Regionalização/Marco Costa:Opção 2009 evitará golpe palaciano

O futuro líder da distrital do PSD/Porto, Marco António Costa, reafirmou hoje que a regionalização deve ser concretizada em 2009 para evitar um «golpe palaciano» dos socialistas, rejeitando qualquer posição de afronta ao líder do partido, Luís Filipe Menezes.

«O governo está a preparar uma regionalização encapotada através da administração pública descentralizada», afirmou Marco António Costa, numa referência à colocação de personalidades ligadas ao PS em lugares-chave no processo de descentralização administrativa.

Nesse sentido, defendeu que, «se o PSD seguir o calendário do PS está condenado ao insucesso, mas se antecipar a regionalização para 2009 evitará este golpe palaciano».

Marco António Costa, que será eleito sábado presidente da maior distrital social-democrata do país, já que lidera a única lista concorrente, defendeu ainda que «não é necessário um referendo» para permitir a criação das regiões administrativas.

Salientou que um acordo entre os partidos políticos pode permitir a «pequena revisão constitucional» necessária para evitar a realização do referendo.

O futuro líder do PSD/Porto frisou que a regionalização será uma «prioridade absoluta» do seu mandato, considerando que não é impossível atingir o objectivo definido porque «em política só não se faz aquilo que não se tem vontade de fazer».

Marco António Costa desvalorizou ainda uma eventual discordância neste tema com o líder do PSD, recordando que Luís Filipe Menezes «nunca disse que não queria a regionalização em 2009».

«Vi muitas notícias sobre isso, mas não o vi a ele a falar», frisou, assegurando que a sua posição sobre o calendário da regionalização não pode ser vista como uma afronta ao presidente do partido.

Diário Digital / Lusa
30-11-2007 17:58:00

Comentários

Conforme disse, sobre este tema, num comentário anterior, estamos perante uma tentativa partidária de liderança da agenda da regionalização.

Como regionalista fico satisfeito em ver os dois maiores partidos portugueses em luta acesa pela liderança deste processo. Esperemos é que no final não assistamos a cambalhotas de última hora. É que muitos dos nossos políticos são mestres nestas acrobacias.
Infelizmente, nada disto é para levar a sério...