Lisboa

Lisboa é produto de uma geografia particularmente interessante no passado em que não era tão fácil mudar as condições geográficas. Lisboa tem um estuário que lhe permitiu ter um dos maiores portos naturais do Mundo; tem ricos terrenos agrícolas a norte e a sul do Tejo, nomeadamente nas lezírias e possui uma geomorfologia própria em colinas que permitia uma defesa fácil, próxima do mar, mas não tão próxima para que fosse facilmente atacável por piratas e outros inimigos vindos de barco.

Como é sabido, no passado as cidades marítimas tinha a vantagem de serem pontos de ligação com o exterior, mas continham a desvantagem de serem atacáveis. Ora Lisboa tem uma extensão de rio até chegar ao grande estuário. Nunca foi fácil uma armada inimiga entrar e destruir os navios nacionais e sair incólume. As bombardas colocadas na Torre de Belém e em muitos fortins na Costa, incluindo S. Julião da Barra e Bugio, com um alcance de mais de 250 metros na época dos descobrimentos permitiam uma excelente defesa do estuário.

A costa que vai de Cascais para o Norte e as Arribas da Caparica nunca facilitaram o desembarque de forças inimigas..

Lisboa comunica pois com o Norte do País através de um litoral cheio de bons terrenos que vai até ao Porto e com o interior do Tejo das lezírias e o sul alentejano, tendo ainda uma "filial" geoportuária que é Setúbal e o Rio Sado. Não foi pois, por acaso, que em 1255 Lisboa se tornou a capital do reino.

As Linhas de Torres mostraram que foi possível erguer um bom perímetro de defesa em torno de Lisboa a partir de Torres Vedras com base na sua morfologia geográfica. O Porto teve de construir um porto artificial, Leixões, pois a barra do Douro foi sempre muito perigoso e muitos mais navios naufragaram nessa barra que na do Tejo.

Quanto à questão do poder, a realidade é que a maior parte dos governantes do País não eram lisboetas. Um dos poucos lisboetas a ocupar cadeiras do Poder foi Mário Soares e actualmente nem Sócrates nem Cavaco são lisboetas. Os lisboetas não são muito bairristas, pois a maior parte dos habitantes de área urbana não nasceu na capital e votaram maioritariamente pela regionalização do País no último referendo.

Em termos de logística de transportes, Lisboa com a Península de Setúbal é uma zona privilegiada e não foi por acaso que a Auto-Europa está instalada na Região. Lisboa é uma pequena cidade de 82 km2 (8.200 hectares) com 560 mil habitantes. Mais importante é a área urbana de Lisboa com 1,7 milhões de habitantes e ainda mais importante é a Região de Lisboa e Vale do Tejo que vai de Setúbal a Ferreira do Zêzere com 11 mil km2 e 3,4 milhões de habitantes e um PIB per capita acima da média europeia. Mas, neste aspecto, a RLVT não fica muito atrás da Região do Porto com mais de dois milhões de habitantes e muita indústria também. Não há razão alguma para bairrismo e regionalismos, pois Lisboa foi sempre o espaço em que todo o Portugal se mistura e é a região menos regionalista do País.

Pelas origens dos seus habitantes a Região Urbana de Lisboa é apenas Portugal.

Devo acrescentar que muitos lisboetas são a favor de uma descentralização e desconcentração do muito que há em Lisboa.

A zona urbana de Lisboa está saturada; a circulação é cansativa e o centro da cidade está despovoado. Lisboa deixou de ser uma cidade interessante pois é um amontoado de cidades satélites com uma péssima urbanização e cheia de problemas. As praias são praticamente inacessíveis no verão tão grande é a multidão de carros que procuram parques de estacionamento.
Os cinemas e teatros de Lisboa ou já morreram ou estão em vias disso.

A Expo é um monstro de cimento, tal como Telheiras e está a acontecer com a Alta de Lisboa.

Enfim, salvou-se a Quinta das Conchas e Lilases graças à luta dos militantes de todos os partidos que se empenharam em preservar aquele espaço verde que a CML quis sempre cimentar e roubou um bocado.

A zona de Cascais é também uma monstruosidade de prédios de uma arquitectura nem sempre bonita.

