Morrer de pé !


Luis Pereira




Trás-os-Montes está-me enraizado na pele. Nasci numa pequena aldeia banhada pelo rio Douro. Cresci na frescura das geadas e nos braseiros do xisto. Temperei-me de cansaços feitos de terra, da mesma terra onde semeava silenciosamente meus sonhos e colhia apenas sossego. E sempre me abundou esse contentamento solitário de paz, de tranquilidade e de pacatez.

Desde muito cedo senti uma espécie de necessidade fatal de me misturar com a terra, de rebolar campos fora pelo frondoso centeio que eu quando menino baqueava numa alegria de ave. Depois, claro, depois do prejuízo feito, vinha o castigo de meu pai. Mas isso pouco importava, porque o importante era sentir-me terra e céu e água e rio. O importante era sentir-me livre! Acho que foi a partir deste substrato de liberdade, onde assentei a experiência vivencial da minha infância, que antes mesmo de qualquer “catequização democrática” ou aprendizagem teórica, aprendi a amar a liberdade. Na essência fundei-me como um bicho selvagem que sem campo aberto e horizonte livre, tristemente fenece.

A aldeia e a região aferrou-se assim literalmente ao corpo, e a partir desses pequenos nadas criou raízes tentaculares como as do “rango” da vinha; infiltrou-se no sangue e tornou-se “doença”.

Aos catorze anos abandonei o ninho. Mais tarde, pela necessidade de formação fui engrossar a gaiola acumulada de rostos pardos que habitam as cinzentas ruas da cidade onde o meu rio se perde em loucuras de espuma. E como o meu Douro, aí também eu desaguava diariamente num oceano imenso de solidão. E meu rosto tornou-se granito, duro e igual ao dos edifícios altos onde se projectava a minha soturna silhueta. Não era feliz. Precisava de me recolher novamente na terra, e quando a oportunidade chegou, regressei.

Depois de quase vinte anos de ausências, este meu regressar de tempo inteiro encheu-me de renovado ânimo; meu rosto áspero fendeu-se e cuido que voltei a sorrir.

Mais tarde, já aqui novamente instalado, com a esperança dos incautos e a utopia humanista dos seres naturalmente honestos, voltei a acreditar que a minha região podia ser salva, acreditei em promessas e depositei esperanças num desejado vento novo. Por duas vezes pensei e acreditei num país inteiro, porque acreditava que era possível mudar o rumo da agonia desta nossa terra árida de gente e de quase tudo. Acreditei na tal teoria da “descriminação positiva” que com algum descaramento e hipocrisia nos impingiam certos políticos.

Mas agora, hoje, presentemente vejo com clareza o alcance dessa descriminação consubstanciada em algumas medidas governamentais impostas em nome de uma optimização de recursos e de uma qualidade de prestação de serviços que na verdade existem cada vez menos em Trás-os-Montes. Agora alcanço claramente o significado real dessa descriminação, que mais não é do que uma perfeita e sentida descriminação negativa.

A morte da minha região começou e está em curso porque os senhores do poder não percebem ou fingem ignorar o verdadeiro significado da palavra vida. E porque a vida é apenas o direito de se viver condignamente onde se criou a raiz que nos liga à terra, é tempo de termos a insubmissa altivez do comportamento das árvores. E isto porque quando nos encerram escolas, quando nos fecham serviços essências, quando nos determinam o lugar onde nascer, quando nos anunciam a inevitabilidade da morte das nossas aldeias…ou quando nos excluem da educação do país o nosso melhor escritor, estes senhores querem apenas dizer: morrei!

Mas eu que tenho um Marão inteiro de orgulho em ser transmontano e que não gosto que me imponham a morte por decreto, terei esse comportamento “selvagem” dos seres verdadeiramente livres. E morrer por morrer, hei-de morrer de pé, tal como a oliveira centenária que continua viçosa no quintal da casa que herdei de meus pais.

Comentários

Anónimo disse…
Caro luiz,um testo lindo,um orgulho de trasmontano que sinto igual ao meu de algarvio mas ficamos no mesmo,o que viria a alterar a regionalizacao a' situacao?Confesso que me escapa.Neste momento creio que e' um discurso de distracao para problemas economicos que nos sacodem.
Parabens
Dcs
hfrsantos disse…
Bonito texto mas o Norte precisa de um Governo Regional para ser ouvido.
Politicos de Lisboa nao ouvem as vozes do Norte e muito menos de Tras-os-Montes.
O Norte nao pode continuar dependente do humor dos politicos Lisboetas.
O Norte precisa de ter uma voz politica unida.
Anónimo disse…
MEU CARO HFRSANTOS,

Viva.

