Norte precisa de líder forte eleito pelo povo

Eduardo Pinto
15/Maio/2007



A descentralização política é uma condição fundamental para tornar possível o desenvolvimento do Norte, e especificamente do Vale do Douro, assuma, ou não, a desiganção "regionalização". É a conclusão central saída do seminário realizado ontem, no Palácio da Bolsa, pela Associação Comercial do Porto. Mas há mais a ideia que a região precisa de um líder político eleito, não nomeado, ganha cada vez mais adeptos.

Na linha da frente aparece o economista Miguel Cadilhe, que há muito defende esta solução. "Se houvesse um líder político no grande Douro as coisas estariam diferentes", opina, salientando a necessidade de "uma voz que se faça ouvir". Para dar mais força à sua convicção socorre-se de um adágio popular "Quem não chora não mama".

Miguel Cadilhe sustenta que um líder "eleito directamente" pela região poderia ter "tanta ou mais legitimidade que um ministro", na altura de discutirem o que convém à região.

O chefe de projecto da Estrutura de Missão do Douro, Ricardo Magalhães, assina por baixo. "Faz todo o sentido", nota. Arlindo Cunha, presidente da Fundação Rei D. Afonso Henriques, sublinha que com um poder regional, "não teria existido" a descontinuidade política, causada pelas sucessivas mudança no poder central. A propósito, questionou a deputada europeia do PS, Elisa Ferreira "Que resistência tem o Douro à alternância democrática?"

Miguel Cadilhe aguarda agora pelo novo referendo sobre a regionalização, embora entenda que "não deve haver precipitações", por muito que custe a uma região Norte que está a pagar o chumbo do referendo de 1998 "Perdeu posição, dinamismo e força, tem mais desemprego e o vale do Douro não se desenvolveu".

Comentários

Anónimo disse…
Boa, Dr. Cadilhe!!!
Assim é que é falar!

O norte precisa de um líder político? De uma voz forte? Assim
tipo Pinto da Costa, V. Loureiro?

O Senhor Economista Miguel Cadilhe
vem dando conferências a pedido. E
ele corresponde. Muito bem.

É por isso que SOU CONTRA A
REGIONALIZAÇÃO, QUE O POVO É CON-
TRA A REGIONALIZAÇÃO.

Só pensam em homens fortes, pulso
duro para governar este povo "es-
túpido" que vai tomando consciên-
cia que os "nossos experts", ilu-
minados, eminências pardas, afinal
só têm a "Sopa do Sidónio" para
lhes distribuir.

Estais fora de tempo. exteriori-
záis ódios e igoismos decorrentes
das disputas em que andais envol-
vidos. Os portugueses ignoram-vos.
Mas vós sabeis que o Orçamento é
generoso para quem defende homens
com cacete e roncantes.
Caro Anónimo,

Se estes são os aeus argumentos para ser contra a Regionalização, das duas uma, ou está a brincar connosco, ou então não percebe mesmo o alcance e a importância para o país desta reforma administrativa.

Cumprimentos,