Comércio - Porto com quebras que chegam aos 40%

Crise: saldos de Inverno terminam com balanço negativo

Os saldos de Inverno terminam Domingo com balanço negativo e quebras de 40 por cento no comércio do Porto, que defende uma revisão da legislação para adiar o início da época promocional para meados de Janeiro.

«Os números que temos ainda são estimativas, porque não recolhemos os dados todos, mas os resultados são maus e estamos a falar em quebras superiores, muitas vezes, a 35 e 40 por cento», afirmou o presidente da Associação de Comerciantes do Porto (ACP) em entrevista à agência Lusa.

Nuno Camilo reporta «situações mesmo críticas (no distrito do Porto), em que as empresas não conseguem escoar stocks», apesar dos fortes cortes nos preços desde o primeiro dia de saldos.

Segundo o dirigente associativo, é no sector do vestuário e do calçado que se vivem «as situações mais críticas», tendo algumas lojas aberto «logo no primeiro dia de saldos com promoções de 70 por cento», disse citado pela Lusa.

Preços de liquidação não significam vendas

No distrito do Porto, um dos mais afetados no país pelo desemprego, com consequentes quebras no poder de compra e na confiança dos consumidores, nem os preços de liquidação significaram, contudo, vendas garantidas.

«Em alguns sectores nem isso foi suficiente e os stocks não foram escoados conforme previsto. Há empresas completamente paradas no que diz respeito a escoamento de stocks», garantiu Nuno Camilo, citado pela Lusa.

De acordo com a associação, «a queda é transversal» e afecta quer as lojas de rua, quer das grandes superfícies comerciais.

|AF|

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