Não concordo,

com essa lenga lenga do Norte precisar de um Governo para ser ouvido, dos políticos de Lisboa não ouvirem as vozes do Norte, do Norte não poder continuar dependente do humor dos políticos de Lisboa... etc, etc.

Concordo, sim,

1 - que o Norte precise de ter uma voz política unida, que, a meu ver, não tem unicamente por culpa própria...

2 - que o Norte não tem coragem para dizer o que andou a fazer o Engº Mesquita Machado durante 32 anos na Câmara de Braga, igual para o seu adjunto,

3 - Idem para Drª Fátima Felgueiras,

4- Idem Avelno Torres,

5 - Adriano Pinto à frente da AFP, durante mais de vinte anos..

6 - José Eduardo Simões Presidente da Académica de Coimbra

7 -Entendo que o Norte não tem coragem para ler, discutir e apreender a entrevista dada pelo Reitor da UP ao JN, onde diz que o Norte não criou condições para os seus quadros e então lamenta-se, lamenta-se ...

8 - Outros.

9 - Afinal o que é o NORTE? Algum País?...

PS - Isto assim não dá nada. Sugiro à ADMIISTRAÇÃO do bloge que aranje um espaço para discutirmos este assnto. Com honradez. De contrário não...

Aceite Sr adm os cumprimentos do
M. Cunha
hfrsantos disse…
Caro M.Cunha,

O Norte é uma Regiao de Portugal sem voz politica, assim como sao as Beiras, o Alentejo e o Algarve.

O Norte tem ideias, tem projetos, mas teem que ser aprovados e financiados pelo Governo de Lisboa.

O povo do Norte so é chamado a pronuciar-se sobre os problemas do Norte em eleiçoes municipais cada 4anos.

Em eleiçoes Nacionais os votos nortenhos sao diluidos entre os votos dos restantes portugueses.

Ninguem consulta os nortenhos sobre os problemas do Norte em eleiçoes Regionais.

A unica Comissao de Desenvolvimento Regional do Norte é nomeada, assim como sao nomeados os Diretores Regionais de Saude, da Educaçao. Todos os cargos de direçao regional sao nomeados.

Acabem com as nomeaçoes para os Diretores Regionais.
Deixem os nortenhos votar e eleger o seu Governo Regional segundo o projeto apresentado pela equipa que quer dirigir o Norte durante 4 anos.

Deixem os Nortenhos votar em eleiçoes Regionais como fazem os portugueses da Madeira e dos Açores.
Paulo Mendes disse…
Este sr. Cunha, precisava de viver uns aninhos no norte do país, para perceber os problemas que afectam esta região. Os politicos que o sr. sublinhou são politicos que o povo gosta, porque fizeram alguma coisa por estes concelhos. Agora sr. Cunha explique-me, já que é um entendido, porque é que o governo ajuda o concelho de lisboa em 400milhões de €, para recuperar a frente ribeirinha de Lisboa, e o resto do país como o Porto está a recuperar a baixa, mas sem ajudas do estado. Mais, em Coimbra os autocarros têm atras nos vidros as seguintes descrições: A carris de Lisboa recebeu do governo 46milhões€, o STCP do Porto recebeu 14milhões€ e Coimbra 0€. Agora explique-me.
Pode crer que não precisamos de Lisboa para nada, queremos é independencia. Deixe essas palas e olhe para a realidade.
Excelente texto, que diz claramente o que é ser de Trás-os-Montes. E, se falamos assim na identidade transmontana, e no belíssimo Vale do Douro, também do mesmo modo se pode falar da Beira Interior, e da paz transbordante dos vales do Mondego, do Zêzere ou do Côa. Estes textos ilustram a identidade de uma Região: Trás-os-Montes. Uma região única, com identidade própria. Uma região que não pode viver de acordo com os caprichos do Porto, que a quer anexar com esta invenção chamada "região norte".

