Sócrates - Regionalização só será proposta com consenso

O primeiro-ministro, José Sócrates, condicionou hoje uma eventual proposta de regionalização na próxima legislatura à existência de um consenso e de uma expectativa de vitória no referendo, ao contrário do que aconteceu em 1998.
José Sócrates assistiu hoje à última aula do professor Freitas do Amaral na Reitoria da Universidade Nova, em que o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros apontou a não aplicação da regionalização como uma inconstitucionalidade por omissão.

No final da aula, questionado sobre o assunto pelos jornalistas, José Sócrates reiterou que o seu Governo não apresentará nenhuma proposta de regionalização do país até 2009 e não deu como certo que isso aconteça na próxima legislatura.

«Não será nesta legislatura. Talvez na próxima, se todos chegarmos à conclusão de que esse é o momento e se houver uma proposta que reúna um nível de consenso e que permita ter uma expectativa de vitória», resumiu.

O primeiro-ministro justificou esta posição considerando «muito importante que não se cometa outro erro de propor uma divisão administrativa do país sem consenso político».

Fonte "Diario Digital"

Comentários

António Lugano disse…
Compete-nos a nós, vitimas de uma "inconstitucionalidade por omissão" (palavras do Prof. Freitas do Amaral), demonstrar ao Sr. Pinto de Sousa (funcionário do Estado com a categoria de 1º ministro) que não vamos tolerar o abuso de poderes que ele pretende aplicar.
Cumpra-se, ou faça-se cumprir a Constituição!
Estamos na legalidade e devemos ser intransigentes na sua defesa.
Regionalização, JÁ !
António Lugano disse…
O meu anterior comentário era para o artigo sobre as palavras do Prof. Freitas do Amaral mas, as teclas baralharam-se (a culpa foi delas...) e coloquei-o aqui. As minhas desculpas...
Mas, já que estou na área do "engenhêro Sócrates" digam-me : que credibilidade tem este individuo ?
Tenhamos presente de que a Regionalização será uma conquista, não um requerimento !
Anónimo disse…
Moderação Senhor. Menos aleivosias. Se quer trabalhar pela regionalização faça-o convencendo o País todo dos seus méritos. As leis fazemo-las nós, mudamo-las e refazemos a realidade conforme o interesse. A Constituição não é sagrada, nem é necessária como o provam muitos países que a não têm.
Sam disse…
É o que temos vindo a fazer! Convencer o país da necessidade da regionalização. O que não invalida que se possa a aponta o dedo a quem não quer (ou não lhe interessa) que ela seja levada a avante.

Afinal, quem é que está mal? Nós, que exigimos que se faça a regionalização por forma a que o país fique mais equilibrado? Ou os outros, os que não querem a regionalização por temerem o seu bem estar; os que não cumprem as leis?

E se a Constituição não é sagrada e, pelos vistos, pode ser colocada em causa, não me parece uqe seja por causa deste item.

Cumprimentos.