O combate à desertificação

Cavaco reitera combate à desertificação e afirma que a desertificação é problema de todos

O Presidente da República, Cavaco Silva, reafirmou esta quinta-feira em Meda que o combate à desertificação das regiões do interior do país deve ser “um verdadeiro desígnio nacional”.


Na cerimónia de inauguração da Biblioteca Municipal da cidade, o Chefe de Estado considerou que a desertificação “que atinge boa parte do território nacional” é “uma responsabilidade dos políticos, aos vários níveis” e é também “uma responsabilidade de todos”.

“Portugal não pode ser um país tão desequilibrado na distribuição da população entre litoral e o interior, porque isso põe em causa a coesão territorial do país”, sustentou.

Cavaco Silva defendeu que a existência de “equipamentos sociais e culturais de qualidade”, como aquele que inaugurou, nos concelhos do interior são “um contributo para combater a desertificação que atinge boa parte do território nacional”.

Admitindo que “há alguma tendência para esquecer o interior do nosso país”, Cavaco Silva frisou que não se “tem cansado de chamar a atenção para essa responsabilidade, que é de todos, e também do Presidente da República.

|CM|

Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Nem de propósito esta afirmação do Senhor Presidente da República calha estar tão bem inserida no "post" que o Coordenador deste "blogue" teve a atenção e a iniciativa de transcrever antes.
No entanto, convém lembrar que o memso titular deste Órgão de Soberania, pesar da justeza com que actualmente abordas as questões da desertificação do interior e das assimetrias de desenvolvimento, há mais de 20 anos, no exercício das funções de Primeiro Ministro, não mexeu uma palha para debelar a persistente inconstitucionalidade por omissão, não tomando as decisões, então ainda oportunas, de implementação das regiões administrativas.
Contudo, tais posições são de louvar e apoiar porquanto revelam uma crescente preocupação por aquilo que continua a ser uma drama de desenvolvimento nas regiões antes citadas e que parace ninguém estar interessado em resolver. As infraestruturas rodoviárias não são a solução desejada, porquanto tanto dar para "entrar" como para "sair" de uma dada região, como já aqui tive oportunidade de assinalar.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Anónimo disse…
Viver no interior?!
Essa ficção pela suposta "coesão" nacional só poderá ser para rir!!! As pessoas escolhem onde querem viver.
Ainda mais com este frio e esta neve, temos uma boa parte de Portugal parado. Imagino eu o que seria uma cidade como a de Lisboa, Porto ou até mesmo Braga.. no interior com tudo parado! Tinha custos? Sim. Tínhamos problemas como.. acidentes? Sim.
Eu moro no interior e só queria ter temperaturas amenas e viver com menos problemas sem estar aqui retido em casa! Ainda podia ter era a praia à porta. Quiçá?
Pode ser que com o aquecimento global façam as praias mais perto e já não exista neve!! A coesão nacional fica garantida.