Caro Dcs:

Em que é que a Regionalização viria alterar a situação?? Deve estar a brincar comigo! Olhe para a Madeira e para os Açores, e olhe para Trás-os-Montes e para a Beira Interior. O que têm estas regiões de diferente? As ilhas, em termos geográficos, têm piores condições do que as regiões do Interior de Portugal: menos habitantes, maior isolamento provocado pela insularidade, maior distância ao poder central... Mas se olhar para os dados económicos e sociais da Madeira e dos Açores vê que são um caso de sucesso, que tiveram uma evolução fantástica nas últimas décadas e que hoje são, a seguir a Lisboa, as regiões com melhores indicadores económico-sociais: maior poder de compra, menor desemprego, crescimento da população, economia mais forte, etc.
Pergunto-lhe então: O que difere a Beira Interior e Trás-os-Montes, que, como já referi, têm um potencial tão grande ou maior de desenvolvimento do que as ilhas, da Madeira e dos Açores? A resposta é simples: Regionalização. Autonomia. A existência de órgãos com poderes efectivos e de proximidade. No Interior sentimos a falta disso há mais de 30 anos. Se achar que a realidade das ilhas é muito distante da do interior do continente, olhe para o interior de Espanha, ou de qualquer país europeu, e veja as diferenças. A Regionalização foi o motor do desenvolvimento da maioria dos países da Europa e do Mundo. Portugal é um dos únicos países desenvolvidos que teima em não estar regionalizado. E não é por acaso que estamos na cauda da Europa.

Caro M.Cunha:
Folgo em ver que regressou ao blogue. Gostaria de saber se já ponderou os meus argumentos, e do anónimo pró-7RA quanto à Proposta das 7 regiões. Numa coisa concordo consigo: o "Norte" não é nada, é apenas uma invenção centralista e centralizadora. Repare que os casos de corruptos que evidenciou estão no Litoral. O Interior, felizmente, tem estado quase imune a essa problemática. No Interior há seriedade. Nas grandes cidades, Porto, Lisboa e Coimbra, que querem "anexar" as regiões interiores à volta, estes casos proliferam. É o centralismo no seu pior. A proposta das 7 regiões, com a regionalização e a descentralização dentro das regiões (sem capitais regionais), é a solução para a não-formação de novos centralismos políticos, e para a diluição dos existentes. Só é pena que isso não interesse ao caciquismo de Lisboa, Porto e Coimbra.

Caro hfrsantos:
O que é o "norte"? O norte é um ponto cardeal. Nada mais do que isso. É também o nome de uma unidade territorial, meramente estatística, inventada por economistas e políticos "iluminados", para satisfazer as exigências da UE que obrigavam a que fossem criadas em Portugal algumas regiões, nem que fossem meramente estatísticas e desfazadas da realidade. E, segundo a lei do menor esforço, foi isso que Portugal fez.
O Norte tem ideias, projectos? Não. O Porto tem ideias, projectos, para colocar o Minho e Trás-os-Montes ao seu serviço, e crescer à sua custa.
Deixem os "nortenhos" eleger o seu governo regional? Para quê? Para termos uma segunda C.M Porto? Para diminuirmos o centralismo de Lisboa, mas criarmos centralismo no Porto e em Coimbra?
Regiões em Portugal existem, mas nenhuma dá pelo nome de "norte" ou "centro". Vá a Bragança e veja se alguém lhe diz que é do "Norte". Não, são de Trás-os-Montes. Vá a Braga e veja se alguém lhe diz que é do "norte". Não, é do Minho. Vá à Guarda e veja se alguém lhe diz que é do "centro". Não, é da Beira Alta ou da Beira Interior.

Regiões em Portugal Continental, existem 7, apoiadas pelas pessoas e utilizadas desde há séculos no seu quotidiano:

*Entre-Douro e Minho
*Trás-os-Montes e Alto Douro
*Beira Litoral
*Beira Interior
*Estremadura e Ribatejo
*Alentejo
*Algarve

Tudo o resto são invenções. Tudo o resto são tentativas centralistas de nada mudar, ou de mudar em função dos lobbys das grandes cidades.

Caro Paulo Mendes:

Será que o maior problema do norte do país é a STCP? Isto só pode ser brincadeira. Ou, mais provavelmente, portocentrismo. O Porto é a 2ª zona do país que menos precisa de ajuda, a seguir a Lisboa. O Porto, como metrópole que é, tem um nível de vida, menor do que Lisboa, é certo, mas bastante elevado. Esta mentalidade do "descentralizar em Lisboa, para centralizar no Porto", é a mesma coisa que não fazer nada.
Cá para mim o senhor é que precisava de ir viver uns aninhos para Bragança, Mirandela, Chaves ou Macedo de Cavaleiros. É que, por lá, a questão dos autocarros nem se coloca: tomara a eles ter sequer uma linha de comboio, porque até isso lhes tiraram.

