A Regionalização é vital para o combate à Burocracia

Política de Proximidade

Luís Filipe Menezes considerou "fulcral" o estabelecimento de uma política de proximidade com Espanha, nomeadamente no que concerne à harmonização fiscal e linguística bem como, do lado português, de uma concretização da ideia da regionalização.

O Presidente da Câmara Municipal e do Eixo Atlântico interveio na sessão de abertura do seminário "Agenda 21 - Que Futuro?", promovido pela Câmara de Barcelos em parceria com a associação transfronteiriça.

O autarca esclareceu que o facto de Portugal ser, geograficamente, "o país mais excêntrico da União Europeia", implica a definição de uma política de proximidade imediata. "O mercado ibérico de 52 milhões de pessoas representa uma enormíssima oportunidade", salientou, dando conta das consequências ao nível do desenvolvimento do tecido empresarial português, um pouco à semelhança do que aconteceu no Benelux num passado próximo.

Luís Filipe Menezes reiterou a sua aposta na regionalização que, na sua óptica, "é vital para o combate à burocracia. Em Espanha, um agente económico pode dirigir-se directamente ao governo de cada uma das regiões autónomas. Em Portugal, pelo contrário, os interlocutores são demasiados e dificultam o desenvolvimento", destacou.

Tendo em vista a potenciação da competitividade, o autarca realçou a importância de "uma política fiscal que determine impostos iguais nos dois países" e que, por conseguinte, beneficie as transacções e o mercado.

Luís Filipe Menezes fez ainda a ponte para a importância da língua, destacando a pertinência de existir no sistema de ensino português o castelhano como segunda língua, acontecendo o inverso do lado espanhol.

|Gaia Global|

Comentários

Anónimo disse…
A eleição da burocracia como objectivo político para eliminar as suas consequências negativas (bem necessário) para a sociedade constitui um posicionamento político de âmbito muito limitado e restricto.
Por outro lado, vai de encontro a um dos objectivos polícivos de contornos populistas, logo de mais fácil aceitação por quem espera das medidas de política soluções pragmáticas para os seus problemas, sabendo que a burocracia consome legislaturas sucessivas até ser depurada do pior administrativismo que possui.
Agora que a regionalização, como projecto político de desenvolvimento é necessário para uma aproximação e complementaridade com Espanha é algo que já entronca genuinamente na estratégia política e nas soluções próprias de políticos estadistas.
Com efeito, se se quiser negociar politicamente em paridade com as regiões espanholas, as regiões portuguesas só poderão ter a natureza política (nunca administrativa) de autónoma, a fim de gerar equidade de funcionamento e de negociação, potenciando como nunca projectos políticos comuns de diferente natureza e amplitude com maior eficácia e complementaridade.
Nestes termos, a solução para a regionalização como instrumento político de desenvolvimento só poderá vir a ser suportada pela implementação das 7 Regiões Autónomas no território continental, como futuras testemunhas confirmatórias de idêntica solução com êxito implementada nos Arquipélagos dos Açores e da Madeira.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Fernando Pinto disse…
Neste momento, Menezes é um político desacreditado! Com uma câmara endividada até ao tutano. O que ele diz já não se escreve. Menezes deu o que tinha a dar há muito e abandonou Gaia no último mandato.