Metro do Porto


Metro diz respeito ao Norte

Entrevista ao JN de Marques dos Santos, Reitor da Universidade do Porto


Como comenta o volte-face do Governo quanto à extensão da rede do Metro?

Não conheço em pormenor os estudos do metro. Porém, custa-se a admitir que seja o Poder Central a decidir sobre um problema local e que diz respeito à Região Norte. Quem está no Porto e no Norte sabe quais são as melhores soluções e sente o problema com outra acuidade. Na minha opinião, devia ser a Junta Metropolitana do Porto a decidir e espanta-me que sejam feitos estudos atrás de estudos e depois, dá a ideia que uns valem mais do que outros.

As críticas que refere levam-me a concluir que, caso a regionalização existisse, o metro podia andar mais depressa...

Não tenho dúvidas disso. As polémicas à volta do metro e outras que têm surgido no Porto são exemplos típicos de um Estado concentrado e sem um projecto de regionalização do país.

Alguns políticos dizem que o Norte está a ser discriminado: para o metro não há dinheiro, mas para o Sul, projecta-se novo aeroporto e mais pontes sobre o Tejo. Acompanha estas críticas?

Sim e repito o que já disse: com a regionalização nada disso acontecia. Por vezes, fico com a ideia que somos uma país muito rico, mas não. Temos escassez de receitas e riqueza, mas tentamos imitar os países mais desenvolvidos, com níveis de riqueza elevados. Depois, demoramos também muito tempo a tomar decisões.

Mesmo sem conhecer muito bem as questões técnicas, qual prefere: a linha da Boavista ou Campo Alegre?

Do ponto de vista da Universidade, não tenho dúvidas que seria vantajoso a ligação dos pólos do Campo Alegre, Asprela e o centro da cidade.

Considera existir um braço-de-ferro entre Rui Rio e o Governo?

Dá a ideia que sim, o que é sempre a pior solução para solucionar o problema
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Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

No início deste ano, alguém demonstrava o seu entusiasmo relativamente à solução que está presentemente implementada na gestão do Metro do Porto, com os autarcas a ver navios (comboios), em termos de gestão estratégica de uma projecto de dimensão internacional mas de implicações metropolitanas a norte.
Pessoa mais avisada e ciente do "modus faciende" político actual, lembro algumas reservas de certa importância e vaticinou: "- Aposto com o senhor um almoço no melhor restaurante do nosso País, em como este ano não será lançada nenhuma obra de envergadura relativa à 2ª. fase do metro".
Quem vai ganhar a aposta, o optimista ou o céptico? Pelas últimas notícias, está bem de ver quem a vai ganhar, infelizmente.
A política é quase como o futebol: é tal a malapata que recomenda uma consulta não a uma bruxa mas a um conselho de bruxas; e que as há, há.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)

PS - Talvez seja uma falha do Criador, mas parece que estamos condenados, no nosso País, a ter alguns dirigentes a quem "Deus dá nozes sem terem dentes" ou, no caso dos fadistas, a "dar unhas a quem não sabe tocar guitarra".
Anónimo disse…
Nada de confusões, o Norte não tem nada com isso, que devia decidir era a Junta Metropolitana do Porto.
Porque gostam de misturar Porto e Área metropolitana do porto com norte?
Presumo que convém, não é?
Anónimo disse…
Caro Anónimo disse... das 04:09:00 PM,

O que convém, na realidade, é termos comentários que não potenciem confusões propositadas ou sibilinas entre instituições que, pelos vistos e na opinião de alguns, só servem para as conveniências (não é de todos, mas de alguns, certamente).

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com pon to final)