Regiões e o Bolhão
Miguel Ângelo
Nas últimas semanas multiplicaram-se os debates sobre o Porto e o Norte. Esgrimiram-se argumentos, lançaram-se algumas ideias soltas, berraram-se as queixas do costume contra o centralismo lisboeta, a força centrífuga do Terreiro do Paço e sabe-se lá que mais. No fim, a conclusão foi sempre a mesma: só a regionalização pode devolver o orgulho ao Norte, só mudando o paradigma da governação poderá o Norte elevar-se ao lugar de destaque a que legitimamente aspira no contexto nacional.
Talvez seja. É um facto que a macrocefalia lisboeta é, em parte, responsável pelo garrote que aperta o resto do país. Não pode é ser o chapéu sob o qual cabem todas as críticas. A verdade é que o Norte tem uma falta de liderança política assustadora. Desde Fernando Gomes que a voz do Norte foi definhando, até se transformar no miar quase inaudível dos dias de hoje. As autarquias estão dominadas pelos jovens turcos recrutados nas «jotas» ou pelos dinossáurios de antanho. Não há um rasgo, um princípio inovador, uma ideia mobilizadora. E não é a regionalização que vai alterar este estado de coisas. Mude-se o mapa administrativo, mas antes, e mais importante, criem-se condições para atrair à política verdadeiros protagonistas.
(...)
no "Primeiro Janeiro"
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Miguel ÂngeloNas últimas semanas multiplicaram-se os debates sobre o Porto e o Norte. Esgrimiram-se argumentos, lançaram-se algumas ideias soltas, berraram-se as queixas do costume contra o centralismo lisboeta, a força centrífuga do Terreiro do Paço e sabe-se lá que mais. No fim, a conclusão foi sempre a mesma: só a regionalização pode devolver o orgulho ao Norte, só mudando o paradigma da governação poderá o Norte elevar-se ao lugar de destaque a que legitimamente aspira no contexto nacional.
Talvez seja. É um facto que a macrocefalia lisboeta é, em parte, responsável pelo garrote que aperta o resto do país. Não pode é ser o chapéu sob o qual cabem todas as críticas. A verdade é que o Norte tem uma falta de liderança política assustadora. Desde Fernando Gomes que a voz do Norte foi definhando, até se transformar no miar quase inaudível dos dias de hoje. As autarquias estão dominadas pelos jovens turcos recrutados nas «jotas» ou pelos dinossáurios de antanho. Não há um rasgo, um princípio inovador, uma ideia mobilizadora. E não é a regionalização que vai alterar este estado de coisas. Mude-se o mapa administrativo, mas antes, e mais importante, criem-se condições para atrair à política verdadeiros protagonistas.
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no "Primeiro Janeiro"
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Comentários
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,
Há três aspectos fundamentais neste texto que merecem ser realçados:
1) As políticas centralizadas e centralizadoras "secam" tudo à sua volta, excepto o centro a que se deliciosamente se dedicam.
2) A regionalização implica um novo "paradigma de governação".
3) Atrair à política VERDADEIROS PROTAGONISTAS.
A isto se pode chamar alguma lucidez que, de vez em quando, aparece timidamente na comunicação social.
MAS, AGORA PERGUNTO: ONDE É QUE JÁ LI TUDO ISTO COMO PARTE DE UMA PROPOSTA DE REGIONALIZAÇÃO AUTONÓMICA DO CONTINENTE?
Apesar de o jornalistas não querer indicar que tipo de regionalização é o mais indicado, por não acreditar nela para alterar o tal paradigam, aproveito para completar a notícia e afirmar que NÃO È COM AS 5 REGIÕES ADMINISTRATIVAS que se atingirá o tal novo paradigma de governação(por ser MUITO MAIS DO MESMO, NUNCA) mas com a solução que já muitos defendem e que convido todos a PENSAR NELA, a partir das minhas intervenções de há quase 3MESES neste prestigiado blogue (sem incluir insultos, desmaios e desmandos).
Assim seja, amen.
Sem mais nem menos.
Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
O Fernando Gomes é que era bom, agora os fermentados nos "jotas", coisa horrível.
Tem algum sentido o povo ter votado em Rui Rio para o Porto? O povo é que paga, não sabe nada, pese embora ter sido por duas vezes um voto claramente contra os "lobbies" regionalistas. Mas este também já é regionalista, não estão satisfeitos?...
É verdade. Não é com políticas correctas que o país avança, é com "personalidades", "protagonistas", de preferência nossos amigos, pode ser Fernando Gomes, Elisa Ferreira, Pôncio Monteiro (e porque não Santos Silva, o banqueiro?) gente assim conhecida nossa, nossos amigos e uma Junta Regional de gente assim, "ça ira".
Peço-lhe o favor de ler a minha intervenção, com base no texto do Doutor Silva Peneda. Verá que o seu texto já não tem sentido.
No entanto, conforme tenho vindo a referir neste blogue, o que precisamos é de "protagonistas de qualidade" e, assim sendo, está tudo dito.
Nunca aqui referi, neste blogue, o nome de ninguém, mas nunca me passou pela cabeça o "naipe" que mencionou. NUNCA.
Quando mencionei VERDADEIROS PROTAGONISTAS foi em função dos requisitos que já aqui mencionei várias vezes e que parecem esquecidos. Claro que agora não vou repetir, porque o essencial está nas minhas intervenções, neste blogue, a esse respeito.
Caro templário, então o senhor já esqueceu que "OS DISCURSOS NÃO SÃO RESULTADOS POLÍTICOS" (foi um dos meus primeiros textos e mereceu honras de 1ª. página neste blogue)?
Por fim, lembre-se que sou de "cá" e conheço muito bem quem contribuiu para o desenvolvimento destas regiões e, melhor ainda, quem tem condições efectivas para o fazer novamente, mas não inclui nenhum daquela sua lista, FELIZMENTE e com a qual também discorda.
Assim seja, amen.
Sem mais nem menos.
Anónomo pró-7RA. (sempre com ponto final)
O meu cimentário foi direccionado para o autor do Post.
Cumprimentos
Claro que percebi o destino do seu texto, mas as "coisas" têm de ficar bem esclarecidas, para evitar "equívocos" futuros desnecessários e, sobretudo, saber com o que se deve contar, definitivamente.
Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)