Regionalização

Para ganhar o referendo

«A regionalização deve ser tratada numa lógica de consenso e não de fractura. Trata-se de uma necessidade nacional e não de uma esquisitice dos algarvios. A regionalização vai diminuir a despesa pública».

Para ganhar o referendo, considero essencial que, durante os próximos tempos, não se dê tiros nos pés. Exemplos: o modelo de gestão do QREN é centralizado. Corremos o risco, apesar de termos dinheiro disponível, de não termos capacidade de o absorver em virtude do enviesamento do sistema, que foi desenhado numa lógica nacional e não atendeu minimamente, a nível regulamentar, às especificidades regionais.

Não deixa de ser significativo o facto de se ter retirado da CCDR a componente ambiente/recursos hídricos, uma componente importante para um planeamento eficaz a nível regional. Um parêntesis sobre esta temática: em nome da pedagogia da gestão pública, acho que temos capacidade de encontrar um dirigente próximo de nós capaz de vir a dirigir um dia, talvez nos próximos 20 anos, esta área do ambiente/recursos hídricos, para não perpetuarmos uma situação que se passa há 20 anos.

Nem os autarcas, mercê das leis que têm saído, conseguem ter mandatos tão longos, pois não é possível do ponto de vista legal. O partido tem que começar a preparar alguém para, no médio prazo, talvez daqui a uns 5/10 anos, termos alguém para a substituir e ser o protagonista nesta área.

O Partido Socialista nacional daria um contributo importante se adaptasse a sua organização federativa ao mapa das cinco regiões. É um processo que vai doer um bocado a muitos camaradas do país, mas, se queremos fazer um trabalho sério em prol da regionalização, temos que nos chegar à frente e dar o exemplo. A própria lei eleitoral deve reflectir essas mesmas regiões».

"Barlavento"

Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Trata-se de uma exigência nacional e se incluir a reestruturação de todos os organismos da Administração Pública e os órgãos de apoio ao funcionamento dos Órgãos de Soberania, de certeza absoluta que será possível racionalizar a despesa pública e diminuir o seu volume no Orçamento de Estado.
Para além do referido antes, é imprescindível que os protagonistas têm um perfil e um desempenho qualitativamente diferentes, no quadro de uma regionalziação que seja mais política e autonómica que administrativa.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)