O Regionalista

Cadilhe quer regionalização com efectivo impacto fiscal


O antigo ministro das Finanças, Miguel Cadilhe, defendeu ontem, em Braga, a implementação da regionalização no País e consequente descentralização "com maior responsabilidade fiscal". O antigo ministro de Cavaco Silva disse mesmo: "Não defendo que as regiões possam criar impostos. O que defendo é que se estabeleça que os impostos são receitas das regiões e alguns deles com possibilidade de graduação".

"Admito que a regionalização, sujeita a um adequado regime de fiscalização, seja um sério pretexto para se fazer a grande reforma do Estado em Portugal", disse o ex-ministro das Finanças durante a conferência "As Grandes Reformas Nacionais - O Papel da Região Norte, o peso do Estado e a Regionalização no Horizonte".


Durante esta iniciativa conjunta da Associação Industrial do Minho (AIMinho) e do Jornal de Negócios, que decorreu na AIMinho, Miguel Cadilhe defendeu que "já antes do 25 de Abril se falava da macrocefalia do País. Só que ela agravou-se, e muito". Por isso, prosseguiu, "a regionalização em Portugal vale a pena, justifica-se". O economista advertiu, contudo, que "para haver descentralização política é preciso cumprir um requisito essencial: é que nesse nível descentralizado o líder seja eleito e não nomeado e destituído pelo centro, e que possa reivindicar".


no "
Diário Notícias"
.

Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Já analisei a intervenção do Doutor Miguel Cadilhe, a propósito do texto anterior.
Parece que me "adiantei às ordens", mas nada está perdido. De qualquer modo, há neste texto uma frase que diz o seguinte: "... para haver descentralização política é preciso cumprir um requesito essencial: é que nesse nível descentralizado o líder seja eleito e não nomeado e destituido pelo centro e que possa reivindicar".
Tanto nas Regiões Administrativas como nas Regiões Autónomas, os líderes regionais serão eleitos, pois a sua nomeação é sunstituida por eleição; se assim não, fosse seria melhor manter os actuais governadores civis, com custos reduzidos mas com eficácia nula.
Se os futuros líderes regionais deverão ser REIVINDICATIVOS, será melhor com as 5 Regiões Administrativas (poderes administrativos e limitados) ou com as 7 Regiões Autónomas (poderes políticos com competências legislativas alargadas?~

Assim seja, amen.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)