Região Norte - Turismo

Região conseguiu mais turistas


O Norte de Portugal conseguiu, no ano passado, captar mais turistas, ultrapassando as previsões para o sector, e, em Janeiro deste ano, ter o maior aumento quando comparado com as outras regiões do país, em número de dormidas e hóspedes. A fugir à regra, as receitas que não conseguiram subir tanto quanto previsto.

O turismo associado à marca "Porto e Norte de Portugal", cresceu mais do que os valores de referência fixados no âmbito do Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT). De 2006 para 2007, o aumento foi de 12,55% nas dormidas, quase 2% acima dos 10,8% previstos. Nos hóspedes (valor apurado a partir daqueles que pernoitam mais do que uma noite), a percentagem é de 11,09%, mais do que o valor indicativo de 9,70%.

Porém, nas receitas, verifica-se que os 12,5% de previsão lançada ficaram-se pelos 11,83% de crescimento no final de 2007. Mesmo assim, conseguiu-se um crescimento das receitas superior ao dos hóspedes. Isso mesmo mostra o cruzamento dos dados do Turismo de Portugal e do Instituto Nacional de Estatística (INE), avançados pela Adeturn, associação que representa o turismo do Norte de Portugal.

Os totais acumulados, dos vários meses de 2007, são de 1,75 milhões de dormidas e 839,3 mil registos de entrada de hóspedes.

Além de ultrapassadas as previsões no número de turistas, verifica-se que, em Janeiro deste ano, quando comparado com o ano passado, O Norte foi, de todas, a região que maior aumento regista nas tabelas que mostram a evolução no número de dormidas e de hóspedes.

Um crescimento de 10,31% no primeiro caso, e de 10,08% no segundo, de acordo com dados provisórios. Contudo, nos proveitos totais, o Norte tem apenas o quarto maior crescimento (2,04%), dominando, largamente, a Madeira e Lisboa (16,83 e 13,5%), seguidas do Centro (4%).

Quanto às origens dos turistas, o principal mercado emissor para o Porto e Norte de Portugal continua a ser o de Espanha, que corresponde a 34,64% do total de estrangeiros. Seguem-se a França (com um peso de 10,82%), o Reino Unido ( (7,68%) e a Alemanha (7,33%).

O crescimento verificado na região Norte teve, segundo Jorge Osório, presidente da Adeturn, "a influência positiva dos low-cost". E, de um modo geral, o número de turistas está bem patente nos dados do aeroporto. Face ao ano de 2006, o volume de passageiros que aterrou no Sá Carneiro cresceu 17,2%, o que representou um total de quase quatro milhões.

Ao JN, Jorge Osório destacou que o crescimento no turismo nortenho "começou a consolidar-se a partir do Euro 2004", sem que, depois disso, tenha havido quebra. Este destino, salientou, "começa a ser competitivo". Porém, diz ser ainda necessário dar passos no sentido de "uma oferta integrada e organizada", com os quatro destinos juntos numa só marca de qualidade Porto, Douro, Minho e Trás-os-Montes. A oferta é vasta e "temos do melhor", mas é necessário "estruturá-la" para competir.

Fonte "JN"
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Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

O crescimento do turismo nas regi~eos situadas a norte, Região de Entre Douro e Minho e Região de Trãs-os-Montes e Alto Douro tem mais a ver com a qualidade do produto turístico, do que com outros factores tanto complementares como exógenos.
Convém lembrar que a oferta turística, para além de se ter intensificado, permitiu disponibilizar aos clientes produto turístoco de qualidade de qualidade no alojamento e na restauração, para além das componentes qualitativas decorrentes da existência de vários patrimónios da humanidade que começam a ser divulgados e conhecidos nos mercados externos.
Por outro lado, nos últimos 2/3 anos, o desempenho do Aeroporto Francisco Sá Carneiro (ex-Pedras Rubras), tem complementado a vettente qualitativa do que podemos oferecer ao mercado turístico.
Tudo isto acontece, num quadro de uma "política de turismo centralizada", delineada a aplicada pelos organismos centrais de governo, com o habitual beneplácito das regiões de turismo umbilicalmente ligadas às Câmaras Municipais das regi~eos rurísticas que superentendem.
Imaginemos agora que a tal "política de turismo" centralizada era integralmente delineada e implementada por cada uma das 7 Regiões Autónomas, com tantas subregiões de turismo quantas as estrictamente necessárias à mobilização dos recursos correspondentes. Tenho a certeza que os resultados tanto quantitativos como qualitativos para este sector de actividade económica e seus compementares seriam muito mais encorajadores ao seu desenvolvimento futuro e utosustentado.
Mesmo sem estudos de parcerias publico-privadas para o aeroporto Francisco Sá Carneiro (ex-Pedras Rubras), as quais parecem potenciar o desenvolvimento turístico nas duas regiões situadas a norte, até 2020. Será assim?
Tenho mais razões objectivas baseadas numa política de regionalização com base nas 7 Regiões Autónomas do que em decisões casuísticas sobre a tipologia de gestão de uma determinada infraestrutura (já está tudo feito, qual a vantagem acrescida?), que nada mais alteram do que a respectiva propriedade e o regime de apropriação de lucros.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)