Projecto «Douro Alliance»

Projecto pretende dotar Vila Real, Régua e Lamego de mais capacidade de desenvolvimento «Douro Aliance» cria pólo de excelência

O Estado e os concelhos de Vila Real, Régua e Lamego assinam amanhã o contrato de financiamento que dá início ao «Douro Alliance». Trata-se de um projecto que pretende transformar as três cidades num pólo urbano com mais massa crítica e capacidade de desenvolvimento.


A concretização do projecto «Douro Alliance», que pretende transformar as cidades de Vila Real, Régua e Lamego num pólo urbano de desenvolvimento da região, avança amanhã com a assinatura de um contrato de financiamento com o Estado.

Segundo disse ontem uma fonte ligada á iniciativa, a cerimónia de assinatura do contrato de parceria entre a Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano (DGOTDU) e os municípios da rede «Douro Alliance» – Eixo Urbano do Douro, Vila Real, Peso da Régua e Lamego, conta com a presença do secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades, João Ferrão.

O projecto «Douro Alliance», que conta ainda com a parceria da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e associações comerciais e empresariais das três cidades, foi um dos cinco apoiados pela DGOTDU a nível nacional, com 100 mil euros.

Luís Ramos, investigador da UTAD, que participou no projecto de candidatura, disse ontem que o objectivo do projecto é “transformar as três cidades num pólo urbano com mais massa crítica e capacidade de desenvolvimento”.

Os três municípios, que distam 30 quilómetros ligados pela Auto-estrada 24 (A24), possuem cerca de 100 mil habitantes, dos quais 67 mil habitam nas zonas urbanas.

A aposta passa por quatro áreas prioritárias, nomeadamente do turismo, vinho, património e cultura. “Pretende-se aproveitar e potenciar os recursos dos concelhos. O objectivo é atrair competitividade e atractividade para este território”, frisou Luís Ramos.

Segundo o responsável podem ainda ser desenvolvidos projectos na área da sustentabilidade como a água, a eficiência energética ou a mobilidade.

No "Primeiro Janeiro"
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Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

A concretização do projecto "Douro Alliance" fará provavelmente parte de um todo integrado de planeamento estratégico para aquelas cidades, no sentido do desenvolvimento, com a contribição de uma ou mais CCDR's.
Por certo, não integrará o quadro de uma política económica e social regional, onde estariam definidos os objectivos concretos a atingir nos seguintes planos: industrial, comercial, serviços, agrícola, turístico (alojamento, transporte fluvial e ferroviário de turismo, património histórico e da humanidade, museologia, etc.), educacional, cultural, recuperacional de património qualificado histórico e mundial, etc., etc., os estritamente necessários para prosseguir altos desígnios nacionais como:
* Desenvolvimento económico e social
* Conhecimento e tecnologia
* Equilíbrio social
Se assim fosse, dar-se-ía uma contribuição efectiva para o real desenvolvimento "lato sensu" daquela Região Autónoma, não se ficando pelo quadro limitado daquelas 3 cidades e sem andar às voltas com o conceito enganador da "massa crítica", apesar de se identificar a sustentabilidade com a realização de projectos em domínios como: água, eficiência energética e mobilidade.
Por outro lado, com tal política ficariam de fora todas as iniciativas pontuais ou casuísticas de política, como a referida neste "post", essenciais para "tapar os buracos habituais", as principais responsáveis por tomadas de posição conjunturais incapazes de resolver os principais condicionamentos ao desenvolvimento real das regiões, desde há décadas a esta parte.
Depois, porque razão não foram escolhidas as cidades de Chaves, Bragança e Mirandela, ou Macedo de Cavaleiros, Mirando do Douro e Vila Real, por exemplo? Quais os critérios utilizados para se dar prioridade àquele conjunto de cidades? De certeza que foram critérios de base conjuntural ou oportunística.
Enquadrado num ordenamento político regional, racional e lógico, em termos do aproveitamento dos recursos próprios da Região, tais decisões teriam um impacto mais profundo e duradouro nas condições de desenvolvimento e identificados com a prossecução de altos desígnios nacionais, regionais e locais.
Por esta via seria conseguida uma capacidade de desenvolvimento rejuvenescida pela mobilização real das populações com criação consequente da tal "massa crítica", mais de natureza qualitativa (aperfeiçoamento em vários domínios, diferentes de Região para Região) que quantitativa (crescimento, igualmente diferenciado regionalmente).
Depois, seria complementado por uma política central de subsidiariedade interegional, para garantir de forma permanente e objectiva o eqilibrio intra e inter-regional.
Com a criação de "obra ou construção nova", então o projecto referenciado será suficiente e não passará de mais uma insignificância (já quantas? Sem conta ...) no quadro de um desenvolvimento autosustentado e equilibrado para a Região em causa, por prosseguir objectivos puramente quantitativos e limitativos.
Em resumo, deveremos abandonar decisões ou projectos casuísticos desinseridos num todo político lógico e complementar de desenvolvimento regional e integrado no conjunto nacional, como o que estã em causa, para lugar a projectos e decisões estruturadas politicamente e integradas em políticas sectoriais nacionais e especificidades regionais com incidência local.

Assim seja, amen.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)