Publicado no "vai-teaosprofessores"A necessidade de regionalização volta a estar na ordem do dia, como o demonstram várias iniciativas para colocar este debate na agenda política novamente.
Esta necessidade surge, julgo eu, pelo forte ataque que o gerencialismo, a procura de melhores resultados na gestão, aliado ao centralismo, levando em conta só o interesse do centro, está a provocar ao bem estar das populações em muitas regiões periféricas deste país, com perdas de escolas, acesso à saúde só em algumas horas do dia, ou distanciando ainda mais o acesso a certas especialidades, etc, para só falar das mais mediáticas e das bandeiras do estado social, saúde e educação para todos.
Uma das formas de se reagir a estas medidas é tentar-se implementar a regionalização, que trará o poder para mais perto dos anseios das populações e desta forma se tentaria inverter o actual «estado da nação», centralista e gerencialista, tentando-se colocar outra vez mais o acento tónico nas pessoas, e na participação.
De facto, por exemplo, na região norte, acima do rio Douro, os governantes regionais teriam concerteza outra sensibilidade aos problemas das periferias pois estas teriam um peso eleitoral não desprezível como acontece quando as eleições são nacionais.
Concordo, pois, plenamente com esta frente de resistência ao actual poder, que é também uma via de aproximar os governantes das populações, outro dos princípios orientadores a ter em contas nas reformas necessárias.
Sinto-me: esperançado
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