Os Jovens e a Política

(JN) 27.04.2008

Os jovens tendem a alinhar-se ideologicamente mais à Direita que a generalidade da população, são os maiores apoiantes do referendo, votam com menos regularidade e tendem a ver outras formas de participação política como "mais eficazes" que o voto.

Estas são algumas das conclusões do estudo sobre "Os jovens e a política" realizado pela Universidade Católica e a que Cavaco Silva aludiu, anteontem, durante as comemorações do 25 de Abril.

Disponível no sítio da Presidência da República, o estudo revela que apenas 8,8% dos inquiridos se interessa muito pela política. Com uma nuance por sexos, é superior o número de homens que responde ter "muito" ou "bastante" interesse. Do total de entrevistados, 61% mostra-se favorável a uma alteração do sistema eleitoral que permita votar mais pelos candidatos e menos pelos partidos.

O desconhecimento revelado em relação à vida política e que preocupa Cavaco Silva não é exclusivo dos jovens. Na faixa dos 30 aos 64 anos (a maior parte da população activa), apenas 32,6% dos inquiridos acerta no número de Estados membros da União Europeia, contra 48,5% que não acertam e 18,6% que não sabem ou não respondem. Outro dado que causa surpresa acima dos 65 anos, 39,9% não acertam em quem foi o primeiro presidente da República eleito após o 25 de Abril, a que se juntam mais 26,4% que assumem não saber.

Elaborado com base numa amostra de 1949 entrevistas válidas, o estudo conclui que, apesar da tendência de identificação com a Direita, os jovens mostram maior "desalinhamento partidário". Tal como desconfiam da "utilidade" das categorias Esquerda e Direita.

....

Um estudo de que se podem fazer leituras tão díspares e contraditórias que, sem se poder dizer que seja inútil, terá menos valia do que a propalada para retirar conclusões.

1ª - Há algum debate em Portugal sobre a proficuidade dos referendos entre nós, depois de três referendos sucessivos inválidos? Ou seja iniciativas rejeitadas pelo eleitorado. Não há! E por uma razão simples: o referendo de bloqueio à regionalização, que a impedirá sempre de se instituir em concreto, pois, como todos os referendos entre nós, também esse, nunca será válido e, portanto, nunca permitirá o cumprimento da Constituição. Embora tivesse sido "metido" na Constituição!
(...)

no "servir o porto"
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Comentários

Anónimo disse…
Livre...Livre...AR PURO...
Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

A aderência da juventude às questões políticas está na razão directa da qualidade de comportamento político dos seus principais protagonistas. Tal comportamento não tem sido nada exemplar e teima em insistir nos piores métodos e nos temas mais sensíveis tratados com especial superficialidade para desacreditar a actividade política e o desempenho dos políticos.
As consequências traduzem-se em acusações "íntimas" de a política ser exercida (e com alguma razão) por protagonistas fracassados noutras actividades profissionais, de compadrio politico-partidário e de calculismo nas oportunidades de acesso ao poder, no afastamento do desempenho político dos melhores protagonistas, num aproveitamento pessoal sem tréguas proporcionado pelo desempenho político-partidário (bom ou mau), na recepção de benesses injustificáveis (por exemplo, acumulação de reformas, etc., etc., etc.) e sei lá que mais.
Por fim, relativamente à reduzida percentagem da juventude que teima em dar atenção especial aos assuntos da política, não seria interessante conhecer se existe algum relacionamento do tipo "dinástico", entre essa juventude e os históricos da actividade poliitco-partidária na era pós-25 de Abril?

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)