Às pessoas do Porto: deixem de olhar só para a vossa cidade, e olhem para Portugal como um todo, com diferentes realidades. Olhem para a Interioridade e vejam se têm coragem de vir dizer que a vida no Porto é difícil.

O Porto está a tentar "anexar" as regiões à volta com esta história do "Norte". Mas isso não vai dar resultado. A Alemanha também tentou anexar a Polónia. Viu-se no que deu. Castela e Leão também tentou anexar La Rioja e Cantábria. Viu-se no que deu. Madrid também tentou anexar Castela-la Mancha. Viu-se no que deu. O Porto agora está a tentar anexar Trás-os-Montes: já se está a ver o que vai dar: as pessoas, em Trás-os-Montes, na Beira Interior e no Minho não vão ver vantagens nenhumas nesta Regionalização. E vão opor-se. E o Porto vai ser, mais uma vez, o responsável pelo chumbo da Regionalização. E vai continuar a queixar-se.

Regionalização sim, mas com sentido, com 7 REGIÕES!
Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Umas a seguir às outras as regiões estão a morrer, por entre razões de abandono e de desertitifcação humana, onde os "emigrantes" depois de instalados noutras zonas geográficas sonham ainda "voltar à terra" a tempo e a horas de beneficiar de um descanso merecido pelo trabalho e pela dedicação longínqua à terra, à família e aos amigos.
Esta situação não deixa de ser trágica e mais o será se a regionalização tiver como solução algo que não contemple definitivamente os interesses das populações respectivas, em substituição dos habituais objectivos exageradamente economicistas e limitados (os tais que contribuiram para a extinção dos diversos sub-sistema ferroviários regionais, verdadeiro património nacional permanente e que a falta de visão e de sensibilidade histórica foi a causa da sua destruição). Infelizmente, as zonas geográficas negativamente mais afectadas são as do interior mas nem as do litoral escapam a uma sanha construtivista no planeamento e organização do território que as já estar a afectar nos seus diferentes equilíbrios e que se irão acentuar. Por isso, o problema é nacional e não pode ser encarado como típico do norte ou do centro ou do sul, cuja solução exige uma dimensão política a que não estamos habituados mas que terá de ser estruturada no médio e longo prazo e, acima de tudo, abrangente e exigente nos seus métodos e objectivos.
O preenchimento destas condições não pode ser assegurado, infelizmente, por soluções administrativas de regionalização que os políticos-de-turno estão a procurar legitimar numa fase pré-legislatura mais por corresponder a uma continuidade de soluções centralistas vigentes do que à defesa dos interesses legítimos das populações e do desenvolvimento equilibrado e autosustentado.
Como solução insusceptível de que nos arrependamos dela após a sua implementação só pode ser admitida e implementada a regionalização autonómica, desde que tenha boas companhias para a valorizar; tais companhias nunca poderão ser outras senão a completa reestruturação de todos os organismos que envolvam o Estado (de cima a baixo; central, regional e local) e o recurso a novos protagonistas políticos que tenham visualizado na crise actual a síntese de tudo aquilo que é necessário rejeitar e a evidência de tudo o de inovador pode ser aproveitado para o "turn around" a favor do desenvolvimento de todas as regiões (7 Regiões Autónomas).

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Anónimo disse…
DIREITO DE RESPOSTA

AS QUESTÕES QUE ME FORAM COLOCADAS ESTÃO NUMERADAS E A RESPOSTA VAI A SEGUIR.

ANTES DE MAIS QUERO FELICITAR OS PARTICIPANTES PELA CORRECÇÃO COM QUE EXPUSERAM AS SUAS DÚVIDAS.

ORA VAMOS LÁ:

1 - O Norte é uma Regiao de Portugal sem voz politica, assim como sao as Beiras, o Alentejo e o Algarve.

Resposta M. Cunha (RMC) – O Norte não tem voz política, porquê? Em minha opinião porque o Norte não criou condições para fixar aqui os seus quadros como disse o reitor. Se tivesse fixado cá os seus quadros de certeza que tinha voz. O Engº Ludgero Marques em entrevista ao Expresso disse o seguinte: “não posso com esses gajos de Lisboa”. È com atitudes destas que o Norte se quer fazer respeitar e ter voz política? Não pode.... obviamente

2 - O Norte tem ideias, tem projetos, mas teem que ser aprovados e financiados pelo Governo de Lisboa.

