PSD/Porto e a Regionalização

Na perspectiva do presidente do PSD/Porto, muitos dos problemas poderiam ser facilmente ultrapassados com a regionalização, defendendo a necessidade de um debate profundo que conduza a um acordo global, permitindo a realização de um novo referendo em 2010. “Os problemas são tão graves que chegou o momento de despirmos a camisola partidária e chegarmos a um acordo. Os dois maiores partidos (PS e PSD) têm que se entender sobre o modelo de governação, até porque, inevitavelmente, vai continuar a existir nos próximos anos uma alternância de poder entre eles”, defendeu.

Para Branquinho, um eventual acordo estratégico entre socialistas e social-democratas sobre esta matéria implica que “primeiro se tirem do armário os fantasmas sobre os malefícios da regionalização”. Um desses “fantasmas” está relacionado com o receio de que a regionalização sirva para criar mais lugares de nomeação política e aumente a burocracia. “Existem vários modelos de regionalização, eu defendo um modelo leve, que não implique a criação de muitos cargos políticos e onde o parlamento regional não seja a tempo inteiro”, afirmou.

Uma das principais vantagens da regionalização reside na legitimidade que o líder regional terá pelo voto dos eleitores, que também definirá uma estratégia de desenvolvimento a que serão subordinadas as decisões de interesse para a região. “O nosso modelo actual é desajustado em relação às nossas realidades. Não faz nenhum sentido que as obras de requalificação de um liceu no Porto ou a localização de uma estação de tratamento de águas sejam decididas por um burocrata em Lisboa”, frisou.

O presidente do PSD/Porto defendeu que o referendo à regionalização se realize em 2010, mas alertou que o sucesso depende do “trabalho de casa que é preciso ser feito nos próximos dois anos”. “Se fizermos bem o trabalho de casa, dentro de dois anos poderemos apresentar um modelo de regionalização ao povo português, que o aprovará de forma expressiva”, afirmou.

Fonte - "O Primeiro de Janeiro"

Comentários

Al Cardoso disse…
Pois para a frente e que e o caminho!