Novos povoadores mudam-se para o interior de Portugal

As famílias desafiadas a mudar de vida e a trocarem os grandes centros urbanos por regiões onde, por falta de recursos humanos, podem fazer a diferença, já estão a pensar fazer as malas para partir, embora a partida esteja atrasada.

O projecto foi apresentado no passado mês de Março. Por esta altura, as famílias escolhidas já deviam estar a fazer as malas, mas isso só vai acontecer no início do próximo ano, sendo que as primeiras vão ter o Alentejo como destino.

Évora vai ser o primeiro município a receber os novos povoadores, mas eles só devem chegar no início de 2010.

Ao todo, das 310 familias inscritas apenas 29 chegaram à última fase. Agora, são as autarquias que estão em falta.

Frederico Lucas, do projecto Novos Povoadores, admite que as eleições autárquicas marcadas para 11 de Outubro, atrasaram alguns processos, mas encontra outras explicações.

«A minha explicação é que se trata de um contrato atípico para os municipes e depois há uma questão de Vila do Rei, um exemplo que não correu bem, mas que leva os vereadores a terem dificuldade em compreender a este projecto de introdução de massa crítica em territórios de baixa densidade», explica.

Évora, Marvão e Idanha-a-Nova vão ser os três pioneiros neste projecto que interessou sobretudo residentes na Grande Lisboa e Porto.

Os novos povoadores têm um perfil bem definido. São os jovens qualificados que querem povoar o interior do país, pretendem ter mais um filho ou iniciar um projecto de vida. Em média têm 35 anos de idade.


TSF, 22/09/2009

Comentários

Uma iniciativa interessante mas terá que ser complementada com outras medidas económicas e fiscais que discriminem positivamente o interior do país.
Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Tais medidas só poderão ser implmentadas eficazmente com a regionalização autonómica.
De qualquer modo, os recentes resultados eleitorais em nada contribuirão para uma estabilidade política compatível com decisões estratégicas favoráveis a uma descentralização política de todo o processo decisional.
Presumo que estaremos perante uma situação política onde "a suspensão da democracia por 6 meses", na sequência de um confisco dos últimos resultados eleitorais, permitiria resolver todas as suspensões em curso. Isto é, de uma cajadasa aviavam-se uma série de coelhos, pelo menos 4: 3 de natureza política e 1 de natureza financeiro-orçamental. Estaremos?

Sem mais nem mneos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Anónimo disse…
Corrigenda: em vez de "suspensões" deverá ler-se "suspeições".

Peço desculpa pelo erro.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

O repovoamento do interior só poderá ter efeitos sustentados se se aumentar a produção própria nas regiões deprimidas cronicamente, em termos de desenvolvimento.
Eu próprio estaria disponível para me deslocar definitivamente para qualquer dessas regiões do interior desde que pudesse intervir em projectos com as características indicadas.
De qualquer modo, existe sempre um receio de qualquer candidatura a uma efectiva mudança de vida dê entrada naquilo que é um mal ancestral no nosso País: a "lista de espera", do desenvolvimento.
Temos lista de espera quase para tudo: serviços de saúde, justiça, finanças, educação (até o "magalhães" já entrou em lista de espera), investimentos prioritários, défice orçamental, défice externo, nível de emprego, candidatura a emprego (envia-se a candidatura e o potencial empregador nem sequer se dá à boa educação de responder: "Sim, está contratado; muito obrigado"; ou "Agradecemos o contacto, mas não preenche o perfil (muitas vezes este nunca é conhecido dos interessados) desejado"). Desta "lista de espera" fazem parte pessoas educadas (as que respondem) e mal educadas (as que não respondem e nem uma simples satisfação dão).
Tal como aconteceu com o decorrer da nossa História, os especialistas foram dando cognomes aos nossos Reis para melhor caracterizar os respectivos reinados. Também na actualidade, sem regime monárquico, podemos classificar o nosso como uma imensa "LISTA DE ESPERA", sem final à vista desarmada, infelizmente.
Até se espera,agora, por uma indigitação primo-ministerial, justificada pela excelente situação político-económico-financeira-social-sanitária-educacional-cultural-ecológica-ordenamental-jurisdicional e de segurança, entre muitas outras.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)