Iberismo e Iberistas


Iberistas

O iberismo é um fenómeno típico do século XIX, que emergiu em Portugal e em Espanha, como resposta à teoria das grandes nações então em voga na Europa. Segundo o seus defensores as pequenas estariam condenadas a serem absorvidas pelas grandes, tal como teria acontecido entre os animais onde os mais fortes extinguiram os mais fracos (teoria darwinista). A unificação da Itália (anos 50) e depois da Alemanha (1871) reforçavam esta concepção política de matriz racista e totalitária.

Na década de 50 e sobretudo entre 1868 e 1874, pulularam em Portugal e Espanha iberista para todos os gostos. Os que propunha uma união ibérica sob um mesmo regime monárquico (D.Pedro V, Seribaldo de Mas, Latino Coelho), os que defendiam uma federação de Estados (Xisto Camara, Henriques Nogueira, etc) os que preconizavam a simples fusão (Ruan Valera, Oliveira Martins) ou aqueles que se contentavam com uma mera integração económica (Barbosa Leão).

Desde o século XIX até ao presente, tem-se constatado sempre uma correlação (correspondência) directa entre as crises económicas e políticas em Portugal e as esporádicas manifestações iberistas. Foi assim entre 1868-1874, em 1983 e em 2004-2006. O iberismo emerge na sociedade portuguesa como uma manifestação patológica de indivíduos que num dado momento sofreram uma forte influência espanhola ou se assumiram como agentes de interesses espanhóis. Sempre que a situação é melhor no outro lado da fronteira, a integração de Portugal em Espanha surge aos olhos dos iberistas como a solução para resolver a crise, sem trabalho.

Analisando o carácter psico-social dos iberistas constata-se que estamos perante indivíduos com um profundo problema de identidade pessoal, que frequentemente se exterioriza na questão da sua identidade nacional que a todo o custo pretendem anular. A diversidade de culturas é para o iberista algo insuportável. A individuação um mal que urge corrigir na cultura e na sociedade.

Os historiadores iberistas portugueses, por exemplo, omitem factos ou personagens, riscam do mapa localidades, atribuem feitos de portugueses a estrangeiros de forma a diminuírem a importância histórica do próprio pais. Mais

A sua estratégia auto-aniquilação começa quase sempre pela negação da diversidade das culturas. É por isso que o iberista prefere enaltecer a supremacia de certas culturas e recusar o diálogo entre os povos. É por esta razão também que a maioria dos iberistas acabaram a defender posições racistas e totalitárias, contando-se entre os primeiros proto-fascistas europeus, como foi o caso de Oliveira Martins ou António Sardinha, mas também mais antigos estalinistas como José Saramago. A matriz totalitária fascista, nazi ou estalinista está sempre presente.


Carlos Fontes
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Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Em primeiro lugar, há três objectivos políticos de envergadura a prosseguir, para ver se conseguimos dar os saltos qualitativos necessários a que se tenha confiança plena no futuro:
1º. Objectivo - Eliminar as mentalidades centralistas e centralizadoras que ainda subsistem na governação do nosso País.
2º. Objectivo - Abandonar soluções de regionalização administrativa que não são mais que soluções de governo central com antenas regionais.
3º. Objectivo - Depois de atingidos os dois primeiros objectivos, implementar a REGIONALIZAÇÃO POLÍTICA, através da criação de 7 Regiões Autónomas.
Depois de todo este programa cumprido e que não é pouco, então teremos condições para partir para outras dimensões sem os complexos habituais numa sociedade mental, económica, social e culturalmente atrasada.

Assim seja, amen.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Anónimo disse…
A Europa também poderá ser considerada como uma grande nação e os países regiões da Europa.
Aliás se analisarmos toda a história em toda a sua vertente verificamos que existiram grandes impérios que lutaram pela unificação dos território pluriculturais:
Império Romano, Império Francês (Napoleão Bonaparte), Império Alemão (Hitler), surge a CECA/EFTA, CEE e a UE.
Uns pelo maior uso da força, outros pelo uso multifacetado da palavra e do poder económico.
Gostava tanto que viessem uns ET's para formalizar a união do planeta terra...
Que interessa se é Portugal ou Espanha ou Europa se afinal somos todos Humanos e cada um de nós pretende é "viver bem" e que ninguém nos chateie...
Em suma... vou é regionalizar a minha hortaliça.
Anónimo disse…
Caro Anónimo disse das 10:02:00 PM,

Tem toda a razão, mas antes temos de fazer o trabalho de casa que, como sabe, anda atrasado há centenas de anos.
Boa plantação e melhor colheita para a sua hortaliça regional, de preferência autónoma; se tiver excedentes, de certeza absoluta que vai vender a outras regiões, para que, afinal, "todos vivam bem" e que ninguém nos chateie.

Assim seja, amen.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Carlos Fontes: o seu Artigo é de uma imbecilidade atroz. Foi você que o redigiu?


Nem merece comentários.
Anónimo disse…
Que monte de treta. Tendo em conta que não tenho muita paciência para estar aqui a escrever, aqui está um sumário:

"Iberismo" é uma ideia vaga, dificilmente chegando a ideologia. Utilizando a palavra "iberismo" poderíamos tão facilmente referirmo-nos à ideia de centenas de regiões, agrupadas numa federação quase sem governo central; como de um estado totalitário centralizado na cidade X, reconhecendo uma só língua, religião, e tipo de roupa interior.
Seguindo esta lógica praticamente que se pode dizer que existem tantos "iberismos" quanto "iberistas". Ou seja, seria quase o mesmo que englobar o socialismo do sec. XIX, o PS do Sócrates ou o Nacional-Socialismo do Hitler no mesmo saco, só porque partilham a mesma palavra.

