Finanças Municipais

O sector imobiliário está a ser a galinha dos ovos de ouro das autarquias locais. Os imposto pagos por quem compra ou vende casa (IMI – Imposto Municipal sobre Imóveis – e IMT – Imposto Municipal sobre Transacções) somaram 1,7 mil milhões de euros em 2007, uma subida de 43 por cento face ao arrecadado pelos cofres das câmaras em 2005. Este montante é quase tanto como os 2,2 mil milhões de euros transferidos do Orçamento do Estado para os municípios em 2008.

Só em 2007, segundo o Ministério das Finanças, a receita do IMI ultrapassou os 945 milhões de euros, um aumento de 14,5 por cento face aos cerca de 826 milhões de euros do ano anterior. E o IMT totalizou quase 852 milhões de euros, um acréscimo de 39 por cento face aos 613 milhões de euros registados em 2006.
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Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas

Não se compreende como o sector mobiliário pode considerar-se como "a galinha dos ovos de ouro" das autarquias locais se, ao mesmo tempo, contribuem para o maior desastre no ordenamento territorial de que há memória (relembro as inundações na Área Metropolitana de Lisboa: haverá sempre o verso e o reverso da medalha), bastando para isso ler os jornais sobre o que se passa nas orlas costeiras de cada uma das Regiões Autónomas: Entre Douro e Minho, Beira Litoral, Estremadura e Ribatejo, Alentejo e Algarve.
Como sempre, a tal "galinha" não será tão avantajada para certas Regiões Autónomas (Região de Trás-os-Montes e Alto Douro, Beira Interior) e municípios integrados do interior que continuam a ser vítimas de descriminação negativa por se lhes ter recusado oportunidades de desenvolvimento (as quais são muito mais que só investimento) ao iniviabilizar-se politicamente a regionalização administrativa há 32 anos e, actualmente, a regionalização autonómica.

Assim não tivesse sido, mas foi-o, amen.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)