TGV


Alta velocidade

- O projecto de alta velocidade ferroviária em Portugal desdobra-se em três eixos principais: Lisboa-Madrid, Lisboa-Porto e Porto-Vigo, podendo ainda estender-se às ligações ao Algarve e entre Aveiro e Salamanca

- O primeiro troço a ser alvo de concurso público foi o do Caia-Poceirão, que tem um valor de investimento previsto de 1.450 milhões de euros.

- O troço Lisboa-Poceirão deverá custar 1.600 milhões de euros, incluindo os 1.200 milhões de euros de investimento previstos para a TTT – Terceira Travessia do Tejo.

- O eixo Porto-Vigo tem um valor investimento avaliado em cerca de 1.400 milhões de euros.

- O eixo Lisboa-Porto deverá ser o mais dispendioso, prevendo-se que custe cerca de 4.500 milhões de euros.

- O Lisboa-Madrid deverá entrar ao serviço em 2013, assim como o Porto-Vigo. O Lisboa-Porto deverá estar operacional dois anos mais tarde.

A secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, diz que quem ganhar vai ficar responsável pela construção, manutenção e exploração das linhas de TGV e garantiu que serão financeira e economicamente rentáveis. Aliás, das três linhas previstas em Portugal, a secretária de Estado garante que apenas a ligação Porto-Vigo não será rentável financeiramente, mas apenas economicamente, uma vez que vai reduzir para uma hora, uma viagem (para passageiros e mercadorias) que hoje demora quase três.
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Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Partindo do princípio (absurdo) que a competitividade estaria apenas dependente do transporte ferroviário de grande velocidade, depressa se conclui que a futura Região Autónoma da Estremadura e Ribatejo assumiria uma posição de vanguarda em relação às restantes Regiões Autónomas, com excepção da Região Autónoma de Entre-Douro e Moinho, acompanhadas da persistência do tal "deserto" no interior (mais uma vez).
Apesar de tudo isto, seria muito mais sensato começar com a integração deste projecto do TGV numa política nacional de transportes, complementarmente regionalizada, como instrumento operacional de uma política económica que projectasse o futuro da economia portuguesa no rumo do crescimento económico e da sociedade portugesa no rumo do desenvolvimento que muito bem precisa.
Mas continua a insistir-se no casuísmo político, sem qualquer enquadramento macro-político, como se tais acções fossem as únicas e as imprescindíveis e aqule o único método político para resolver aquilo que alguns se permitem considerar problemas (a falta de um TGV será mesmo um problema, depois de a rede ferroviária actual ter sido subalternizada, durante muitos anos, e se encontar ainda subutilizada?). Não parece ser politicamnete muito sensato começar a convergência real em relação aos países europeus com a construção do TGV.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
O Micróbio II disse…
A hipótese Beira Interior foi mais uma vez esquecida...
Anónimo disse…
Se o TGV fosse integrado num plano bem equacionado de acessibilidades internacionais para Portugal, seria certamente construída uma linha Aveiro-Viseu-Vilar Formoso-Salamanca, que serviria muito melhor os interesses do nosso país na globalidade, deixando as nossas maiores cidades, Porto, Lisboa e Coimbra, e também o Porto de Aveiro, numa posição privilegiada em termos ibéricos, nomeadamente em termos de acessibilidades a Madrid, e consequentemente a Barcelona, Valencia, Saragoça, Bilbao, e à rede europeia de alta velocidade.
Mas, e tal como diz o "Micróbio II", apesar de ser a mais vantajosa, esta proposta da linha pela Beira Interior foi esquecida: mais uma vez, os interesses centralistas de Lisboa sobrepõe-se aos interesses nacionais.
Anónimo disse…
Se o TGV fosse integrado num plano bem equacionado de acessibilidades internacionais para Portugal, seria certamente construída uma linha Aveiro-Viseu-Vilar Formoso-Salamanca, que serviria muito melhor os interesses do nosso país na globalidade, deixando as nossas maiores cidades, Porto, Lisboa e Coimbra, e também o Porto de Aveiro, numa posição privilegiada em termos ibéricos, nomeadamente em termos de acessibilidades a Madrid, e consequentemente a Barcelona, Valencia, Saragoça, Bilbao, e à rede europeia de alta velocidade.
Mas, e tal como diz o "Micróbio II", apesar de ser a mais vantajosa, esta proposta da linha pela Beira Interior foi esquecida: mais uma vez, os interesses centralistas de Lisboa sobrepõe-se aos interesses nacionais.
Desculpem pela repetição dos comentários anteriores, que me esqueci de assinar.
Anónimo disse…
Caro Afonso Miguel,

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Philipp disse…
Quer me parecer que o problema base da mobilidade sustentável em Portugal prende-se com o simples facto de os transportes estarem pouco articulados com as verdadeiras necessiades da população. As infraestruturas são dispersas e o transbordo entre diferentes modalidades de transportes faz-se pouco eficientemente. Em poucas palavras: o sistema de transportes colectivos em Portugal, na sua generalidade, é pouco eficiente.

Uma coisa é certa: não podemos obrigar as pessoas a andar de transporte colectivo quando este não compensa financeira e económicamente. Só os que não têm a alternativa do carro é que usam os transportes colectivos. O uso do carro é claramente facilitado e o uso dos outros transportes é marginalizado.

Tenho, por isso, pouca fé que o TGV venha a revolucionar de forma significativa a mobilidade em Portugal. Temos técnicos bem competentes nessas disciplinas e, se não os usamos, não sei bem para o que é que os temos.
Anónimo disse…
caro Phillip,

No nosso País, tudo está desarticulado.
Sugestão: dê uma vista de olhos por tudo, mas alongada.
Que tal? Gosta da visão que teve?.
De certeza que não.
Nem eu, nem ninguém com preocupações sérias sobre o nosso País.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)