Ora, a ideia com que fico ao ler este "post", é de que o autor não pensou bem no que escreveu, fazendo uma salgalhada de ideias, e tentando apresentar a sua noção vaga de como se relacionam, como um facto absoluto. Aqui estão alguns dos "erros" que tenho a apontar:

- Definir fenómenos complexos como a unificação italiana ou alemã, que englobam componentes de nacionalismo, expansionismo, e joguinhos de política entre as potências da época, como "os peixes grandes comem os pequenos" é no mínimo absurdo;

- Chamar a "os peixes grandes comem os pequenos" Darwinismo revela grande ignorância - se nos damos ao trabalho de usar os termos, devemos ao menos tentar saber o que significam, caso contrário transmite a ideia que pretendemos distrair o leitor com palavras pomposas. Recomendo ao autor uma leiturazinha dum qualquer manual de biologia do 12º ano ou uma consulta do wikipedia;

- Analisar o "carácter psico-social" de alguém com base numa ideia que essa pessoa afirma ter defendido, durante um período mais ou menos longo da sua vida, e mais que isso, criar inferências acerca de "problemas de identidade pessoal", é... estúpido.
Imaginem que eu agora dizia que o que une todos os membros do Bloco de Esquerda (atenção, um partido deverá em princípio ser algo com uma ideologia, programa e homogeneidade de membros infinitamente mais definidas do que uma ideia vaga como "iberismo") é, sei lá, serem altruístas, ou então oportunistas. Qualquer pessoa no seu perfeito juízo dir-me-ia que lá há de tudo: desde pessoas que usam o partido como forma de arranjarem um ordenado chorudo, a militantes que acreditam na ideologia mas discordam da sua implementação, a doentes mentais (segundo os critérios do ICD-10), ou mesmo pobres coitados que simplesmente gostaram do logotipo. Para além disso apontar-me-iam a futilidade de procurar os aspecto unificador entre as suas personalidades. Mas é claro que isso é só a minha opinião como prole inculto.

Bem, estou com fome, e não me apetece escrever mais, por isso deixo este comentário inacabado. Prepara-te frigorífico, aqui vou eu!
Anónimo disse…
Hola. Soy español, de Madrid concretamente. No se hablar portugués, espero que se me pueda entender bien.


Quiero decir que a mi personalmente no me incomodaria para nada la union entre España y Portugal y que si se planteara yo la apoyaria. Ahora bien, veo unos inconvenientes, unos mas faciles que resolver que otros.


-El primero y mas complicado, el Idioma. ¿Idioma oficial Español o Portugues? En un principio no deberia ser un problema, ya que en España ya estamos acostumbrados a convivir con otros idiomas (vasco, catalán y gallego) que coexisten con el español en sus comunidades autonomas. Pero hay unos matices:

1- El Portugués, al contrario que el Catalan, Vasco o Gallego, se habla en muchos paises fuera de Portugal y es hablado por unos 300 millones de personas en el mundo.

2- Esto haria dificil poner el Portugues como idioma oficial junto con el español en Portugal, mas cuando el Español no se conoce apenas en Portugal como si se conoce en Cataluña y Euskadi (pais vasco). Hacer cooficial el español en Portugal seria muy dificil y llevaria varios años hasta que la gente lo aprendiera (suponiendo que quiera, que siempre habria quien se negaría).

3- El tema de la administracion no seria mayor problema. Portugal podria constituirse como una comunidad autónoma dentro de España al igual que todas las comunidades autónomas, con un grado de autonomía mayor. Por ejemplo la zona con mas autonomía en España es el País Vasco, donde incluso el estado español no tiene competencias en policía para seguridad ciudadana. De una hipotetica union España + Portugal, Portugal obtendría un grado de autonomía mucho mayor que el Pais Vasco y posiblemente seria la zona con mayor autonomía dentro de un país. Pero bueno, en eso ya digo que los españoles tenemos experiencia.

4- El mayor problema sin duda creo que es que los españoles apenas sabemos ubicar la geografia portuguesa. Aqui apenas se conoce de Portugal; solo Lisboa, Oporto (Porto) y Algarve. Nadie sabe donde están Santarem, Braga o Faro. Las ciudades de Portugal son desconocidas para la mayoria de los españoles.


Sin embargo ya digo que Portugal convertida en una comunidad muy autónoma de España por mi yo estaría encantado y de hecho a mi los portugueses me parecen una gente muy agradable y encantadora (y las portuguesas mas ;) ). Aparte Portugal sería posiblemente la region mas poderosa al ser la más poblada y la más rica que podría tener un peso muy alto a la hora de elegir los representantes en las elecciones generales.


Pues eso, que por mi parte Portugal tiene las puertas abiertas en España y que si quieren unirse, son bienvenidos.
Anónimo disse…
Os regionalistas do porto já se venderam acastela
Anónimo disse…
Estes regionalistas do porto já se venderam a castela.

Traidores.
Anónimo disse…
desculpa o meu Português.
Gostaria de saber a língua.

um fórum ibérico Português e Espanhol.
trabalho iberia para uma justa e igualitária possível.

http://iberistas.com/foro/index.html
Pósits disse…
Os invito a participar:
http://posits.x10host.com/ni-espana-ni-portugal-iberia-encuesta-y-politica-ficcion/