Frase

"No nosso modelo, os deputados são responsáveis não perante os eleitores, mas sim perante os partidos que os propõem"



Nota do editor:
A Constituição diz, no nº 2 do seu Art.152 (Representação política), que " Os deputados representam todo o país e não os círculos por que são eleitos".
Ora, isto faz com que, no nosso actual sistema político, a não existência, quer dos círculos uninominais, quer da Regionalização, redunde num enorme déficite de representatividade política.

Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

É como um qualquer empregado que tem de responder perante o dono ou o patrão (omiti intencionalmente o empresário, como entidade tomadora de risco empresarial).
Em termos eleitorais, não será enganar quem vota?

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final
Anónimo disse…
Penso que Vital Moreira foi um dos deputados da Assembleia Constituinte (pelo PCP) que produziu uma Constituição, a nossa de 1976, já várias vezes modificada, mas que mantém esta pouca vergonha dos deputados serem eleitos pelos eleitores e não lhes terem de prestar contas nenhumas, pois só obedecem aos seus chefes partidários, que escolhem os parentes, os amigos ou os "yesmen" e"yesgirls" que, depois e de forma obediente senão ficam sem o emprego de deputado, lhes obedecem cegamente e chamam a isso "disciplina partidária".
Agora pergunto eu: se uns indivíduos (as) que eu, na maioria dos casos, nem sequer conheço de nome e só devem ser conhecidos na rua deles,pela família e amigos ou colegas são impostos aos cidadãos de um distrito e a esses cidadãos não é permitido intervir nas listas ( pois, há por vezes, alguns "independentes")e se forem eleitos não nos vão defender nem aos nossos interesses, para que me vou dar ao trabalho de me deslocar e votar neles, muitos dos quais só colaram cartazes ou pouco mais e alguns nunca trabalharam? Também por isto é que a abstenção é elevada.
Em países como os E.U.A. e Inglaterra (melhores democracias que a nossa aldrabada que os partidos e deputados fizeram)há círculos uninominais e o candidato eleito recebe cartas e chega a falar com os eleitores da sua circunscrição e defende os interesses de quem o elegeu. Cá em Portugal, salvo alguns deputados mais sérios e corajosos, que faz a maioria na Assembleia? Lê o jornal, dorme, discute com outros, passeia fora do hemiciclo (Assembleia) nos corredores e nos "passos perdidos", vai tomar café, faltam às votações por estar na conversa cá fora ou faltam porque têm trabalho político ( por exemplo um jantar do Boavista serve para faltar a uma votação fundamental sobre a política da educação) e por aí fora. Se é para isto, basta-nos ter muito menos deputados e ficam-nos mais baratos, já que a maioria nem eleita foi, pois muitos estão a substituir deputados que são ministros, presidentes de câmara (outra vergonha, pois se concorre a deputado e continua a ser presidente de um município não devia ser permitido pois é enganar os eleitores que votam nuns e vão para lá os do meio ou, como já aconteceu, os últimos da lista do partido( exemplo no PS - o antigo deputado Manuel "25").
Tudo isto descredibiliza a "nossa democracia" e o professor de Direito Vital Moreira sabe-o bem e ajudou no controlo partidário e foi contra a regionalização. É engraçado como, agora, aparecem políticos a dizer que foram contra a regionalização, mas, agora, até já a aceitariam( outro Rui Rio).
Deixem-se de conversa e passem à acção: mudem o que está mal ou ultrapassado na Constituição e cumpram o que lá está e não só o que vos interessa. Senão, cada vez mais portugueses considerarão os políticos uns aldrabões e parasitas que para aí andam a vender o seu peixe. Para terminar: é interessante verificar como tantos políticos que não eram ricos agora têm tanto dinheiro e bens. Desde membros de câmaras até antigos deputados e ministros.
Gostava de saber como essa gente e família enriqueceram tanto.
Cumprimentos