A Regionalização na Europa


Existem regiões administrativas, ou instituições regionais equiparadas, em países de dimensão e população semelhantes e até inferiores às de Portugal, como é o caso da Dinamarca.

Mesmo nos países com maior dimensão territorial que Portugal, coexistem regiões maiores com outras que não apresentam diferença comparativamente às cinco regiões administradas pelas CCDR (Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve).

Em Espanha, onde a dimensão média das regiões é de cerca de 2,2 milhões de habitantes, existem outras que não ultrapassam os 250 mil.

Na Dinamarca, a população das 14 regiões varia entre 200 e 600 mil habitantes.

Em França, há regiões com 270 e 700 mil habitantes.

Na Itália, a média da população das regiões é de 2,8 milhões de habitantes, tendo a menos populosa 115 mil.

Até na Alemanha existem regiões que abrangem uma população de 1,5 milhões de habitantes.

Existe uma grande diversidade de situações entre as diversas instituições de natureza regional na Europa.

Há grandes países, como a Alemanha, a Espanha, a Itália e a França que têm regiões administrativas de variada dimensão.

Mas também há pequenos países que possuem regiões administrativas, como a Áustria, a Bélgica, a Dinamarca ou a Holanda.

Independentemente da sua dimensão, os países europeus mais desenvolvidos são aqueles que possuem possuem administração regional intermédia descentralizada.

A regionalização é um factor de desenvolvimento.

|JOSÉ TRINCÃO MARQUES|

Comentários

ravara disse…
Admito que existam muitas pessoas desconfiadas com a regionalização, exp; os políticos profissionais, as corporações, os subsidio-dependentes,etc, gente que nada tem haver com o país profundo, enquanto entrar dinheiro de Bruxelas para comprar tudo o que é estrangeiro.É também por isto que a regionalização é importante e inadiável,existe uma razão de estratégia nacional. Só pensando a Nação, olhando para fora de nós, fazer por esquecer o exemplo que temos recebido por quem nos tem governado e por aqueles que são exibidos como paradigma do sucesso, obrigando a cada um de nós olhar por si e de todos desconfiar. Foi e é o modelo de cultura que nos foi imposta, o verdadeiro sistema social e político que nos assiste, o cancro que destrói a coesão nacional gerador assimetrias entre interior e litoral,e cimenta o nosso atraso que a todos deve envergonhar, porque a nossa desgraça enriquece muita gente, os tais que nos tratam por imcompetentes, não competitivos e que vivemos acima das nossas possibilidades.
A injustiça do referendo será, uma população fazer triunfar o referendo na sua região, mas os outros,os melhores acomodados dos grandes centros urbanos no litoral, votarem contra e vencerem.
Nesta conformidade uma democracia assim, deixa muito a desejar.
Paulo Rocha disse…
Tem toda a razão, caro 'ravara'!
templario disse…
Caro Ravara,

Tenho para mim que errou o alvo. Julgo que são mesmo
"os políticos profissionais, as corporações", que mais interesse têm na regionalização.

Fiquei espantado com dados divulgados nos últimos dias, e não desmentidos, que dizem que 7 milhões de portugueses vivem directamente do OE.

Se tiver em linha de conta que o sistema partidário tem aí a sua base de sustentação e acção política, e que os partidos são hoje agências de emprego direcionado para a esfera estatal, e que os partidos estão quase a pôr-se de acordo quanto à regionalização..., e que nenhum governo tem coragem de diminuir a despesa pública para não perder votos, poderá tirar, talvez, conclusões diferentes.

É que cá fora (privado) é que se produz riqueza para pagar a essa gente. E para trabalhar cá fora, é preciso estudar, ter capacidades, estar em constante actualização profissional e quem assim não proceder vai para o meio da rua.

Por isso eles querem mais Estado, mais dimensões de poder e tentam convencer que os problemas se devem à não-regionalização.

Vai ver que um dia destes a torneira vai fechar... Não vai haver dinheiro. Muitos vão pela porta fora e chegarão depois à conclusão que não têm aptidões senão para parazitar, quanto mais para terem conhecimentos sobre se Portugal se deve ou não regionalizar- coisa, aliás, bem complexa.

Há por aí muito regionalista que nem sequer tem noção do que é uma região, conceito diverso consoante a ciência que a estude.

Isto está a tornar-se folclore.

Até o Sr. Pinto da Costa é regionalista.... Já ouviu as "escutas"? Encontrará aí um novo conceito de Região, o que querem aprofundar... em Portugal.

Cumprimentos.
Paulo Rocha disse…
Caro templario,

O que é que o Sr. Pinto da Costa tem a ver com a Regionalização ? Só se for, mesmo, o facto de ele ser um convicto regionalista. De resto, não lhe conheço qualquer actividade política relevante.

Constato que os 'centralistas' estão a a ficar sem argumentos daí utilizarem como arma de combate à regionalização estas figuras controversas do nosso panorama futebolístico tentando com isso agitar certos fantasmas.

Cps.