A regionalização: uma oportunidade perdida

Interessante o livro de Enric Juliana (2005) La España de los Pingüinos. Una visión antibalcánica del porvenir español: la concordia es posible. Barcelona, Destino (apesar do horroroso título).

Também do
Dr. Carlos Pazos, do Centro de Estudos Galegos, mais uma proposta de leitura.

Tomo do livro o seguinte trecho, que justifica o título deste post:

"...as Autonomías contribuiram notavelmente para a modernização de Espanha, adiantando-se em certa medida ao futuro. A Europa tende claramente para a descentralização. Os alemães, forçados, como uma vacina contra um IV Reich; os britânicos, campeões do senso comum, conseguiram encarrilar o mal-estar da Escócia; os italianos continuam a bater na mesma tecla, mas avançam para um certo esquema federal. Em Portugal volta a colocar-se a questão da regionalização; e a complexa crise da França é também a crise do centralismo. Sem as Autonomías, a Espanha não teria aproveitado com tanta eficácia os fundos de coesão e outras ajudas europeias. Não há dúvida de que as autonomias fizeram bem à Espanha." (pág. 95).


E as autonomias em Portugal?
Na década 95/2005, a Região Autónoma da Madeira, teve um crescimento económico acumulado na ordem dos 41%, o maior de Portugal, logo seguido da R A Açores com 36%. Estes valores contrastam, fortemente, com os modestos 18% observados na região Norte (região formal, sem qualquer autonomia). Mesmo a região de Lisboa (a mais rica de Portugal), ficou-se pelos 28%, valor muito abaixo do observado em qualquer uma das regiões autónomas.

Comentários