PIB

PIB português recupera, mas continua abaixo do valor de 2000

Quatro regiões continuam com taxa inferior a 75 por cento

Depois de cinco anos de queda ininterrupta face aos valores médios da União Europeia (UE), o PIB, tanto nacional como da maioria das regiões administrativas portuguesas, começou finalmente a recuperar terreno em 2005, embora mantendo-se a níveis muito inferiores aos registados em 2000.

Esta situação é revelada pelas últimas estatísticas publicadas pela Comissão Europeia relativas ao PIB (produto interno bruto) por habitante das regiões dos 27 países da UE - medido em paridades de poder de compra - referente ao ano de 2005.

O maior progresso foi registado pela Madeira, cujo PIB deu um salto de 90,8 por cento relativamente à média europeia, em 2004, para 94,9 por cento no ano seguinte. Com uma melhoria significativa superior a 2 pontos percentuais face a 2004, o Algarve ficou em segundo lugar, com um PIB por habitante de 79,5 por cento do conjunto dos Vinte e Sete.

A recuperação está a ser mais lenta nas restantes regiões, com excepção do Centro, cujo PIB continuou a cair (de 64,3 para 63,8 por cento do conjunto da UE, entre 2004 e 2005) e do Alentejo, que mantém uma situação praticamente inalterada (de 70,3 para 70 por cento).

Do total das sete regiões portuguesas, três - Lisboa, Madeira e Algarve - têm um PIB por habitante largamente acima do limiar de 75 por cento da média europeia que separa as águas entre os relativamente ricos e os relativamente pobres, e que determina a elegibilidade para os fundos estruturais comunitários de apoio ao desenvolvimento dos mais desfavorecidos. Uma única - Lisboa - está acima da média europeia, com um PIB de 106,3 por cento dos Vinte e Sete, embora esteja muito abaixo dos 119,4 por cento atingidos em 2000.

Em termos nacionais, o nível de riqueza do país recuperou, igualmente em 2005, uma pequena parte - 0,5 pontos percentuais - do terreno perdido desde 2000 (ano em que atingiu 78,3 por cento dos Vinte e Sete), situando-se em 75,4 por cento da média comunitária. Este valor voltou no entanto a cair em 2006 e 2007 para 74,6 e 74 por cento, respectivamente.

Em contraste, o PIB da Grécia, o país com que Portugal mediu forças desde a adesão à UE, progrediu de 84,4 por cento em 2000 para 99,2 por cento no ano passado.

No conjunto da UE, as disparidades regionais mantêm-se abissais entre a região mais pobre - Nordeste, na Roménia, com um PIB equivalente a 24 por cento da média comunitária - e a mais rica - o centro de Londres, cuja riqueza ascende a 303 por cento da média dos Vinte e Sete.
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Comentários

Anónimo disse…
Outras opiniões:

Consultar

http://blocoptm.blogspot.com/2007/11/basta-de-continuar-adiar-regionalizao.html

http://www.esquerda.net/index.php?option=com_content&task=view&id=5924&Itemid=130

Abraços
Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Enquanto não se adoptarem políticas de valorização e potenciamento dos nossos recursos internos (humanos, materiais, arquitectónicos, culturais, históricos, ambientais, tradiconais e religiosos) não será possível assegurar condições de fortalecimento do crescimento económico de acordo com a especialização de cada Região Autónoma.
Por outro lado, não serão criadas condições para pôr em prática o princípio da subsidiariedade entre as Regiões Autónomas nem tão pouco assegurar o desenvolvimento equilibrado e autosustentado a favor das populações. Daqui, a continuidade das nossas condições de extrema vulnerabilidade, face não só aos factores de ordem externa como aos comportamentos chantagistas e/ou oportunistas de ordem interna.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)