República do Algarve

Quando será que quem nos governa e que quem cá vive (no rectângulo) conclui que o atraso do país se deve à inexistência de uma regionalização? Que a macrocefalia olisiponense é a grande responsável pela anomia que bloqueia o nosso desenvolvimento desde D.João III?

Nos últimos anos a capital mais parece um poderoso buraco negro que tudo aspira à sua volta. Um centro canibal que se irá, mais cedo ou mais tarde, começar a devorar a si próprio. Era bom que se tomasse consciência desta realidade que nos destrói como nação ( ao contrário do que defendem os centralistas) e nos homogeneíza e aplana.

A regionalização é a possibilidade do país se erguer da mediocridade em que tem estado atolado e, com sustentabilidade e contributo de todos, se impor nestes novos tempos de globalização.

E para quem teme um desenvolvimento mais desarmónico ( o que manifestamente deve ser muito difícil depois destes últimos 50 anos), julgo que um poder intermédio será a melhor maneira de controlar e avaliar os profundos e indetectáveis poderes locais e seus relacionamentos com os não menos recônditos poderes económicos.

É esta articulação que tem faltado e o mediatismo dos casos de corrupção autárquica não são senão a maneira de o poder central justificar a sua perenidade e a forma de ocultar os, esses sim penosamente danosos, meandros da corrupção emanada do dolicocefalismo central.

No Algarve urge a descentralização e o incremento da regionalização. Sem elas a região está à deriva e o futuro será um barco sem rumo no vasto oceano da globalização.

via, "QuintaCativa"

Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municiplaistas,

A falta da regionalziação não é o mal absoluto de todas as nossas "coisas", mas a sua implementação poderia resolver muitos dos problemas existentes e crónicos se se optar pelas 7 Regiões Autónomas.
No entanto, é igualmente exigível a reorganização de toda a super e infra-estrutura do Estado, para que não possa haver contra-argumentos destruidores de um projecto político talhado para se atingirem níveis de desenvolvimento que demais tardam a concretizar-se.
A partir daqui, cada um poderá alinhar os argumentos que entender, mas aquelas são as condições base para se alterarem qualitativamente para melhorar as nossas condições de vida de forma sustentada.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)