Um domingo diferente

Mais uma vez, oportunidade de assistir ao vivo a uma final da Taça de Portugal. Novamente sentado numa cadeira do Estádio Nacional. Outra vez a constatar as péssimas condições do recinto.

Talvez seja por má habituação. Talvez seja esquecimento de como, há uns anos atrás, eram as condições dos estádios portugueses. Talvez seja por rever crianças com sede sem que os pais consigam dar a premente resposta. Talvez seja por rever os urinóis improvisados em tudo o que é canto; de difícil acesso para as mulheres, claro. Talvez seja o facto de rever pessoas a andar pelo pinhal, a subir colinas com os mais novos às costas, só porque alguém do outro lado do estádio as espera. Sem entrar na enorme falta de segurança dentro e fora do palco de Oeiras, só por mera desresponsabilização federativa é que aqui continuam a decorrer eventos desportivos de massas. Vá lá que tudo acaba em festa.

Mas o cenário típico de países não civilizados ou do terceiro mundo permanece na retina…
Com a bonita capital ao longe, lembro-me do Sócrates - o 'menino da Maçonaria’. Então não é que vai deixar de fumar?! A partir de hoje, quando for apanhado nalguma infracção, diz-se o mesmo: desculpe, Sr. Guarda, não faço mais isso. Estou desculpado, certo?!

Ainda por Lisboa, novo pensamento: o PSD vai a votos. Sem candidatos naturais do Norte do país, tenho uma certeza: o novo líder não será 'eliminado' à nascença
De regresso a casa, passagem pela mais recente auto-estrada - recomendada. Com trajecto entre A8, nova A17, N109 e A29 quase oito euros ficam no bolso! O problema maior é a gasolina. Lá se foram os oito euros!...

Já em Gaia, um outro pensamento: Menezes recandidato à Câmara de Gaia (Marco António Costa líder da concelhia). E mais um: desconhecimento dos rostos de cartaz perfilados pela oposição; mas também o que importa são as políticas…


Chego a casa, cansado. 600 quilómetros; montanhismo no Jamor; caminhadas incertas… Um domingo diferente, pior que o da semana passada, onde Espanha mostra outros atributos.

Já com a família aqui ao lado, tempo para repousar, até porque amanhã é dia de trabalho, mais um de luta, de esperança por um futuro melhor... Tenho seis horas para esperar que a Regionalização me apareça neste sono…

Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Hoje em dia, o futebol nada fica a dever à política, como espectáculo. A forma como os problemas políticos são apresentados remetem-nos para o primado da comunicação social como se se tratasse de um acontecimento que designam por desportivo, na área do futebol.
O futebol, como todos sabem, tem tudo menos de desportivo, dado que se trata mais de uma fabuloso negócio gerador de fortunas colossais sob controlo e gestão das SAD, Ligas, FPF, tanto nacional como pelas suas congéneres internacionais.
Com os jogadores portugueses a funcionarem como produto de exportação, por valores monetários sunstanciais, seria minimamente desejável que a seleccção nacional de futebol arrancasse resultados vitoriosos at~e ao final do EURO 2008 e, mesmo antes, nos mais recentes campeonatos europeu e mundial.
Com o seleccionador contratado não iremos a lado nenhum porque não ganhar a final não é objectivo a atingir.
Como, em termos políticos, também não iremos a lado nenhum sem a regionalização autonómica, sem a intenção de alinhar os assuntos futebolísticos com os assuntos políticos, uma vez sempre comprovadas as consequências negativas quando a política se deixa enlear em cumplicidades suspeitas.
Também o futebol e as restantes actividades ditas desportivas, assim como as autênticamente desportivas, sairão a beneficiar coma criação de Ligas Regionais, numa espécie de campeonatos regionais para estímulo da "concorrência interna" e apagamento do conceito tradicional dos "três grandes", autênticoa eucaliptos que secam tudo em volta.
Por isso, venha a regionalziação autonómica e a reorganização de toas as actividades desportivas, tão necessária quanto a chuva no inverno e na primavera, antes ou nas sementeiras.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
templario disse…
Caro PRO-7RA.,
Não me faça uma coisa dessas!

Não se contenta com a regionalização - quer autonomias.

E ainda por cima quer acabar com o meu querido Benfica nesse processo perigoso, impedir os 6 milhões de portugueses benfiquistas de verem o Glorioso jogar nas suas Regiões Autónomas?
Cumprimentos
António Alves disse…
pelas contas dos benfiquistas Portugal deve ter uns 15 milhões de habitantes
Anónimo disse…
Caro Templário,

Embora possa não parecer também sou benfiquista. A reorganização dos desportos, a partir das Ligas Regionais, encimadas por uma Liga Nacional, acabaria por dar um novo interesse aos campeonatos nacionais.
Imagine o que era ver todas as equipas a disputar os lugares cimeiros desde as ligas locais e regionais para, finalmente, ascenderem à liga nacional, como acontece com a disputa da Taça de Portugal. Até hoje ainda nenhuma equipa tem sofrido de neurose desportiva e os pequenos lá se encarregam de arrebanhar algumas surpresas positivas.
Ah! E os árbitros? À falta de melhor nacional, a solução seria importá-los, com contrato de prestação de serviços por temporada, pela Federação Nacional de Futebol, e com apito.

Sem mais nem mneos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)