Almada: Autarca defende que regionalização é necessidade

A presidente da Câmara Municipal de Almada (CMA) defende que a regionalização é uma «necessidade» e a sua «não concretização» transformou-se no «grande atraso» do País, disse a autarca em entrevista à Lusa.

«O nosso mal e o nosso atraso é não termos avançado com a regionalização a seguir ao poder local democrático, é este o grande atraso de Portugal».

Abordando, especificamente, o caso Almadense, Maria Emília de Sousa, chamou a atenção para o facto de muitas pessoas «não perceberem» porque é que Almada tem tantas áreas qualificadas e tem outras que parece que «estão ao abandono» e que «ninguém pensa nelas».

As zonas ribeirinhas de Almada servem para sustentar o que a autarca defende, como é o exemplo de «Almada Nascente» (Margueira), que é património do Estado, no entanto, defende a autarca, neste território o poder local teve uma «iniciativa louvável» e «avançou» com o processo de planeamento, designado «Almada Nascente - cidade da água».

«Hoje o governo está a pensar em criar uma solução que abranja o Arco Ribeirinho Sul (Margueira, Siderugia e Quimiparque) mas nós avançámos e temos um plano de urbanização, uma solução para o território e após termos esperado pela administração central desistimos e avançámos sozinhos, procurando sempre trazer para o processo as entidades da administração central», esclarece.

A autarca explicou que estas áreas são de jurisdições múltiplas e de propriedade do Estado, «Estado que está ao lado de Almada» - Terreiro do Paço - mas ao «mesmo tempo muito longe» isto porque tem um País inteiro para «governar».

«É impossível um governante que tem um País inteiro a seu cargo desempenhar bem a sua missão no sentido de responder a um País que espera por ele».

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