Refexões: NUT's II- Um mapa em fim de validade


(excertos do primeiro comentário ao artigo "Regionalização com órgãos de governo distritais ?")

Se é verdade que os distritos já caducaram há muito, as NUT II e III também já estão a caducar. São divisões completamente artificiais e desligadas da realidade. Eis um exemplo: o "norte" esgota-se a 30 kms do Porto. Um portuense diz-se do "norte", já uma pessoa de Famalicão diz que é do Minho, uma pessoa de Vila Real já diz que é transmontana.

Se ignorarmos as divisões fundamentais do nosso país (províncias tradicionais), a Regionalização nunca vai resultar.

A Regionalização só resultará com regiões novas, com identidade. Esqueçamos os distritos e as NUT II e III. Juntemos províncias homogéneas entre si e façamos novas regiões, as regiões que fazem parte do quotidiano dos portugueses há séculos e que são as únicas que podem resultar no futuro:

*Minho + Douro Litoral =
ENTRE-DOURO E MINHO

*Trás-os-Montes + Alto Douro=
TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

*Beira Litoral + Beira Alta (parte pertencente ao distrito de Viseu)=
BEIRA LITORAL

*Beira Baixa + Beira Alta (parte pertencente ao distrito da Guarda)=
BEIRA INTERIOR

*Estremadura + Ribatejo=
ESTREMADURA E RIBATEJO

*Alto Alentejo + Baixo Alentejo=
ALENTEJO

*ALGARVE

Afonso Miguel

Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

A criação das unidades territoriais NUT e outras é como a elaboração de grandes teorias sobre gestão empresarial (finanças, marketing, recursos humanos, produção, etc.) sem nunca os seus autores se terem sentado na cadeira executiva da direcção de empresas. É fundamental para quem decide e quem concebe teorias muito ligadas à realidade económica e social o conhecimento concreto no terreno para não se cair na excessiva modelização das decisões e de produtos (veja-se o exemplo dos mercados de capitais, com produtos financeiros quase totalmente desmaterializados). O mesmo se aplica à actividade política, em geral, e ao ordenamento do território, em especial, ond eos conceitos estatísticos quase em nada correspondem aos que derivam da implantação territorial das populações, dos recursos e das instituições.
Poderão constituir conceitos metodologicamente exímios mas sem qualquer aderência à realidade política, económica, cultural e social, para toda a infelicidade nossa.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)