(RMC)- É o circuito normal desses assuntos. Mas se o juíz Dr. Costa Amorim, o Dr Alípio e outros levaram o senhor Pinto da Costa (inexplicavelmente, diga-se) a um jantar à Assembleia da República, se a região Norte se sente sem voz, acho que deveria ser criada uma comissão de defesa dos interesses do Porto e solicitar àqueles senhores (Dr. Amorim e ..) uma ida à Assembleia. Mas no Porto prefere-se a lamúria. E há 150 anos que se lamentam. Errado, claro
Quadros, faltam quadros aqui.

3 - O povo do Norte so é chamado a pronuciar-se sobre os problemas do Norte em eleiçoes municipais cada 4anos.

(RMC) - É assim porque o povo do Norte não se mexe. Mexam-se c ...
Falta de quadros aqui. O Fernando Gomes onde está? Responda claramente. Se o forem buscar para liderar um processo reivindicativo ele vem? O tanas.. Então onde é que está alma portuense?

4 - Em eleiçoes Nacionais os votos nortenhos sao diluidos entre os votos dos restantes portugueses.
(RMC) Normal

6 - Ninguem consulta os nortenhos sobre os problemas do Norte em eleiçoes Regionais.


(RMC) - Juntemo-nos todos e marquemos uma reunião com o deputado Dr. Manuel dos Santos que é natural do Porto mas e Benfiquista. Quem vem?


7 A unica Comissao de Desenvolvimento Regional do Norte é nomeada, assim como sao nomeados os Diretores Regionais de Saude, da Educaçao. Todos os cargos de direçao regional sao nomeados.


(RMC) - Vamos colocar a questão ao Dr. Manuel dos Santos, OK.

8 Acabem com as nomeaçoes para os Diretores Regionais.
Deixem os nortenhos votar e eleger o seu Governo Regional segundo o projeto apresentado pela equipa que quer dirigir o Norte durante 4 anos.


(RMC) Governo Regional? Caro amigo, isso é irresponsabilidade, desculpe lá... lamúrias.. lamúrias.

9 Deixem os Nortenhos votar em eleiçoes Regionais como fazem os portugueses da Madeira e dos Açores.

(RMC) – Isso está na Constituição ou é você que quer que seja assim?... Lamúrias outra vez?... Não obrigado


10 - Este sr. Cunha, precisava de viver uns aninhos no norte do país, para perceber os problemas que afectam esta região. Os politicos que o sr. sublinhou são politicos que o povo gosta, porque fizeram alguma coisa por estes concelhos.

Agora sr. Cunha explique-me, já que é um entendido, porque é que o governo ajuda o concelho de lisboa em 400milhões de €, para recuperar a frente ribeirinha de Lisboa, e o resto do país como o Porto está a recuperar a baixa, mas sem ajudas do estado.

(RMC) Não sei responder a essa dos 400 milhões, como você também, ao que parece, também não sabe. Mas eu perguntei ao presidente Rui Rio. È claro que ele não me respondeu, mas perguntei enquanto você lamenta-se não é?


11 - Mais, em Coimbra os autocarros têm atras nos vidros as seguintes descrições: A carris de Lisboa recebeu do governo 46milhões€, o STCP do Porto recebeu 14milhões€ e Coimbra 0€. Agora explique-me.
Pode crer que não precisamos de Lisboa para nada, queremos é independencia. Deixe essas palas e olhe para a realidade.
(RMC) – Vamos falar com o deputado Manuel dos Santos., ok

11 - Caro M.Cunha: Folgo em ver que regressou ao blogue. Gostaria de saber se já ponderou os meus argumentos, e do anónimo pró-7RA quanto à Proposta das 7 regiões.

(RMC) Obrigado. Não, não ponderei. Estou a escrever um livro sobre o Porto. Não tive oportunidade ainda.


12 Numa coisa concordo consigo: o "Norte" não é nada, é apenas uma invenção centralista e centralizadora.

(RMC) - Não desconversemos. Eu nunca disse isso, ok.


13 Repare que os casos de corruptos que evidenciou estão no Litoral. O Interior, felizmente, tem estado quase imune a essa problemática. No Interior há seriedade. Nas grandes cidades, Porto, Lisboa e Coimbra, que querem "anexar" as regiões interiores à volta, estes casos proliferam. É o centralismo no seu pior. A proposta das 7 regiões, com a regionalização e a descentralização dentro das regiões (sem capitais regionais), é a solução para a não-formação de novos centralismos políticos, e para a diluição dos existentes. Só é pena que isso não interesse ao caciquismo de Lisboa, Porto e Coimbra.

