O país real

21/Agosto/2007
Alberto Castro, Professor universitário


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Em matéria de ambiente e ordenamento, o Algarve continua a viver perigosamente, ao sabor de acasos mais ou menos difíceis de entender.

Os centralistas aproveitam para carregar nas tintas, anunciando a catástrofe que seria se houvesse mais descentralização. Não percebem que um poder mais próximo do problema teria uma outra capacidade para o perceber e se impor aos interesses locais. Não percebem que estes aproveitam a distância, física e hierárquica, para se infiltrar nos interstícios do edifício legislativo, originando uma verdadeira falha de Estado.

Ao contrário do que pretendem os centralistas, a forma desordenada como o Algarve tem vindo a crescer é a prova provada da falta que faz haver uma instância de poder intermédio que operacionalize, e dê coerência, às orientações gerais estabelecidas ao nível do Poder Central.
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