10 anos (!!!) depois: as Lojas do Cidadão chegam ao Interior

Castelo Branco vai passar a dispor dentro de "três ou quatro meses", segundo adianta o presidente da Câmara, Joaquim Morão, de uma Loja do Cidadão, depois de sexta-feira ter sido assinado um protocolo nesse sentido, numa cerimónia que contou com a presença da secretária de Estado da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, e do secretário de Estado adjunto da Administração Local, Eduardo Cabrita.

Na cerimónia para a criação da Loja do Cidadão de segunda geração, Eduardo Cabrita salientou que esta será a "primeira de toda a Beira Interior", salientando assim a importância da coesão territorial, um dos três objectivos do Governo, com a criação destas lojas.

Os outros dois são a simplificação administrativa e a descentralização, referindo pelo meio que "o melhor do serviço público deve existir em qualquer local do território nacional".

Antes, Maria Manuel Leitão Marques já havia assegurado que "vamos ter uma Loja do Cidadão de grande qualidade, em Castelo Branco", depois de afirmar que "hoje é um dia de grande contentamento", para concluir que "o dia de festa será o dia em que abrirmos a Loja do Cidadão".

A membro do Governo referiu ainda que "este é um momento em que já vencemos muitas batalhas para um serviço público de qualidade. Um serviço que está perto de nós e que responde em tempo razoável".

in Gazeta do Interior (Castelo Branco, Beira Interior), nº 1054

Nota: 10 anos depois da abertura do primeiro serviço, a distribuição geográfica das Lojas do Cidadão é a seguinte:

4 na Estremadura e Ribatejo (Setúbal, Odivelas e 2 em Lisboa)

3 na Beira Litoral (Aveiro, Coimbra e Viseu);

2 no Entre-Douro e Minho (Porto e Braga);

1 na Madeira (Funchal);

1 no Alentejo (Borba, recentemente inaugurada);

Em suma, as Lojas do Cidadão, o tão esperado combate à burocracia e aos papéis, a tão esperada coesão territorial, ainda não chegou, 10 anos depois, nem a Trás-os-Montes, nem à Beira Interior. Por aqui, para tratar de algum documento ainda temos que andar a bater a muitas portas, a deslocar-nos de cidade em cidade, de edifício em edifício... Será isto Portugal?

De referir que, nos Açores, existe a RIAC (Rede Integrada de Apoio ao Cidadão), presente em todo o Arquipélago e gerida pelo respectivo Governo Regional. Um exemplo a seguir, quem sabe, no Continente.

Afonso Miguel

Comentários

Anónimo disse…
Abriu uma em Borba no Alentejo há 15 dias...
Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Trata-se só de mecanismos administrativos e será sempre uma vergonha associar a melhoria deste tipo de procedimentos à regionalização. É obrigação de quem quer que seja melhorá-los sempre, haja ou não regionalização.

Sem mais nem menos.

Anõnimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Fronteiras disse…
E em Elvas, com 25.000 habitantes, ainda não temos...
Anónimo disse…
Pois... na Guarda e na Covilhã, com cerca de 30 000 habitantes cada uma, também nem vê-las...