Assimetrias


Quem parte e reparte...

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... e não fica com a maior parte é burro ou não tem arte.

O Semanário Económico do passado dia 11 de Abril traz um trabalho interessante sobre os anunciados mega investimentos, por parte do Estado Central, para os próximos dez anos. O trabalho jornalístico apresentava um boneco com a distribuição do volume de investimento por distrito. Eu relacionei esses dados com a respectiva população. A minha intenção era encontrar um critério qualquer para a estranha distribuição.

Confesso que não encontrei nenhum , com a excepção, é claro, da mais do que notória e provinciana intenção de transformar Lisboa numa mega-região capaz de competir com Londres, Madrid e Paris, nem que para isso se sacrifique o resto do país. Dispenso a costumeira conversa do 'lamechas' e 'queixinhas' etc. Eu não quero que a minha região dependa do estado: quero é que o estado trate todos por igual e não faça batota.

Está na hora de nós, aqui no Porto e no Norte, começarmos a pedir justificações a alguns ministros, representantes políticos e deputados, especialmente os do PS, apontar-lhes o dedo quando passam na rua, apelidá-los de incompetentes, ou, mais propriamente ainda, de traidores.

Nota: segundo o Semanário Económico, nos valores totais por distrito adaptou-se, nas concessões rodoviárias, o montante total, logo estes números aparecem duplicados em alguns casos. Também não se contemplou o investimento no TGV.

Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Um dos indicadores relevantes para se medir a intensidade centralista é precisamente o volume de investimentos públicos nas diferentes regiões, na versão das 7 Regiões Autónomas.
Como vêem, já não basta realizar os maiores e mais significativos investimentos na região da cidade capital, já é necessário prepará-la para uma futura "mega-região".
Esta perspectivação unívoca de crescimento só é possível com a redução do volume de investimento nas restantes regiões ou mesmo anulá-lo por algum tempo, o tempo suficiente para diluir os efeitos financeiros dos mega investimentos previstos.
O que é lamentável é que só agora se comece a pensar em "pedir responsabilidades" aos senhores políticos quando a solução adequada seria EXIGIR A REGIONALIZAÇÂO SEM QUALQUER LIMITAÇÃO. Já neste blogue, alguns meses atrás, escrevi sobre traição, mas dos que se converteram em centralistas com menosprezo sequente das regiões donde são naturais, relegando-as para as calendas gregas, em termos de desenvolvimento.
Este tipo de políticos e outros tipos de responsáveis, acompanhadas dos seus tradicionais "galegos" nunca terão a sensibilidade para sequer admitir a necessidade da regionalização, dado que se sentem muito bem como estão, materialmente mas não com a sua consciência política e social.

Assim não fosse, amen.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)