Santana Lopes defende pacto de descentralização para o país

O antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes defendeu hoje, na Figueira da Foz, a existência de um pacto de descentralização para o país, que obrigue sucessivos governos a estabilizar cartas de equipamentos necessários a nível nacional.

No final de um encontro de cariz cultural, integrado nas comemorações do 7º aniversário do Centro de Artes e Espectáculos (CAE) local, Santana Lopes frisou que o pacto de descentralização deveria existir em áreas como a saúde, cultura e desporto. “O povo que decida se quer regionalização ou não. Mas sem ela devia haver esse pacto para a descentralização, senão o País definha e não sei se boa parte não morre”, frisou.

Para o antigo governante e candidato à autarquia de Lisboa, todos os governos “falham” em estabilizar as cartas de equipamentos “essenciais para o equilíbrio no desenvolvimento do País”. “Portugal está deserto e cada vez mais deserto. Não estou a criticar este Governo, já muitos fizerem várias asneiras e coisas acertadas, mas temos todos de nos convencer que o país todo precisa de ter onde ir, como se distrair ou onde se curar”, disse.

Intervindo durante a sessão no Centro de Artes baptizado com o seu nome, Santana Lopes deu o exemplo daquele equipamento cultural – gizado durante o seu mandato à frente da autarquia e inaugurado em 2002 – classificando-o como “um oásis” no panorama de descentralização cultural. “Todos no país deviam ter direito ao mesmo, é isso que choca. O panorama porque cada vez está pior, excepto estas bolsas de resistência que existem aqui, em Torres Novas e noutras terra e nos dão alguma esperança”, frisou Santana Lopes.

Depois, defendeu, a esse propósito, o trabalho dos autarcas na promoção de equipamentos culturais: “Apesar do que se diz dos autarcas, estas obras são quase fortalezas de resistência equivalente aquelas que hoje em dia são consideradas maravilhas do mundo”, sustentou.

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Lusa|

Comentários

Anónimo disse…
As "cartas de equipamentos" poderão ser necessárias mas será necessário estabelecer prioridades. Este critério cheira a administrativismo e o que é exigível terá de circunscrever-se ao potenciamento dos nossos recursos próprios, para incremento da produção própria o principal suporte material do nosso desenvolvimento que, a efectivar-se, será já bastante tardio.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)

PS - Porque será que o "pessoal político" gosta muito de dar preferência à construção de "cartas de equipamentos"?
Paulo Rocha disse…
Durante o seu curto governo o Dr Santana Lopes não foi, propriamente, um descentralizador.

Todavia, nesta matéria fez algo de inovador ao deslocalizar (tirar de Lisboa) algumas Secretarias de Estado.
Anónimo disse…
Com uns poucos meses de "reinado", com 90% do País contra si, coitado do Santana Lopes, quando foi PM. Imaginem se ele tivesse o curso na Independente, por faxe ao fim de semana; se tivesse assinado o projecto daquelas casas na Guarda; se tivesse ligação ao processo da Cova da Beira; se tivesse ficado ligado às luvas do Freeport, Lopes da Mota, Capinhas, Tio e primo e todas essas trapalhadas. O Santana é um anjinho...