TGV - Ligação da Galiza a Portugal dois anos atrasada

O conselheiro para o Meio-Ambiente, Infra-estruturas e Território da Junta da Galiza disse à Lusa que o prazo para a ligação ferroviária de alta velocidade (TGV) ao Norte de Portugal foi revisto para 2015 e que o traçado galego ainda não está fechado.

"Na semana passada, o ministro do Fomento e o presidente da Junta da Galiza assinaram um convénio para estabelecer horizontes realistas para a concretização da ligação em alta velocidade a Madrid e a Portugal.

Em 2015, a Galiza estará ligada ao Norte de Portugal e ao resto de Espanha", afirmou, em entrevista à Lusa, Agustín Hernández Fernández de Rojas.

O governante regional com a pasta das Obras Públicas explicou que, quando o novo governo galego tomou posse, há 100 dias, iniciou conversações com Madrid para "determinar horizontes reais para a alta velocidade na Galiza".

O conselheiro da região autónoma da Galiza, liderado por Alberto Núñez Feijóo, acredita que o TGV vai ser "uma revolução", equiparável à que aconteceu quando Galiza e o Norte de Portugal passaram a estar ligados por auto-estrada.

"Quando chegámos à Junta da Galiza, tínhamos a informação do governo anterior de que a ligação da Galiza ao Norte de Portugal, podia ser uma realidade em 2012. Nós pensávamos que a conexão era impossível mesmo em 2013", afirmou Agustín Hernández de Rojas.

O conselheiro reforça que "a relação com o Norte de Portugal é uma prioridade da Junta da Galiza", recusando-se a comentar a decisão do Governo português de adiar a tomada de decisões, relativas ao TGV, para a próxima legislatura.

"Respeitamos de forma escrupulosa as decisões internas dos outros países. Defendemos que alta velocidade é uma oportunidade para a Galiza e que também vai ser para o Norte de Portugal. Neste sentido, no momento certo, estaremos em condições de falar com o Governo português para reunir esforços e procurar sinergias", afirmou o político.

Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Em termos de coordenação internacional deste investimento, haverá a considerar os aspectos seguintes:
1º. De um lado, temos a negociar o investimento o Governo Autónomo da Galiza, com poder político de decisão.
2º. Do outro lado, temos a CCDRN, com poder administrativo de decisão, cabendo sempre a decisão política ao Governo Central.
3º. Ainda não se viu que política nacional de transporte, em geral, e ferroviário, em particular, visa cumprir, nem quais os objectivos de desenvolvimento equilibrado e autosustentado que procura atingir, a não ser os da integração e proximidade europeias, profusamente propalados.
4º. Também se desconhecem as condições de complementaridade entre a futura rede de alta velocidade e as actuais redes clássicas de transporte ferroviário, desconhecendo se estas últimas passarão a ter o mesmo destino das redes regionais e locais.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)