Os oito novos desafios do poder local

José Junqueiro apontou oito novos desafios do poder local

O secretário de Estado da Administração Local considerou hoje, em Viseu, que a modernização/simplificação administrativa, a qualificação e renovação de pessoas e quadros, assim como a regionalização e reorganização territorial, estão entre os novos desafios do poder local.

Para José Junqueiro, são oito os novos desafios lançados ao poder local, depois de duas décadas em que as prioridades estiveram “relacionadas com a infra-estruturação básica e com os objectivos estabelecidos para os então designados Quadros Comunitários de Apoio”.

Na sessão de abertura da conferência “Os novos desafios do poder local”, que decorreu durante a tarde de hoje em Viseu, o governante sustentou que os novos desafios da administração local são agora “mais vocacionados para a competitividade local e para a qualificação aos mais diversos níveis”.

Para além da modernização e a simplificação administrativa do poder local e a qualificação e renovação das pessoas e quadros, José Junqueiro apontou ainda como prioridade a reorganização territorial e o alargamento das competências das freguesias.

“Sobre as freguesias impendem desafios próprios”, entre os quais “a consolidação de novas competências” ou mesmo “o repensar da sua organização espacial”.

O secretário de Estado destacou ainda a descentralização e a regionalização realçando que é pretensão do Governo “aprovar um novo regime quadro das regiões administrativas e, posteriormente, lançar o desenho das regiões com base nas cinco regiões plano”.

Outro dos desafios passa pela elaboração de um livro branco que “serve para caracterizar e conhecer melhor o sector empresarial local, com o objectivo de evidenciar os seus pontos fracos e assim encontrar modelos de administração e gestão mais racionalizados”.

“Um outro desafio dirige-se à diplomacia económica procurando fazer dos municípios pivots e parceiros do tecido empresarial local, promovendo-o, criando oportunidade de encontros e debates com agências de investimento”, apontou ainda.

José Junqueiro elegeu as finanças locais como sendo o “desafio âncora de toda a actividade autárquica”, sublinhando a importância de “redescobrir as potencialidades endógenas de cada autarquia, a capacidade de as promover e potenciar”.

A conferência de hoje, promovida pelo Jornal do Centro, teve como oradores João Paulo Barbosa de Melo, docente da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra; Alfredo Marques, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro; João Lourenço, vice-presidente da Comunidade Intermunicipal da Região Dão Lafões; e António Borges, presidente da Associação de Municípios do Vale do Douro Sul.

|Publico|

Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Por este texto, pode verificar-se que os seus protagonistas, políticos e outros, andam atrasados no tempo, não conseguem ter uma visão política e estratégica de e para o futuro da nossa sociedade como NAÇÃO e, ainda, que as comunidades intermunicipais só foram instituidas para ATRAPALHAR a regionalização.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)