Braga - Governador aposta na Regionalização

A regionalização vai ser uma das bandeiras políticas do actual governador civil de Braga, Fernando Moniz, na próxima legislatura. Moniz deixa, a partir de hoje, quinta-feira, o cargo, para se candidatar na lista do PS.

"Sabe-se que a nossa lei fundamental impõe a realização de um referendo para o efeito: No entanto, eu acho que se os dois maiores partidos se congregarem à volta desta questão é possível alterar a legislação e avançar com a criação de regiões sem a necessidade de referendo". Fernando Moniz reconhece que "ainda há temores e fantasmas que pairam" sobre esta questão considerando por isso, "indispensável um grande trabalho de mobilização e esclarecimento, dentro da própria região".

Defensor acérrimo da regionalização, para Moniz "os responsáveis políticos terão que ser mais convincentes, sabendo informar que não haverá gastos excessivos com a criação das regiões, bem pelo contrário".

No balanço de quatro anos de cargo, ficou-se a saber que a plataforma cívica criada na região onde estão Igreja, comerciantes, empresários e sindicatos viu recusada o pedido de audiência pelo primeiro-ministro por uma questão política: "Não resistiu à politiquice e não vejo que tenha trazido nada de novo", justificou o representante do governo no distrito.
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|JN|

Comentários

Anónimo disse…
Como se sabe o peso político dos Governadores Civis é nulo. No entanto, é bom conhecedor que muitos deles são a favor da regionalziação mas a recusa de uma audiência pelo principal responsável pelo Governo Central constitui o sintoma claro de uma recusa total em implementar a regionalização.
Como tive a oportunidade de o escrever antes, a regionalização se não for implementada a bem e de forma organizada será a mal e de forma atabalhoada.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Carlos Santos disse…
Até me assusta que este senhor não aponte o roubo que a CCDR-N faz a Braga e à região desde que existe, centralizando tudo no Grande Porto, e colocando todas as restantes centralidades como apendices deste, não deixando que qualquer uma destas se evidencie.

Parte da regionalização já existe as CCDR, as ARS, observem as distribuições dos fundos comunitários nas respectivas àreas, para verificarem o que vai acontecer quando tudo for finalmente regionalizado. Centralização nas capitais de cada região, sendo que Norte é zero, a minha região é Minho.

O PROT-N está em discussão, tenho participado na critica através do site disponibilizado, como se insere em parte na discussão deste blogue, gostava de saber se os autores estão interessados em receber as respectivas criticas que coloquei em relação ao PROT-N e que demonstram o papel activo na destruição de Braga como uma referencia na região.
Caro Carlos Santos,

Obrigado pelo seu comentário e claro que estamos interessados nesses seus comentários em relação ao PROT-N e a suposta subalternização propositada de Braga.

Cumprimentos,
Aqui está mais uma prova daquilo que já tantas vezes tenho dito. "Região Norte" só existe na cabeça de alguns tecnocratas, a maioria concentrada no Grande Porto. A mais de 50 kms da Invicta, já ninguém reconhece o "norte": são minhotos, durienses ou transmontanos. Respeitemos as pessoas, e as identidades regionais. Não será possível uma Regionalização se as identidades regionais não forem respeitadas. Norte é um ponto cardeal. Trás-os-Montes e Alto Douro, e Entre-Douro e Minho são duas regiões antiquíssimas e com identidades muito próprias. Respeite-se o Portugal das regiões, e acabe-se, de uma vez por todas, com estas invenções (norte e centro).