Um modelo de Regionalização

(...)
O país resolve-se com uma regionalização clara e assumida por todos, assente em seis vértices de peso — as cidades-região de Lisboa e Porto, as regiões autónomas dos Açores e da Madeira, o Algarve e o cordão das regiões transfronteiriças –, a par da intensificação requalificada do poder local. Ao estado central deverá caber sobretudo a obrigação de produzir uma visão inteligível do país, a regulação dos equilíbrios entre os vários centros de poder e regiões, a integração nacional, a soberania, a solidariedade e a justiça. Tudo o resto pode e deve ser descentralizado e ou regionalizado, potenciado-se desta forma a criatividade, a emulação e a responsabilidade portuguesas.

Creio que conheço o país todo, e por isso tenho a convicção plena de que em Portugal não existe qualquer género de ameaça interna à coesão nacional, uma só quebra de solidariedade nacional que seja. Somos todos portugueses e isso sente-se por toda a parte. É um bem inestimável nos dias que correm e devemos honrá-lo com exigência. Daí que o nervosismo dos inside traders pacóvios do país já não convença ninguém. A brutalidade da afirmação de Pacheco Pereira, comparando os vencedores das eleições directas do PSD ao Gang do Multibanco, testemunha até que ponto a sarna partidária que este medíocre intelectual representa está desesperada com a evolução do mundo e do país. Eu se fosse o Menezes, punha-o hoje mesmo na rua do PSD. Para não empatar mais a vida do PPD-PSD, que bem precisa de mudar de rumo.

OAM 255 no "O António Maria"
03-10-2007

Comentários

templario disse…

Ora aqui está um belíssimo exemplo, dado por um fervoroso defensor da regionalização, no que
esta se tornaria nas mãos do autor
deste artigo e de tantos outros que a perspectivam apenas como uma
oportunidade de poder.

Não só o Dr. Pacheco Pereira seria
arremessado para a rua...

E "hoje mesmo", está claro...
Caro Templario,

Curiosa a maneira como descurou o essencial deste post, para comentar somente o acessório.

Cumprimentos,