será que o Porto, ou Lisboa, são assim tão "originais" que dispensem a adopção das soluções (ou da sua matriz) que funcionam em Londers, em Dublim, em Barcelona, em Lyon, em Dusseldórfia, em Paris, em Madrid, etc., etc.?...
Anónimo disse…
Parabéns Dr. Luís Filipre Menezes. Apesar de 25 a 30, estar mais perto de um quarto, que de um terço... é um bom número.
Aqui está um político com todas as condições para liderar o NORTE. Para isso basta-lhe fazer a opção e esquecer outros voos, que sendo mais altos, também provocam quedas mais violentas.
António Fonseca disse…
É um trabalho de grande elevação e sentido de comunidade.

Mais do que os números, é quem vive em Gaia que melhor pode aferir do que este homem trabalha. O que era Gaia há 10 anos e o que é Gaia hoje, é algo fantástico. É evolução, é trabalho, é pragmatismo, sentido de comunidade, e é futuro. Com certeza há muito trabalho pela frente, e sempre haverá. Mas, para já, só posso aplaudir.

Sempre tenho reservas em falar bem de políticos (gato escaldado...). Mas felizmente distingo bem alguns políticos de autarcas. E até acho que, em alguns casos, como este é exemplo, se está a contribuir para a credibilização do "autarca" em oposição à do "político".

Muitos Luis Filipe Menezes, é o que desejo às cidades.

E antes que apareçam as invejas e desdém, disfarçados na procura de um "caso" menos feliz para explorar protagonismos e defender "coutadas" partidárias, sugiro que essas vozes venham conhecer Gaia e a sua história recente, e opinem depois.

Mas isto também é válido para outras autarquias... onde mais depressa se reconhecem os "escorregões" do que o sentido autarca.

Felizmente este autarca (ainda) está fora da mira destes anti-sociais sôfregos de polémicas. Espero que por muitos mais anos.
trigalfa disse…
O comentário anterior é tão fraquinho, tão fraquinho, que o únimo "mérito" é deturpar a realidade. Porque L.F.Menezes não é qualquer autarca típico. É um político puro e duro que entrou na política autárquica à falta de outro palco, mas ambicionando sempre voar para um palco superior. É natural que um politico destes desde logo por saber que está debaixo dos holofotes, seja mais rigoroso, mais eficiente até mesmo mais honesto. Ele representa bem, até prova em contrário, o modelo francês do político que não deixa de prestar o seu serviço num palco mais modesto, mas em que acha que pode ser útil. Não venha é com aversões a polémicas assacando comportamentos anti-sociais a jornalistas ou outras pessoas que ambicionam ter espelhada no rosto dos autarcas a verdade, a sinceridade, a honestidade. É que até no rosto de muitos se vê a sua avidez pelo enriquecimento fácil. Não se encubram todos os autarcas com um véu de santidade.
António Fonseca disse…
Caro Trifalga, limitei-me a exprimir a minha opinião. Como gaiense, estou muito satisfeito. Como não conheço o sr. Luis Filipe Menezes pessoalmente, como não pertenço nem tenho necessidade de me aproximar de nenhum partido político nem fazer política neste blog, e como não me importa minimamente o que você ou qualquer outra pessoa pensa ou não do rosto do homem, não tenho problemas em exprimir os meus sentimentos. Se eu estiver enganado, cá estarei para assumir os meus enganos. Até lá, tenha paciência, mas a classificação de "fraquinho, fraquinho"... com uma argumentação tendenciosa como a sua, passa-me totalmente ao lado. Duvido até que você conheça Gaia.
trigalfa disse…
"como este é exemplo,se está a contribuir para a credibilização do "autarca" em oposição à do "político"".
Não terei sido claro. L.F.M. não é o autarca tipo. É um dos poucos que seguiu o exemplo francês e dou-lhe mérito por isso, representa bem este modelo, não usei o sentido teatral mas o real.Por isso, sem por em causa o resto da sua intervenção, que aceito, quero salientar que tiro conclusões contrárias à que manifesta na frase acima. L.F.M. não credibiliza os autarcas, credibiliza a actividade autárquica. L.F.M. não nasceu para a vida pública como autarca. Aqueles que tem querido transitar da vida autarquica para a politica têm-se saido mal e infelizmente não são o melhor exemplo. Ele fez o caminho inverso, sem desistir de voltar um dia. Não é correcto usar um bom exemplo para defender todos os autarcas. Se o trabalho de jornalistas, vereadores da oposição e membros das Assembleias fosse mais fácil, os autarcas teriam melhor qualidade. Se o Senhor af queria dizer que como exemplo L.F.M. deveria ser seguido por outros políticos, concordo consigo e retiro o que sido antes. Só nesta perspectiva aceito que o seu exemplo sirva para atacar os outros políticos mas nunca para credibilizar os outros autarcas.
António Fonseca disse…
Caro Trifalga.

Agora entendo-o e estamos de acordo. Concordo em pleno que não é um autarca-tipo. Seguiu foi esse caminho, mas em vez de o fazer para ganhar apenas curriculum, gerou mais valia nele, parece-me. Era precisamente o sentido desse bom exemplo a ser seguido por outros políticos que eu queria ilustrar. Por ventura exprimi-me menos claramente a credibilizar alguns "autarcas" em detrimento de puros "políticos". Longe de querer isso. Há bons e maus, dentro e fora das autarqias, e alguns bons, por contingências ou forças de bloqueio, mantêm-se na fileira errada.
O que eu quis salientar foi o trabalho do homem, independentemente do percurso que esolheu (ou teve que escolher). Neste trabalho tem-se saído, na minha opinião, francamente bem. Onde ele quer chegar, isso será legítimo da própria vontade. Se lá chega ou não, se se sairá bem ou não, isso é outro debate.

Cumprimentos,
António Fonseca