CCDR-N defende que região precisa de «emancipação política»

O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), Carlos Lage, defendeu hoje que a região «precisa de uma bem temperada emancipação política, a que a regionalização dará acesso».

«Precisamos de um espécie de Simplex político descentralizador que dê aos municípios o que é, ou deve ser, dos municípios, às regiões o que deverá ser das regiões e, bem entendido, ao Estado central, o que deverá e terá de ser seu», afirmou.

O presidente da CCDR-N, que falava esta manhã no Palácio da Bolsa, no Porto, na conferência promovida pela Universidade do Porto, considerou que, «infelizmente», o Norte «não está em condições de estabelecer metas tão ambiciosas como as da vizinha Galiza.

«Não podemos. Essa oportunidade perdeu-se anos atrás», disse.

Para Carlos Lage, a Galiza possui duas vantagens que a região Norte não tem: «uma economia espanhola dinâmica que puxa pela economia das suas regiões e um governo regional eleito e competente que cuida da vida da região galega».

O presidente da CCDR-N considerou que só a mobilização das «capacidades criativas invulgares da região pode garantir uma mudança de rumo».

Na opinião de Carlos Lage, a estratégia nacional assenta nos pilares cidades, empresas, universidades e centros de investigação.

«Sem o dinamismo e a criatividade destas instituições, não haverá sucessos duráveis na Região Norte como, aliás, em todo o país», disse.

Relativamente ao impacto que as verbas do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) poderão ter na economia regional, Carlos Lage reafirmou que »as projecções que se podem fazer são as de que até 2010 a economia regional deverá convergir com o crescimento médio nacional para, nos anos seguintes, acelerar e crescer pelo menos um por cento acima da taxa de crescimento desta».

«Só assim será possível retomar uma trajectória de convergência com a média da União Europeia», concluiu.

Diário Digital / Lusa
28-01-2008 14:37:00

Comentários

Anónimo disse…
Com todo o respeito pelas posições de principais responsáveis por departamentos de coordenação regional, o seu contributo para a regionalização tem sido incipiente ou nulo. Antes de mobilizar as instituições (empresas, universidades e centros de investigação), esqueceram-se de: hospitais, tribunais, escolas, insituições de solidariedade social, câmaras municipais e freguesias, etc.; é necessário mobilizar as populações das Regiões autónomas (7), a criar no território continental.
Portanto, tais afirmações não passam de discursos, de intenções com repercussões práticas nulas em termos de regionalização,com a agravante de não apresentarem propostas políticas concretas e viáveis.
Lamento, mas é o que se passa. Amanhã, já estou a ver as parangonas nos jornais, no que é o seu habitual explendor propagandístico.

Valha-nos Deus!

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Anónimo disse…
50% de acordo
50% contra
Anónimo disse…
Caro Anónimo (01:13:00 AM)

Obrigado pela sua votação.
Há tantos assim, sem querer ficar de mal nem com Deus nem com o Diabo. Mas, sendo melhor que nada, nada adianta. Contudo, é esta a forma habitual de "apanhar os comboios", não vá o diabo tecê-las.

Sem mais, nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Anónimo disse…
Caríssimos Regionalistas e não Regionalistas,

Afirmava o senhor Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), Dr. Carlos Lage que "a Região precisa de emancipação política".
Esta afirmação é correctíssima, só que não foi concretizada. Com as Regiões Administrativas ou com as Regiões Autónomas?
Isto é muito simples; quando estivermos todos no cemitério, isto é a longo prazo, asseguro-vos que teremos emancipação política com as Regiões Admnistrativas.
Por isso, a única equação favorável à pretensão do senhor Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte:

REGIÕES AUTÓNOMAS = EMANCIPAÇÂO
POLÍTICA

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Anónimo disse…
vá à enciclopédia e veja bem o significado de emancipação...
"Libertação da Tutela Paternal (Estado)" embora seja autonomo nos seus actos, sempre debaixo das suas leis.
logo, autonimia plena, não é possivel...
não seja mais papista que o Papa, senão nem hóstia tem..
Anónimo disse…
Desculpe discordar, com a aplicação do princípio da progressividade descentralizadora, de acordo com as sábias palavras do senhor Engenhrio Valente de Oliveira, deveriam utilizar outro termo que não emancipação. Ou estão convencidos que a regionalização administrativa vai ser um ver se te avias de descentralização total? Desenganem-se, vai ser a contagotas (isto é, a contaeuros), até os meus bisnetos se aborrecerem de tanta demora. Com a tal emancipação, a autonomia plena continuará a existir apenas no seu dicionário e não na realidade regional, se a solução assentar na criação e implementação das Regiões Administrativas. Agora, digo como o senhor Engenheiro Sócrates: "Acordem para a realidade ...", quando discursou a propósito da aprovação do Tratado Constitucional (não me enganei) Europeu pelos países da União Europeia.
Sempre pensei que fossem mais cautelosos e rigorosos na análise política e não embarcassem assim em termos fáceis e entusiasmantes para tentar arrumar de vez os problemas.
Por tudo o que tenho escrito antes em diversos post's, a emancipação (autonomia nos actos, nas suas palavras) só é compatível e compaginável com a criação e a implementação indubitável das 7 REGIÕES AUTÓNOMAS.
Tudo o resto é farsa, mesmo quando o senhor Nóbrega propõe a, imagine-se, "autodeterminação" do Norte. Arredem caminho, por favor, enquanto é tempo, não num tempo qualquer, mas em tempo útil.

Os meus agradecimentos pela vossa atenção, perante a minha insistência, mas existem fundamentos objectivos para a sustentar.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Anónimo disse…
Já estou a imaginar a cena:
"Reunidos em confraria, os confrades (prefiro 'confrariais') estão a zurzir forte e feio no senhor Nóbrega, por ter defendido a autodeterminação do Norte, como conceito que vai para além das pretensões administrativistas dos irmãos confrariais, sem ter tido necessidade nenhuma de arranjar lenha para se queimar. Nada mais havendo a dizer encerrou-se a presente reuñião e concluiu-se a ordem de trabalhos com ponto único, da qual de lavrou a presente acta que vai ser assinada por todos os presentes (deve ser uma multidão), marcando-se a próxima reunião para defesa na data da próxima primeira investida do Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)".

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Anónimo disse…
Ninguém pia?