JUNTA METROPOLITANA DO PORTOPresidente da JMP critica PS por desvalorizar política metropolitana
O Presidente da Junta Metropolitana do Porto, Rui Rio, acusou o Governo e o PS de, na Área Metropolitana, "tentarem partidarizar e desvalorizar politicamente a Junta".
Rui Rio revelou que, à excepção de um, os presidentes de câmara socialistas faltaram todos à reunião da JMP e que, pela primeira vez, em 17 anos, o Governo não transferiu as verbas que está obrigado a entregar anualmente à Área Metropolitana do Porto.
O valor em causa é de quase um milhão de euros (60 por cento do orçamento da JMP). "Não o fez, não diz quando o vai fazer e se o vai fazer", sublinhou o Presidente da JMP.
A actuação dos autarcas socialistas na AMP e a sua crescente ausência nas reuniões da Junta mereceu, por parte de Rui Rio, uma crítica contundente: "Têm-se esforçado por desvalorizar politicamente a Junta Metropolitana e tem vindo a crescer uma clara intenção de o fazer por razões meramente partidárias.
Notamos isto depois da questão do Metro", disse, numa alusão às divergências no seio da JMP a propósito do não cumprimento do Memorando de Entendimento por parte do Governo. Por exemplo, hoje, de entre os representantes socialistas, apenas compareceu o presidente da Câmara de Arouca, cujo comportamento "exemplar" foi elogiado por Rui Rio.
O PS, diz Rui Rio, sente-se "incomodado" com "o êxito que não é rotundo, mas é um êxito da JMP, neste mandato". "No passado, o PS não teve capacidade de dinamizar a Área Metropolitana, a não ser em favor da projecção e vaidade pessoal de alguns, e agora fica incomodado com o trabalho que estamos todos a fazer", afirmou.
Sobre a actuação do Governo, o Presidente da Junta revelou que vai dirigir uma carta ao ministro Silva Pereira a pedir explicações sobre a não transferência de verbas para o orçamento da JMP. "Não é por aqui que vão parar a JMP", garantiu Rui Rio, acrescentando: "Já me deviam conhecer. Já cá estou nisto há sete anos".
Face a toda esta situação, Rui Rio deixou um aviso: "Podem todos ter a certeza que, mesmo que haja aqui quem queira desvalorizar, eu cá estarei, pelo menos até Outubro, para valorizar o Porto e a sua área Metropolitana". "Quanto mais vontade tiverem de partidarizar e desvalorizar, mais força eu tenho para pôr a instituição a trabalhar", acrescentou.
Comentários
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,
Se, em paralelo à desvalorização da gestão política das AM's, existisse uma vontade e exercício político de implementar a regionalização, mesmo na versão minimalista e desfasada da realidade como a regionalização administrativa, só provaria a inocuidade e a vacuidade das AM's como organização política e sinceras intenções de implementar a regionalização, mesmo na sua versão tímida de "regionalizar" poderes políticos concentrados e como que amealhados.
Coitadas das AM'S, CIM'S e CU's e de quem defende este tipo de organizações "políticas regionais"; falta-lhes o melhor: capacidade política e estratégica para conduzir o nosso País, alinhavem o que quiserem alinhavar os defensores das actuais políticas em curso e das promitentes para a próxima legislatura.
Como se diz na minha terra: "o exercício político a continuar assim, vai dar um estouro como uma castanha".
Conclusão: continua-se a fazer de conta que os problemas não existem (ou, muito pior, presume-se que já se encontram resolvidos); as manifestações de optimismo político também têm limites e ultrapassando-os, relembro que JÁ NINGUÉM ACREDITA nelas, por mais sofisticada que seja a tecnologia de informação e comunicação e por mais intensa que seja a corrida dos órgãos de comunicação social, com "comentadores de serviço" à mistura, a cobrir balofamente tais actos públicos.
Sem mais nem menos.
Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)