(RMC) - É a sua opinião.


Meus Ilustres amigos,

Tentei apenas defender- me, educadamente, mas não quero dizer com isso que os meus pontos de vista é que estão correctos.

E apenas o que eu penso.

Deixo-vos um abraço.

M.CUNHA
Paulo Mendes disse…
Caros

Quando falo no norte não falo só do Porto, falo de todas as regiões desfavorecidas no norte, e claro do resto do país.

Seja como for, o país necessita urgentemente de se regionalizar, pois regionalisar é uma forma de descentralizar o país, e não podemos ter medo. Mas os centralistas têm medo que o país se descentralize, pois quem tem cu tem medo.

Sr. Cunha não era necessário perguntar ao sr. Rui Rio, aquelas questões, porque toda a gente que vive no Porto sabe, que a recuperação da baixa portuense não tem nem um centavo do estado. Você fala de corrupção, e você não fala da corrupção que existe em Lisboa.

Deixem-se de lamurias e vamos para a frente com a regionalização, seja 7, 6, 5 ou 4. Passemos às decisões, é o que este país precisa.
Anónimo disse…
PAULO MENDES , disse


1 - Sr. Cunha não era necessário perguntar ao sr. Rui Rio, aquelas questões, porque toda a gente que vive no Porto sabe, que a recuperação da baixa portuense não tem nem um centavo do estado.

RMC – Pelos vistos o senhor defende a lamúria e não a acção como eu, que perguntei ao Dr. RR. Eu moro no Porto e francamente não sabia que o Estado não participava nem com um centavo. E você que sabia o que é que fez? Zero, o costume. Se tivesse sabido disso atempadamente reagia, garanto-lhe

2 - Você fala de corrupção, e você não fala da corrupção que existe em Lisboa.

RMC – Se souber disso, falo concerteza que falo.

PS – Não gostei do modo como utilizou as palavras.

M.CUNHA
Paulo Mendes disse…
Sr. Cunha não minta dzendo que é do Porto, só lhe fica mal.
Anónimo disse…
AO PAULO MENDES,

1 - Eu disse que moro no Porto e não disse que sou do PORTO. Eu sou natural e FARO mas resido no Porto. È proibido? A que propósito esse desplante de dizer que eu minto?

2 - Normalmente estou na livraria leituras, no Shoping Cidade do Porto às 5 da tarde. Hoje vou estar às catorze. Apareça lá.

3 - Se não puder hoje, apareça quando quiser. Aí vai o meu TM
912 066 099.

4 - Mas educadamente, à cacetada não. Entendido?

M. CUNHA
Anónimo disse…
Coisa linda. Assim é que é discutir a regionalização.
Daqui lanço um alerta ao "farense" residente no Porto. Cuidado com a integridade física.
Creio que o Norte tem toda a razão quando reclama dos governantes centralistas e lisboetas.
Mas, vou consultar a ficha dos ministros e secretários de Estado e verifico que mais de metade, são beirões, durienses e transmontanos.
Não dá a bota com a perdigota.
São "traidores"?
Talvez. Temos tantos casos na nossa história.
Nota final: pobres sem apoio de ricos, pessoas ou regiões, ficam à beira da morte...
Por cada 100 euros gastos pelos açorianos, 25 são dos continentais, de lisboa, e do resto...
Anónimo disse…
Meus caros,sei que nao vao gostar mas faco a pergunta:--onde encontram no continente um politico e estadista com a garra e da estirpe do Alberto joao?... Ja lhe ouvir chamar todos os nomes do dicionario, e' provavel que alguns lhe acentem mas e a obra do homem?nao foi o regionalismo que fez o milagre madeirense,foi ele e a sua honestidade supra partidaria.
Sei que nao vao concordar nem tao pouco sao obrigados.
Diogo(dcs)
Paulo Mendes disse…
Sr. Anonimo Cunha

Já percebi que pretende falar pessoalmente da regionalização, e faço questão de ir ter consigo.
Anónimo disse…
É este sentimento novo que deve ser divulgado. É urgente mudar comportamentos,falar mesmo que não se seja ouvido por todos, transmitir a mensagem do desagrado, dizer que existe uma porção de terra com gente transformada em ilha perdida num pais tão pequeno. É preciso dizer: NÃO!