Marrocos pretende lançar um vasto plano de regionalização


Mohamed VI anunciou este Domingo a criação de uma comissão que deverá elaborar um plano de descentralização.

O monarca sublinhou que se trata de encontrar um modelo marroquino, sem cair na tentação de “seguir à letra experiências estrangeiras”.

Mohamed VI, que celebrou recentemente dez anos de reinado, frisou que as províncias do sul, serão as primeiras a beneficiar do plano.

A iniciativa é vista como uma forma de contrariar as reivindicações de independência do Saara Ocidental.

Rabat considera que a antiga colónia espanhola anexada em 1975 é parte integrante do reino de Marrocos.

A Frente Polisário, apoiada pela Argélia, luta pela independência do território desde 1973.

Cerca de cem mil pessoas vivem em campos de refugiados, na Argélia.

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Comentários

Anónimo disse…
Com este projecto, daqui a alguns anos, o Reino de Marrocos estará mais desenvolvido que a República Portuguesa, dado que:
1) Trata-se de um projecto político
2) Não se trata de meras mudanças administrativas
3) Incide sobre a modernização de todo o Estado Marroquino, com mudanças significativas do modelo vigente de governo regional
4) Pretemde ser implementado a partir das Provincias situadas a Sul, as menos desenvolvidas
5) Prevê a criação de uma Comissão para a Regionalização, MULTIDISCIPLINAR e não para estudar um simples plano de reestruturação.
A isto chama-se visão política e estratégica, com contraste antagónico e significativo em relação ao que se faz por cá, desafortunadamente.
Por cá, ainda andam a ver a forma de os partidos se auto-anularem nas inciativas políticas sejam relacionadas com a regionalização ou não. No Reino de Marrocos ninguém contesta as deetrminações políticas do Rei, por cá todos criticam e analisam as intervenções do Senhor Presidente da República, não para o ajudar a andar para a frente, mas para condicionar os posicionamentos político-partidários, apesar de, nos episódios políticos recentes, nenhum órgão de soberania ter sido exemplar (não é sensato ter a memória curta, mesmo em relação ao escândalo político que estoirou no início do Verão passado, com destinatário definido, tendo o tiro saído pela culatra da arma de quem disparou primeiro; convém avisar que será sempre assim, obrigando portanto a muito maior cuidado).

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Paulo Rocha disse…
Até Marrocos já percebeu que é preciso Regionalizar para atacar as desigualdades e assimetrias no desenvolvimento.

Como se pode ver por este exemplo a Regionalização não divide, mas, pelo contrário, é utilizada como instrumento para manter a unidade territorial.