Competitividade do Baixo Minho

"Estratégia e competitividade territorial: estudo de uma rede urbana no Baixo Minho" 

Nuno Pinto Bastos
título da dissertação de mestrado

A competitividade territorial tem ganho relevo num mundo globalizado e em constante evolução. As cidades e as regiões, ao aperceberem-se da importância da sua afirmação internacional, procuram vantagens competitivas e modelos de intervenção coerentes com uma gestão estratégica do território.

Com o objectivo de identificar caminhos para que a rede urbana de nome “Quadrilátero Urbano para a Competitividade, a Inovação e a Internacionalização” possa consolidar-se como a “terceira concentração urbana e de conhecimento” de Portugal, a investigação efectuada pretendeu contribuir para: avaliar a capacidade competitiva da rede para o Baixo Minho; melhorar a compreensão do tema no contexto estratégico das regiões; induzir melhorias nas políticas públicas; e, idealizar o Minho como “Região do Conhecimento”.

O estudo desenvolvido apoiou-se na realização de treze entrevistas exploratórias, as quais envolveram pessoas directamente ligadas ao projecto e à rede urbana em causa. Todas as entidades entrevistadas reconheceram a importância da cooperação estratégica como resposta à complexidade que a equação da competitividade actualmente encerra.

Este trabalho vem demonstrar a existência de um motor de desenvolvimento regional no Baixo Minho composto pelos quatro municípios do “Quadrilátero”: Barcelos; Braga; Guimarães; e, Vila Nova de Famalicão.

Como verificámos, o aumento da competitividade de um território como este pressupõe a aposta no capital humano, no conhecimento, na criatividade e na excelência.

A matriz territorial portuguesa não corresponde às dinâmicas nem às necessidades que emergem do próprio território. O “Quadrilátero” é disso bom exemplo, ao encontrar-se numa divisão territorial que coloca Barcelos e Braga na NUT III Cávado e Guimarães e Vila Nova de Famalicão na NUT III Ave, o que efectivamente não beneficia a estratégia nem a funcionalidade da rede: a regionalização tarda a implementar-se em Portugal.

Esta falta de reconhecimento institucional dificulta a afirmação e a identificação natural desta rede.

Enquanto região vitalista que é (portadora de dinâmicas e funcionalidades próprias), concluímos ser possível consolidar o sistema territorial do “Quadrilátero” não apenas como a terceira concentração urbana do país (que já é), mas também como uma área metropolitana policêntrica com escala para competir no mundo global.»

|Empreender|

Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

As conclusões sobre a melhor de assegurar o seu desenvolvimento no quadro das condições de competitivuidade internacional e de globalização, ao nível da chamada "Rede Urbana do Baixo Minho" só confirmam o que se tem aqui escrito e exposto sobre a extrema e urgente necessidade de aproveitamento dos nossos recursos endógenos, nomeadamente o referente aos recursos humanos, isto é, as populações das futuras Regiões Autónomas.
Esta tese de mestrado revela e demonstra o essencial a prosseguir do ponto de vista político de uma estratégia de desenvolvimento, apesar do número de entrevistas não ser muito signifcativo.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)