Mais um "escândalo" do centralismo político vigente...


Um assistente individual para cada um dos 230 deputados


Enquanto a Regionalização espera o Centralismo engorda.

Sob proposta do partido do Governo, os «pais da Pátria» (como se consideram os deputados) aprovaram a contratação de 230 «secretários particulares».

Escândalo! é a palavra que melhor define a alteração ao Estatuto dos Deputados, aprovada por eles próprios, e que dá o direito a que cada tenha o seu «secretário/a particular» a ganhar 1.500 €/ mês, além de outras prerrogativas como passarem de imediato ao quadro da função pública.

O recrutamento de um assistente individual para cada um dos 230 deputados poderá implicar à Assembleia da República (AR) uma despesa mensal entre cerca de 300 e 500 mil euros. Ou seja, entre 4,6 e 7 milhões de euros por ano.

Já a existência de tantos deputados é um escândalo, quanto mais outros tantos assessores. Estão a fechar hospitais, escolas, etc. por todo o interior do País, enquanto temos 230 deputados na Assembleia da República que, em muitos casos e muitos deles, não fazem falta nenhuma.

Assim, cada deputado poderá juntar ao seu vencimento, mais outro vencimento para a mulher ou para um filho ou quiçá para um "boy" lhe ir tirar umas “fotocópias”. Haja vergonha!

Já é tempo dos Portugueses perceberem que o Centralismo já não serve (se alguma vez serviu) e só com uma efectiva descentralização política e administrativa - Regionalização - é que será possivel regenerar o actual modelo de governação e desta forma desencadear, de uma vez por todas, o desenvolvimento harmonioso do país.

Venha rápido a Regionalização, mas com uma vassoura!!!

Comentários

Al Cardoso disse…
Por estas e por outras, e que este governo me nao consegue convencer com as poupancas, pois poupam-se centimos e esbanjam-se euros aos milhoes.
So gostava de saber como e que tem funcionado as "Cortes" ate aqui, sem esses 230 assessores???!!!

Um abraco regionalista "beirao".
templario disse…
DE: FERNANDO MARQUES - SINTRA

COMUNGO DA SUA INDIGNAÇÃO, SABENDO
NÓS QUE A MAIOR PARTE SÓ VAI AO
PARLAMENTO PARA LEVANTAR O BRAÇO.
ATÉ CONCORDO QUE SEJAM DADAS AOS
DEPUTADOS TODAS AS CONDIÇÕES PARA
EXERCEREM COM ENTUSIASMO OS SEUS
MAMDATOS. SENSIBILIZOU-ME BASTANTE
O COMUNICADO DO SCN(SINDICATO DA
CONSTRUÇÃO DO NORTE) SOBRE AS IN-
JUSTIÇAS E AUSÊNCIA DA APLICAÇÃO
DA LEI PARA DEFENDER ESTE SECTOR
DE TRABALHADORES DO NORTE.

ANOMALIAS QUE DEVIAM SER DENUNCI-
ADAS NO PARLAMENTO PELOS DEPUTA-
DOS DESSA REGIÃO. ASSIM, NÃO ME-
RECEM QUE O POVO LHES PAGUE ASSES-
SORES.

ESTE EXEMPLO É PARA SI UMA BOA RA-
ZÃO PARA EXIGIR A REGIONALIZAÇÃO.
JÁ PARA MIM É MAIS UM EXEMPLO DO
TIPO DE GOVERNAÇÃO E CULTURA POLÍ-
TICA QUE OS GOVERNOS REGIONAIS
IRIAM ADQUIRIR POR TRESPASSE, DE
CONSEQUÊNCIAS IMPREVISÍVEIS.

É OPORTUNA A SUA INTERVENÇÃO.
Anónimo disse…
Pois é... mas os regionalistas deputados, quando mamam, acham tudo muito regional, muito certinho. Não aos assessores e não aos 230. Cumpra-se a constituição e reduza-se para 181. Com Secretarias devidamente equipadas com meios técnicos e humanos.
Caro Fernando Marques,

Eu sei que o meu amigo embora não sendo um centralista radical tem sérios receios que a regionalização, possa servir, não para resolver problemas, mas sim para multiplica-los.

Para si a regionalização é sinónimo de desunião e separatismo e também de aparecimento duma espécie de classe política regional que, na sua óptica, seria pouco recomendável.

Pois é, as coisas apresentam-se, para mim, exactamente ao contrário. O actual centralismo exacerbado com o abandono sistemático (serviços públicos) de amplas faixas do território é que se pode constituir como uma séria ameaça à unidade nacional. Já o aparecimento de uma elite política regional iria contribuir para o esvaziamento do exagerado protagonismo dos actuais presidentes de câmara e também para limitar a esfera de acção de muita da actual administração desconcentrada e e indirecta do Estado central.

Cumprimentos,
Anónimo disse…
Palavra de honra!



Desculpem, mas discordo absolutamente deste tipo de opiniões primárias e desta algazarra de feira. Só serve para atingir os objectivos de quem ataca os Deputados como forma de atacar... a Democracia. Pois claro.


Vamos lá, usem mais as meninges e menos o fígado. Onde é que está o problema de os Deputados terem um Assessor, que eu não consigo mesmo descortiná-lo?


Será que todos vós estais bem informados sobre quantos assessores têm os Vereadores nas Câmaras Municipais? Todos têm pelo menos uns dois ou três. E é sabido que na anterior Câmara de Lisboa havia um Vereador do P. S. D. que chegou a ter, simultaneamente, 32 (sim, TRINTA E DOIS!) ASSESSORES! E a média não deve andar longe dos dez ou quinze para cada um! Até o Sá Fernandes, segundo se diz, tinha nove!! E não era sequer um Vereador executivo!!!


