CATALUNHA

Presidente do Barça quer independência

Laporta junta-se a partido independentista. Defende exército próprio na região e o fim do castelhano como língua oficial.

O presidente do Barcelona, Joan Laporta, deverá candidatar-se às eleições autonómicas catalãs (Generalitat) de Novembro por uma formação independentista, o Reagrupament, que defende um exército, um corpo diplomático e duas línguas, catalão e aragonês. O castelhano deixa de ser idioma oficial.

Laporta surgiu domingo junto dos dirigentes do Reagrupament e fez declarações que apontam para aquele apoio. No entanto, o presidente do Barça só anunciará as suas ambições políticas em Junho. Não é impossível que acabe por ser apoiado pelos republicanos ou até pelos conservadores da CiU, que venceram em 2006.

O Reagrupament surge nas sondagens com pouco mais de 1,4%. Esta formação é chefiada por Joan Carretero e junta descontentes da Esquerda Republicana (ERC), partido que na óptica dos independentistas fez cedências no Estatuto da Catalunha.

As sondagens dão pouca expressão ao Reagrupament, mas o presidente do Barça pode valer mais de 17% dos votos. "O que falta saber é quantos somos", afirmou Laporta numa reunião do Reagrupament. "Se somos uns 20% ou 30% ou 40%, os que apoiam a independência da Catalunha, e se devemos ir juntos. Não ajuda nada que haja por aí umas almas livres que façam a guerra por sua conta." Na óptica do popular presidente, "chegou a hora de dar um passo adiante, um passo na direcção da acção política".

A intervenção foi interpretada pelos jornais espanhóis como a de um candidato à liderança do Governo Regional, mas também algo mais: "Ter um Estado próprio não é uma utopia. A Catalunha morre, estão a matá-la", disse ainda, numa referência ao que os independentistas consideram ser excesso de cedências na definição do estatuto autonómico.

|DN|

Comentários

Anónimo disse…
Força regionalistas!....que estão esperando?
sergio costa disse…
Será que ele também deseja o ter Barça a jogar a pelota numa liga catalã, fora da milionária LFP?

A disputar o título com Lleidas e Espanyois e as receitas televisivas e patrocínios a descambarem para valores idênticos à da Liga Sagres?
Caro Sérgio,

Também eu não estou a ver como é que o colosso Barça se iria sentir (financeiramente e em termos anímicos) a disputar um Liga Nacional da Catalunha.

Claro que, numa situação em que a Catalunha se tornasse independente, federar-se-ia com a Espanha e esse problema do futebol poderia ser ultrapassado.

Cumprimentos,