Em Lisboa não apetece ir para parte alguma, apesar da sua enorme beleza. É cidade para ir apenas ao café da esquina.


publicado no "Jornalblog A Luta"
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Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Na verdade, o problemas n�o se p�e ao n�vel das popula�es, seja de que Regi�o forem. Nem a bacoca rivalidade entre o Norte e o Sul ou, se preferirem, entre o Porto e Lisboa, tem a ver com a problem�tica da regionaliza�o.
A coloca�o dos problemas de autonomia regional ao nivel de uma rivalidade mais que est�pida s� contribui para entravar qualquer esfor�o v�lido orientado para a efectiva regionaliz�o do territ�rio continental.
No entanto, diferentes s�o os reais esfor�os pol�ticos para potenciar o desenvolvimento desta ou daquela regi�o para al�m da actual �rea Metrpolitana de Lisboa, havendo aqui muito a lamentar quanto �s pol�ticas seguidas ao longo das �ltimas d�cadas e que t�m assentuado as desigualdades ou assimetrias. Estas � que objectivamente contribuem para RETALHAR TODO O TERRIT�RIO NACIONAL, com as consequ�ncia mais dram�ticas que se pode imaginar. Este retalhamento � o principal respons�vel pelas pol�ticas de transporte (migra�o do interior para o litoral e para o exterior do nosso Pa�s - emigra�o) e tem como causa principal o prosseguiemnto cego de pol�ticas centralizadas e centralizadoras.
Por isso, as popula�es das regi�es sentem as consequ�ncias negativas dessas pol�ticas e nem sempre respondem com a objectividade e efic�cia que a sua import�ncia exige ou quem responde procura faz�-lo dentro do crit�rio bacoco da rivalidade entre uma ou outra cidade. Mas, as mesmas popula�es, especialmente as das regi�es mais desprezadas, ao sentirem na pele as consequ�ncias nefastas das pol�tica centralizadas centralizadoras, sabem que a regionaliza�o auton�mica � a �nica solu�o pol�tica que poder�:
(1) Mmobiliz�-las para atingir os objectivos pol�ticos capazes de promover a melhoria das suas condi�es de vida e
(2) Convid�-las a MUDAR DE PROTAGONISTAS POL�TICOS, tanto centrais, como regionais e locais, se n�o reconhecerem nos eleitos: capacidade pol�tica e t�cnica, personalidade, car�cter e idoneidade.
Contudo, um aviso a todos os navegadores deste barco: "N�O PENSEM QUE BASTA P�O E CIRCO".

Assim seja, amen.

Sem mais nem menos.

An�nimo pr�-7RA. (sempre com ponto final)
António Alves disse…
só uma correcção: a auto-europa está lá porque sofreu um desvio em prol do combate à crise social que grassava na península de setúbal. convém não olvidar.
Anónimo disse…
Caro António Alves,

Hoje em dia, a crise está mais dispersa e generalizada pelo País, também diferenciadas de Região para Região, exigindo medidas políticas muito mais abrangentes e de maior alcance e profundidade, do ponto de vista territorial: 7 Regiões Autónomas.
Sem se esquecer que o Distrito de Setúbal foi dos mais desprotegidos na época de crise que o atingiu e em que altos dignitários da Igreja Católica chamaram a atenção para situações muito dramáticas que, há mais de 25 anos, não foram bem entendidas nem convenientemente acauteladas, do ponto de vista político.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
António Alves disse…
eu não afirmei o contrário. o que pretendi foi contrariar a premissa de que a auto-europa está lá porque a região é a mais atractiva como pretende afirmar o post. apesar da suposta atratividade da região de lisboa e setúbal, o "artificial" porto de leixões continua a ser o que mais carga contentorizada em portugal. embora o autor do post tenha razão em algumas coisas , não escapa ao tradicional umbiguismo de vistas curtas dos lisboetas.
Anónimo disse…
Caro António Alves,

Já conhecemos as condições e as leis centrípetas do centralismo político que é também: económico, social, cultural, ambiental (no pior sentido), demograficamente excessivo, etc., etc.
Os méritos regionais nunca serão reconhecidos por mais excelentes que se mostrem os esforços desenvolvidos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Anónimo disse…
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