Havendo dezassete Vereadores na Câmara de Lisboa, a uma média de dez assessores por cada um, só com as Câmaras de Lisboa e Concelhos limítrofes já devem ter mais do que 230 assessores!!! Então para quê tanta chinfrineira???


E quererão comparar as responsabilidades de um Vereador com as de um Deputado?


Antes de abrir a boca para ladrar, os cães raramente reflectem sobre esse acto. O mesmo não deverá acontecer connosco, caso contrário perderemos toda a credibilidade, mesmo quando tivermos razão.


Quem acha agora escandaloso, sim, agora que o Governo não é de Direita, que cada Deputado tenha UM (1) assessor, o que é que tem andado a fazer este tempo todo???? Por que é que não começa por investigar na sua santa terrinha, a sua Junta de Freguesia? Ou pensam que lá também não há assessores?


Proteste sempre, como diz o outro, mas certifique-se de que tem razões para tal...


Desculpem a franqueza, mas há críticas que, sobretudo vindas de onde vêm, me soam a tiros pela culatra...
Anónimo disse…
Isto já para não falar dos assessores dos próprios PRESIDENTES DE CÂMARA!
Anónimo disse…
Ao anónimo constitucionalista: 230 Deputados também cumpre a Constituição. Se calhar você é dos que defende os "círculos uni-nominais"? Vá roubar para a estrada...
Anónimo disse…
Este espaço parece um "estádio de futebol". Uma coisa é aplaudir ou discordar. Outra bem diferente é utilizar termos ofensivos, a coberto do anonimato. Tenho o maior respeito pelos 230 Deputados, onde estão familiares, amigos e antigos colegas de trabalho. Mas sou contra o esbanjar de dinheiro, seja no parlamento, nos municípios ou nas regiões. Uninominais ou circulo único, para mim, tanto faz. A constituição limita ao mínimo de 180, mas se dependesse de mim, não seriam mais de 151... 155... por aí. Bem pagos e com boas condições de trabalho.
templario disse…
DE: FERNANDO MARQUES-SINTRA

Comentário ao Anónimo -30/8-01h50
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Custa, mas alivia.
Senti-me alvo no seu comentário.
Aceito alguma incongruência. Re-
conheço que a prática de asses--
sorias polvilha a n/adm. pública,
nomeadamente, política. Admito-a
para os deputados.
Sim, porque não?

Se eu fosse deputado, mera suposi-
ção, desejava que os serviços pú-
blicos gerais, particularmente os
da AR, fossem o meu primeiro e ri-
goroso apoio em tudo o que eu so-
licitasse para desenvolver a mi-
nha actividade: elaborar um docu-
mento, fornecer-me estatísticas,
informações, etc., etc.. O meu par-
tido deveria ser também uma estru-
tura de apoio permanente, na base
de um centro de estudos, de ini-
ciativas locais, regionais, nacio-
nais.

Não sei como vão ser nomeados es-
ses assessores. Eu aceitaria um
que a adm. pública me indicasse.
Não precisaria de "pessoa de
confiança". A adm. pública deve-
ria ser de confiança.

Para o Estado pagar assessores
aos investidos de cargos de poder
era preciso que esses assessores
não fossem (como são em muitos
casos) mais papistas que o Papa,
donos de jornais locais e assesso-
res de P.s C., como moeda de
troca de favores prestados na des-
truição da opinião pública local e
regional ao serviço de projectos
de poder individual e de grupos de
conspiração e difamação. Consul-
te a globosfera local de Portugal
e saberá muita coisa, entre muita
outra sem crédito. Verá o ambien-
te que se vive, com o Orçamento
Geral do Estado a pagar. Muitos
deputados protagonizam estas
más práticas.

A realidade, mesmo assim, é que
ainda são os presidentes de câma-
ra que em Portugal berram pelos in-
teresses dos concelhos e regiões
e muito fazem. Daí para cima,infe-
lizmente, é a evidente democracia
oligárquica.

Que seria reforçada com a regiona-
lização (já agora).
Ao Fernando Marques: desculpe a correcção, mas o comentário a que pretende replicar não é anónimo, antes sim do Coordenador deste "blogue" (está lá bem visível...).


Partilho das suas preocupações, como sabe, mas não da sua crença algo mística de que a Democracia em Portugal só é boa ao nível do "rés-do-chão" (Poder Local). Como bem sabe, os factos têm provado precisamente o contrário: a maior parte dos problemas legais de eleitos tem sido sentida nas Câmaras Municipais.


Quanto ao anónimo que acredita nos Deputados porque os conhece pessoalmente ou é familiar de muitos deles, felicito-o, mas relembro-o de que isso não está ao alcance da esmagadora maioria dos Cidadãos. E não é por isso que a Democracia é mais popular do que as Ditaduras (pelo menos de uma forma continuada e sustentável...).


Já agora que desbafou, assim ao jeito de "se fosse eu que mandasse", que a Ass. da República ficaria bem com 151 Deputados, se dependesse de si, eu vou retorquir-lhe com uma afirmação tão inútil e vazia como a sua: se "dependesse de mim" (mesmo sem conhecer nem ser familiar de NENHUM Deputado) já a regionalizalção estaria "instituída em concreto" em Portugal há muitos, muitos anos...


As melhores saudações democráticas (que até nos estádios de futebol há pessoas bem educadas).