Regiões Administrativas

Que modelo de financiamento das regiões administrativas?

A aceitação das regiões administrativas em Portugal, depende em grande medida da capacidade dos seus apoiantes demonstrarem à maioria dos portugueses a justeza dos critérios orientadores e dos valores do financiamento das regiões administrativas.

Quanto aos critérios, não duvido que em grande medida passarão pela coesão territorial e social bem como o nº de habitantes de cada uma das futuras regiões.

Quanto aos valores, é necessário encontrar um equilíbrio salutar entre as receitas próprias de cada região, as contribuições de cada região para as funções do Estado e quais os valores destinados à coesão social e territorial.

Só haverá legitimidade na adopção das regiões administrativas se a grande maioria dos portugueses entender e interiorizar o que está em jogo (critérios e valores) e considerarem que esse caminho é o melhor para o seu futuro.

Sergio Rodrigues
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Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Este texto é importante pela oportunidade que concede a quem quiser comentar que, na base do problema de regionzlaição e do seu êxito está mais a importância dos seus critérios orientadores que os valores do financiamento das regiões que vierem a ser implementadas, de preferência as Regiões Autónomas.
Relativamente aos critérios, os únicos passíveis de serem comprendidos e interiorizados pelas populações têm a ver com a capacidade produtiva de todos os sectores de actividade económica exequíveis em cada uma das Regiões, a partir da qual se poderão estabelecer os quadros de distribuição do seu financiamento, num ambiente de subsidiariedade entre elas coordenado pelo Governo Central.
Esta estratégia de desenvolvimento obriga ao nosso País estabelecer outros critérios de natureza funcionalista capazes de permitir que os recursos endógenos de cada Região Autónoma sejam plenamente aproveitados, obrigando-nos a compreender que o tempo de sucessivo endividamento ao exterior terá de acabar ou diminuir dastricamente, sob pena de ficarmos (já estamos) submergidos num serviço de dívida insolúvel.
Por outras palavras, teremos de nos "interiorizar" para os nossos recursos, desenvolver o seu aproveitamento com o recurso às nossas melhores tecnologias (que as temos) e deixar de bajular tudo o que é proveniente do estrangeiro: bens, pessoas, obras literárias, obras científicas, inovação, gurus, etc., etc.
Por isso, para consolidar as ideias sobre a REGIONALIZAÇÃO a implementar, repito, a melhor solução é a das Regiões Autónomas, podem convencer-se se os meus argumentos não têm sido suficientes para isso, é necessário explicar às pessoas com:
(1) As suas palavras,
(2) Os seus motes,
(3) As (e das) suas coisas,
(4) Os (e dos) seus ambientes,
(5) As (e das suas) tradições,
(6) Os (e dos seus) interesses
(7) etc.,
para que possam perceber facilmente e com a maior mobilização os objectivos a atingir que mais não são do que assegurar os seguintes desígnios nacionais:
(a) Fortalecer a SOBERANIA
(b) Assegurar o DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SOCIAL
(c) Proporcionar às pessoas o CONHECIMENTO E A TECNOLOGIA e
(d) Garantir o EQUILÍBRIO SOCIAL, essencial para a coesão nacional.
Se isto for possível com a adopção da metodologia de concepção e implementação da regionalização que aqui tenho vindo a propor, o seu político executor não se livrará tão cedo de um lugar na HISTÓRIA e, de certeza absoluta, um político-estadista pôs legitimamente na rua os políticos-de-turno que insistem em governar o nosso País.

Assim seja, amen.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)

PS - Primeiro produzir (de preferência com os nossos recursos próprios), depois distribuir (os rendimentos obtidos).
Anónimo disse…
"Produzir e poupar", manda Salazar. Estava escrito na minha ESCOLA. Na Ecola da geração que acaba de entrar na reforma. A Escola dos activos entre os anos 60do Séc. XX e o início do Sec. XXI. A geração que produziu para distribuir, A geração que suportou a emigração, a guerra, a revolução, o PREC... e levou a vida dos portugueses para niveis nunca imaginados. Hoje, com ou sem regionalização, mas com Carvalho da Silva a dizer para não produzir, com um Parlamento ENORME, um governo ENORMÍSSIMO, gestores pagos a peso de ouro. Constâncio ganha mais que o homólogo norte-americano. O problema não é a regionalização. O problema é produzir, poupar e distribuir, correctamente...