Viva a República! Viva o Rei!*

É sempre preferível podermos escolher quem nos governa, sem dúvida. E a monarquia, pelo menos a "minha monarquia", permite essa liberdade de forma ainda mais independente.

Talvez no início tenha seguido a ideologia monárquica por tradição, por simpatia e por influência. Depois veio o cansaço deste sistema partidário e fragmentário, de liberdade forçada e falsa independência.

Hoje, inspirado nas palavras de Agostinho da Silva, estou perfeitamente convicto que a monarquia, coordenadora de municípios republicanos, é o regime mais certo para Portugal.

Ao contrário das monarquias europeias, que exprimem um pouco da figura republicana do presidente, concebo a figura do Rei como um ser superior, acima de qualquer política ou partido, que seja garante da liberdade, da democracia e da descentralização da vida política. Aliás, Agostinho da Silva caracteriza este Rei como o "coordenador geral e inspirador".

É claro que tudo isto parece um pouco utópico. Sei que sim.

Mas é possível.
Tendo como base a coisa pública (Rés pública) e a cidade-município, considero essencial uma maior autonomia desses municípios, livremente integrados e organizados em regiões (a regionalização, para mím, é essencial económica e socialmente). Na Assembleia da Republica (no senado, ou nas cortes gerais) estariam os representantes dos municípios ou das regiões eleitos/escolhidos pelo povo. Um sistema completamente apartidário (ou, de outro ponto de vista, multipartidário).

Mas neste sistema, só a figura dinasta e suprema do Rei (este sim, de todos os portugueses e não sujeito a lobbies e jogos de poder) conseguirá unir e coordenar a nação a uma só voz.

Mas atenção, há muito ainda por dizer e pensar...

*Livro de Teresa Sabugosa no seguimento da troca de correspondência com Agostinho da Silva.

vitor mário ribeiro

Comentários