A voz do Alentejo

Lembro o referendo à regionalização...

Na altura o meu partido defendeu o Não e eu também na altura pensava ser este o voto mais responsável e que mantinha intacto o espírito nacional e de união que caracterizava o nosso País. Passados todos estes anos tenho de admitir que estava errado, as chamadas assimetrias acentuaram-se ainda mais em favor das grandes cidades e sempre em prejuízo do interior, nomeadamente do Alentejo.

De repente distritos como o nosso passaram de 3 deputados para apenas 2, sendo que o Alentejo no seu todo, ou seja 1/3 do País ficou representado em São Bento por apenas 8 senhores deputados. Que voz poderão ter esses eleitos no meio dos outros 222? Nenhuma! E o que se tem assistido é precisamente prova disso, o Alentejo é sistematicamente esquecido e preterido em benefício de outras localizações com maior representatividade politica.

É pois altura de começar a pensar seriamente noutro referendo sobre a divisão administrativa do País. O Alentejo só poderá ser alguém e ter voz própria quando conseguir ter o seu próprio governo, o seu próprio orçamento e os seus próprios representantes políticos.

Dizia Mário Soares à data que “a regionalização é um erro colossal”. Pois o que eu penso, contra a opinião do meu partido, é que um erro colossal é continuar assim, acentuando o fosso entre o litoral e o interior, entre os grandes centros e a província.

O Alentejo merece falar a uma só voz e também nesse sentido, sem falar em regionalização, alguém propôs recentemente a criação de um único círculo eleitoral em todo o Alentejo. Seria um pequeno passo, um pequeno princípio para que o Alentejo pudesse ter num futuro que espero próximo um governo regional. Outro pequeno mas significativo passo foi dado com a fusão de todas as regiões de turismo numa só representativa de todo o Alentejo. Tudo isto são indícios de que pode ainda haver esperança para aqueles que teimam em permanecer por estas paragens.

Já que estamos nisto da Regionalização, pensem bem senhores governantes, nós, os esquecidos crónicos agradecíamos.

Anónimo Alentejano .

Comentários

hfrsantos disse…
O Alentejo sem Governo Regional que fale a uma so voz pelo povo Alentejano nao tem futuro.

Para os politicos do Governo Central o Alentejo é um deserto, ou o celeiro de Portugal. Ha ainda quem pense que o Alentejo é bonito assim subdesenvolvido e que mais desenvolvimento faria o Alentejo perder a sua identidade, a sua graça.
Ha ainda os que pensam que so anexando o Alentejo a Espanha o desenvolvimento poderia chegar à regiao.

Deem a palavra aos Alentejanos!

Deixem os Alentejanos decidir o programa de desenvolvimento para a sua regiao em eleiçoes regionais.

Finalmento dizer que o mapa de Regionalizaçao apresentado me agrada.
Parece-me mesmo um sonho que um dia sera realidade.
Cada Regiao com o seu Governo Regional a trabalhar pela saude, educaçao, economia, turismo, policia, colecta de impostos e sua redestribuiçao regional.

O futuro com a Regionalizaçao de Portugal continental so pode ser melhor que o presente.
Anónimo disse…
Caros Regionalisats,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

As hesitações a e falta de formação das ideias fundamentais em redor de uma política de regionalização, agravada pelo seguidismo quase imposto pelos partidos nas respectivas disciplinas de voto, foram as principais responsáveis pela derrota no referendo de há 10 anos e ainda constituem uma grande limitação para todos aqueles que ainda hesitam porque não há ninguém que os esclareça, para além de muitos outros não estarem interessados em saber.
A futura Região Autónoma do Alentejo será uma realidade, uma vez que apresenta uma homogeneidade não verificável nas outras regiões do nosso País, especialmemnte a Norte do Rio Tejo e ao nível das assimetrias regionais (todos sabemos que estão em curso de aprovação, pelo menos, grandes investimentos no litoral alentejano no sector do turismo que, em princípio, irão alterar qualitativamente as condições de desenvolvimento daquela sub-região).
No entanto, ainda desconhecemos genericamente os custos do impacto ambiental e de outros em território com potencialidades para outras actividades. Todos esses investimenos aparecem desgarrados e fora de um política integrada nacional e regional, capaz de gerar maiores desequilíbrios no futuro numa Região que poderia ser exemplar na implementação da regionalização autonómica.
Se há região que justifica a criação de uma Região Autónoma essa é o Alentejo, tudo pelas razões que têmsido aqui permanentemente invocadas e justificadas.

Assim seja, amen.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Anónimo disse…
Caros Regionalisats,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

As hesitações a e falta de formação das ideias fundamentais em redor de uma política de regionalização, agravada pelo seguidismo quase imposto pelos partidos nas respectivas disciplinas de voto, foram as principais responsáveis pela derrota no referendo de há 10 anos e ainda constituem uma grande limitação para todos aqueles que ainda hesitam porque não há ninguém que os esclareça, para além de muitos outros não estarem interessados em saber.
A futura Região Autónoma do Alentejo será uma realidade, uma vez que apresenta uma homogeneidade não verificável nas outras regiões do nosso País, especialmemnte a Norte do Rio Tejo e ao nível das assimetrias regionais (todos sabemos que estão em curso de aprovação, pelo menos, grandes investimentos no litoral alentejano no sector do turismo que, em princípio, irão alterar qualitativamente as condições de desenvolvimento daquela sub-região).
No entanto, ainda desconhecemos genericamente os custos do impacto ambiental e de outros em território com potencialidades para outras actividades. Todos esses investimenos aparecem desgarrados e fora de um política integrada nacional e regional, capaz de gerar maiores desequilíbrios no futuro numa Região que poderia ser exemplar na implementação da regionalização autonómica.
Se há região que justifica a criação de uma Região Autónoma essa é o Alentejo, tudo pelas razões que têmsido aqui permanentemente invocadas e justificadas.

Assim seja, amen.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)